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Está com as contribuições do INSS em atraso? Saiba como regularizar a situação

Deixar as contribuições do INSS em atraso pode causar problemas futuros, por isso é importante se regularizar.

Contribuir regularmente para o INSS garante acesso a benefícios essenciais, como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte. Manter as contribuições em dia protege o segurado de lacunas que podem comprometer o tempo de contribuição e, consequentemente, o valor ou até a concessão de benefícios.

Além disso, a contribuição contínua permite planejar o futuro com segurança financeira e evita dificuldades legais que surgem quando há atrasos. Por isso, compreender como funciona o pagamento das contribuições do INSS é fundamental.

O conhecimento sobre regras, critérios e procedimentos ajuda o segurado a tomar decisões corretas e a preservar seus direitos previdenciários, inclusive nos casos em que é possível regularizar períodos atrasados,

Se suas contribuições do INSS estão atrasadas, veja como consertar esse erro.
Se suas contribuições do INSS estão atrasadas, veja como consertar esse erro. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

O problema de atrasar as contribuições do INSS

Atrasar as contribuições do INSS pode gerar lacunas no histórico do segurado, prejudicando o tempo necessário para solicitar aposentadoria ou outros benefícios. Mesmo após o pagamento em atraso, o período só será reconhecido se houver comprovação do exercício da atividade remunerada.

Além disso, contribuições realizadas sobre valores inferiores ao mínimo exigido podem não ser computadas integralmente, reduzindo o tempo efetivo de contribuição. Outro problema comum é a perda da qualidade de segurado durante o período em que não houve recolhimento.

Portanto, regularizar contribuições em atraso exige atenção às regras, documentos e valores, evitando prejuízos futuros. Sem a análise correta, o segurado corre o risco de ter períodos desconsiderados pelo INSS, mesmo com pagamento efetuado.

A falta de planejamento financeiro é outro fator que intensifica os problemas relacionados ao atraso. Muitas vezes, o segurado só percebe a lacuna quando tenta requerer a aposentadoria, gerando atrasos administrativos e necessidade de cálculos detalhados de períodos decadentes.

Além disso, o pagamento retroativo sem acompanhamento técnico pode resultar em recolhimentos indevidos, exigindo processos administrativos ou judiciais para recuperar os valores. Por isso, é essencial que o segurado esteja ciente das normas antes de efetuar qualquer pagamento.

Além dos riscos financeiros, o atraso impacta a contagem do tempo de contribuição e o direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Sem o pagamento em atraso devidamente regularizado, o segurado pode precisar trabalhar por mais tempo do que o planejado para alcançar o tempo mínimo.

Consequentemente, o planejamento de aposentadoria e benefícios fica comprometido, tornando mais difícil cumprir metas pessoais e familiares. Assim, atrasar as contribuições do INSS exige atenção estratégica e conhecimento das regras legais, pois cada período irregular pode interferir no futuro.

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Quem pode contribuir com atraso?

O INSS permite que apenas alguns segurados regularizem contribuições em atraso, desde que comprovem vínculo com atividade remunerada ou categoria específica. Entre os aptos, estão:

  • Contribuinte individual (autônomos);
  • Empregado doméstico, especialmente períodos anteriores a 08/04/1973;
  • Trabalhador rural, quando o período anterior a 11/1991 for utilizado em contagem recíproca, conforme art. 123 do Regulamento da Previdência Social;
  • Segurado especial, a partir de 11/1991, que não tenha contribuído facultativamente e deseje computar o tempo para aposentadoria ou contagem recíproca.

Esses grupos devem solicitar o serviço de cálculo de período decadente junto à Central 135, informando a finalidade do pedido: RGPS ou contagem recíproca. O INSS, então, analisa a solicitação e emite a Guia da Previdência Social (GPS) para pagamento.

Somente após cumprir todos os critérios, o período atrasado será considerado no cálculo do benefício. Além disso, é importante destacar que segurados facultativos fora do prazo permitido podem ter contribuições indevidas não reconhecidas.

Nesses casos, a restituição do valor pago exige ação administrativa ou judicial, o que reforça a importância de seguir corretamente os procedimentos. Consultar especialistas ou servidores do INSS antes de efetuar pagamentos ajuda a evitar erros.

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Como calcular o período de carência?

O cálculo do período de carência depende do tempo efetivo de contribuição e das lacunas no histórico do segurado. O período decadente refere-se às competências anteriores aos últimos cinco anos; por exemplo, em 2025, são considerados decadentes os períodos anteriores a dezembro de 2019.

Para calcular corretamente, o segurado deve solicitar o serviço “Calcular Período Decadente” pelo telefone 135, indicando se o cálculo é para RGPS ou contagem recíproca. Após a análise, o INSS emite a guia para pagamento, permitindo regularizar os períodos e incluir o tempo no cálculo do benefício.

Para ilustrar, considere Maria, que em 2025 percebeu que deixou de contribuir por cinco anos entre 2016 e 2021. Ao solicitar o cálculo de período decadente, o INSS identificou os períodos em atraso e emitiu a GPS para que ela efetuasse o pagamento.

Após a quitação e comprovação da atividade, o tempo retroativo foi reconhecido, garantindo que Maria atingisse o tempo necessário para solicitar aposentadoria por tempo de contribuição. Esse exemplo demonstra como o procedimento correto assegura direitos e evita perda de tempo e recursos.

Além disso, o cálculo correto ajuda a planejar financeiramente a regularização, pois o valor das contribuições em atraso pode variar conforme o período e a categoria do segurado. Ignorar esse planejamento pode gerar custos desnecessários ou pagamentos incorretos.

Como comprovar atividade durante o período fora da contribuição?

O INSS exige comprovação de atividade para validar contribuições em atraso. Para contribuintes individuais, é possível apresentar contratos de prestação de serviço, recibos, comprovantes de pagamento ou declarações de Imposto de Renda.

Empregados domésticos podem utilizar registros de contrato ou recibos de pagamento, enquanto trabalhadores rurais e segurados especiais devem apresentar documentação que comprove o exercício da atividade, como notas fiscais, declarações de sindicatos ou associações.

Como pagar as contribuições do INSS com atraso?

  • Solicitar o cálculo de período decadente pelo 135 ou pelo Meu INSS;
  • Informar a finalidade: RGPS ou contagem recíproca;
  • Aguardar análise e emissão da Guia da Previdência Social (GPS);
  • Efetuar o pagamento no valor indicado;
  • Anexar documentação comprobatória da atividade quando necessário;
  • Acompanhar o processo pelo portal Meu INSS até a confirmação do reconhecimento do período.

Seguindo corretamente essas etapas, o segurado regulariza lacunas, garante o tempo de contribuição e evita prejuízos no cálculo dos benefícios do INSS. A organização e atenção aos detalhes fazem toda a diferença no processo.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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