BRICS Pay, novo Pix mundial, chega ao Brasil em breve
O BRICS Pay vai funcionar como uma espécie de Pix que integra os países participantes do bloco, facilitando acordos econômicos.
O bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecido como BRICS, consolidou-se ao longo dos anos como uma das maiores forças geopolíticas e financeiras do planeta. Ele reúne países que somam grande parte da população mundial e um peso no Produto Interno Bruto global.
O grupo atua como contraponto às potências ocidentais e busca alternativas para reduzir a dependência de sistemas dominados pelo dólar e pelas instituições tradicionais. A proposta da união é justamente trazer soberania aos países aliados.
Com a entrada de novos membros nos últimos anos, a influência dos BRICS cresceu ainda mais, ampliando seu alcance em setores como comércio, energia e finanças. Diante desse cenário, o bloco trabalha em iniciativas inovadoras que podem transformar as transações internacionais.

Neste artigo, você vai ver:
BRICS Pay vai chegar ao Brasil em breve
O BRICS Pay surgiu como resposta direta à dominância do dólar americano e da rede SWIFT nas operações internacionais. Desde sua criação em 2018, pelo BRICS Business Council, o projeto tem como foco:
- reduzir custos de transações;
- aumentar a autonomia financeira;
- criar um ecossistema de pagamentos alternativo para os países do bloco.
Para o Brasil, a adesão a essa plataforma significa mais independência no comércio exterior e menos exposição às oscilações do mercado cambial internacional.
Além disso, o avanço do BRICS Pay ganhou força após a onda de sanções aplicadas à Rússia em 2022. Esse movimento acelerou a busca de soluções capazes de contornar bloqueios financeiros impostos pelo Ocidente, tornando o projeto ainda mais estratégico.
Hoje, com novos integrantes como Egito, Irã, Arábia Saudita e Indonésia, o sistema ganha musculatura e aumenta a relevância para parceiros que também desejam escapar da dependência do dólar. No caso brasileiro, a expectativa gira em torno da transição de reais com outros países do grupo.
Isso acabaria eliminando intermediários e diminuindo custos. Isso pode beneficiar exportadores e importadores locais, além de oferecer uma alternativa para setores estratégicos, como o de energia e o de commodities agrícolas.
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Como o BRICS Pay vai funcionar?
O funcionamento do BRICS Pay baseia-se em uma rede descentralizada apoiada na tecnologia blockchain, que garante segurança, transparência e agilidade. Diferente dos sistemas centralizados, ele elimina o risco de falhas únicas e assegura maior confiabilidade.
O núcleo do sistema é o Decentralized Cross-border Messaging System, desenvolvido por cientistas russos, que processa mensagens de pagamento de forma distribuída, sem depender de redes controladas pelo Ocidente.
Além disso, o ecossistema conta com o BRICS Bridge, ferramenta que permitirá aos usuários gerenciar contas 24 horas por dia, realizar pagamentos de serviços, efetuar transferências e até quitar tributos. O sistema também terá suporte para moedas digitais nacionais, criptomoedas próprias e QR Code.
Outro detalhe relevante é a integração com outras blockchains já existentes. Em 2025, surgiram explorações de cooperação com o XRP Ledger, o que pode ampliar ainda mais a capacidade de liquidação de transações internacionais.
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Objetivos estratégicos dos países do bloco
O BRICS Pay não se limita a ser uma ferramenta técnica; ele também carrega um forte propósito estratégico. Ao criar um sistema próprio de pagamentos internacionais, o bloco fortalece sua soberania econômica e diminui a influência de instituições financeiras ocidentais.
Outro objetivo importante é estimular o comércio em moedas locais. Atualmente, 88% das transações globais passam pelo dólar via SWIFT, mas o BRICS Pay abre espaço para que reais, rublos, rúpias, yuans e rands ganhem maior circulação.
Por fim, o sistema também busca posicionar o BRICS como liderança global em inovação financeira. Ao desenvolver uma plataforma descentralizada e alinhada às novas tecnologias, o bloco transmite a mensagem de que pretende ditar tendências e não apenas seguir modelos já estabelecidos.
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