Saiba como funciona o crédito imobiliário exclusivo para PJ e conquiste a casa própria
Quem é PJ pode conquistar a casa própria ao aproveitar benefícios exclusivos, como a contratação de crédito imobiliário.
O crédito imobiliário representa uma das ferramentas mais importantes para viabilizar a conquista da casa própria e ampliar o acesso da população ao mercado habitacional. Ele possibilita que famílias e empresas adquiram imóveis sem a necessidade de acumular todo o valor à vista.
Isso acaba diluindo os pagamentos em prazos mais longos e adequados à realidade de cada contratante. Dessa forma, o setor imobiliário ganha fôlego e movimenta a economia, ao mesmo tempo em que permite ao comprador realizar o sonho de um bem durável e de alto valor.
No entanto, é fundamental entender que as condições variam de acordo com o perfil do solicitante, seja pessoa física ou pessoa jurídica, e conhecer essas particularidades garante mais eficiência e segurança no processo de aquisição.

Neste artigo, você vai ver:
Concessão de crédito imobiliário para PJ cresceu
O volume de crédito imobiliário destinado a pessoas jurídicas registrou crescimento expressivo nos últimos anos. Segundo dados do Banco Central, em dezembro de 2022 foram concedidos R$ 2,3 bilhões em financiamentos para esse público, enquanto em julho de 2025 o montante chegou a R$ 3,2 bilhões.
Esse salto de 40% reflete tanto a expansão do setor quanto a maior procura de empresas por financiamentos. Além do aumento nas concessões mensais, também houve avanço relevante na carteira total de crédito para compra de imóveis por pessoas jurídicas.
Em junho de 2020, o saldo financiado era de R$ 18,7 bilhões, enquanto em junho de 2025 o valor atingiu R$ 54 bilhões, representando crescimento de 188%. Esses números evidenciam que o crédito imobiliário deixou de ser apenas uma alternativa para famílias e passou a ser cada vez mais estratégico.
Esse cenário positivo acompanha a busca de empresas por expansão patrimonial, investimento em infraestrutura e valorização de ativos. Ao financiar imóveis pelo CNPJ, empresários conseguem utilizar o patrimônio como parte da estratégia de crescimento.
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Diferenças entre crédito imobiliário para PJ e PF
Embora o crédito imobiliário para pessoa jurídica siga critérios semelhantes ao da pessoa física, há diferenças importantes que impactam a aprovação. Em geral, instituições financeiras financiam entre 80% e 90% do valor do imóvel residencial, considerando a renda e o perfil do solicitante.
Contudo, quando a operação ocorre pelo CNPJ, alguns bancos podem exigir maior entrada, principalmente em casos de imóveis comerciais. Outro ponto relevante diz respeito ao tempo de formalização da empresa.
Normalmente, o CNPJ precisa ter pelo menos seis meses ou até um ano de existência para que o banco considere o histórico da atividade. Além disso, as instituições analisam a média de faturamento do último ano, a regularidade fiscal e o histórico de créditos da empresa.
Assim, enquanto a pessoa física comprova renda por meio de holerites e carteira assinada, o empresário precisa apresentar documentos contábeis que comprovem a saúde financeira do negócio. Essas exigências garantem maior segurança às instituições financeiras.
Isso porque o risco de inadimplência é avaliado com base na capacidade da empresa de manter sua operação ativa e honrar os compromissos. Por isso, manter os tributos em dia, organizar balanços e demonstrar a consistência do faturamento são etapas indispensáveis.
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Como o PJ pode conseguir crédito?
Para o empresário, a principal diferença em relação ao financiamento de pessoa física está na forma de comprovação de renda. Enquanto trabalhadores em regime CLT apresentam holerites, o empreendedor precisa reunir documentos como:
- extratos bancários;
- pró-labore;
- balanços;
- declarações contábeis;
- demonstração do resultado do exercício.
Além disso, bancos também solicitam declarações de Imposto de Renda da pessoa jurídica e certidões fiscais que atestem a regularidade do negócio. No caso dos MEIs, a declaração anual do MEI funciona como um registro oficial de faturamento e pode ser complementada com extratos e notas fiscais.
Caso a empresa possua menos de um ano de formalização, é possível antecipar informações parciais para fortalecer o pedido. Outra alternativa consiste no uso do Imposto de Renda Pessoa Física como complemento da comprovação, já que ele pode indicar a renda obtida pelo sócio ou administrador.
Além de atender aos requisitos formais, manter um contador torna o processo muito mais ágil e organizado. O profissional auxilia na emissão de documentos como o holerite de pró-labore, organiza as informações de lucros e garante o envio correto de dados à Receita Federal e à Previdência.
Outro ponto importante é que empresários também podem utilizar o saldo do FGTS de vínculos anteriores para dar entrada ou abater parcelas, desde que respeitem as regras definidas pelo Conselho Curador.
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