Notícias

Conta de luz altíssima? Veja como reduzir o débito em até 65%

A conta de luz pode ser um grande peso para o orçamento das famílias brasileiras e muitas ainda não sabem que é possível reduzir esse débito.

A conta de luz representa uma das despesas fixas mais pesadas no orçamento das famílias brasileiras. Em um cenário de inflação acumulada, reajustes tarifários constantes e aumento do consumo de eletricidade, manter as finanças equilibradas tem se tornado um verdadeiro desafio.

Diversas famílias precisam fazer escolhas difíceis todos os meses para conseguir pagar a fatura, o que evidencia a urgência de alternativas mais acessíveis e sustentáveis. Felizmente, novas políticas públicas e modelos inovadores de geração de energia vêm abrindo caminhos reais para a redução desse custo.

Embora ainda haja muito a ser feito, novas soluções já permitem economias expressivas, sem a necessidade de grandes investimentos ou mudanças estruturais nos imóveis. Entender essas oportunidades é essencial para quem busca aliviar o peso da conta de luz e melhorar a qualidade de vida.

Se você quer diminuir o valor da conta de luz, veja algumas alternativas.
Se você quer diminuir o valor da conta de luz, veja algumas alternativas. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Brasileiros podem diminuir conta de luz em 65%

O programa da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) permite que milhões de brasileiros reduzam significativamente a conta de luz, com descontos que chegam a até 65%. Destinado a famílias de baixa renda, esse benefício busca garantir acesso à energia elétrica sem comprometer o básico.

A TSEE atende famílias cadastradas no CadÚnico, idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Também inclui comunidades indígenas e quilombolas, que recebem benefícios ainda mais amplos.

Além dos descontos diretos no consumo mensal de energia, os beneficiários da TSEE são isentos de duas cobranças adicionais que pesam na fatura: a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e o Proinfa. Esses valores deixam de ser cobrados daqueles inscritos no programa.

Saiba mais: Governo pode aumentar valor do Bolsa Família em 2026? Confira a possibilidade! – Guia do Benefício

Quais as faixas de desconto através da TSEE?

O desconto concedido pela Tarifa Social varia conforme a quantidade de energia consumida mensalmente. Quanto menor o consumo, maior é o percentual de abatimento, estimulando o uso consciente e responsável da eletricidade.

As faixas de desconto foram atualizadas e, desde julho de 2025, passaram a funcionar da seguinte forma:

  • De 0 a 30 kWh: 65% de desconto direto na conta de luz.
  • De 31 a 100 kWh: 40% de desconto aplicado ao consumo dentro dessa faixa.
  • De 101 a 220 kWh: 10% de desconto.
  • Acima de 221 kWh: o consumo excedente não recebe abatimento.

Para famílias indígenas e quilombolas, os descontos são ainda mais generosos, considerando o contexto de vulnerabilidade social e acesso restrito a serviços públicos. Veja as faixas específicas:

  • De 0 a 50 kWh/mês: 100% de desconto, ou seja, gratuidade total no consumo.
  • De 51 a 100 kWh/mês: 40% de desconto sobre a energia usada nesse intervalo.
  • De 101 a 220 kWh/mês: 10% de desconto aplicável.
  • Acima de 221 kWh/mês: sem descontos previstos.

Como se inscrever?

O processo de inscrição na TSEE é simples e direto, com base em dados já existentes no Cadastro Único. Famílias que atendem aos critérios não precisam apresentar novos documentos, desde que as informações estejam atualizadas.

Basta procurar a distribuidora de energia local com o número do NIS (Número de Identificação Social) em mãos. Além disso, muitas distribuidoras já fazem a inscrição automática dos beneficiários, mas é fundamental manter os dados atualizados no CadÚnico para não perder o direito ao benefício.

Veja mais: Gás do Povo: governo determina critérios e como se cadastrar – Guia do Benefício

Quem mora em apartamentos pode reduzir conta de luz em 75%

Muitos moradores de apartamentos, salas comerciais e imóveis urbanos enfrentam dificuldades para adotar sistemas tradicionais de energia solar, devido à falta de espaço para instalação de painéis fotovoltaicos.

No entanto, os chamados “condomínios solares” resolveram esse problema com uma solução inovadora. Por meio de um modelo coletivo de geração distribuída, consumidores agora podem adquirir cotas de participação em usinas solares remotas e receber descontos diretamente na conta de luz.

A economia pode chegar a até 75% da fatura mensal, dependendo do perfil de consumo e da cota adquirida. A S&J Solar, por meio da marca Sunplena Energia, popularizou esse modelo no Brasil ao permitir que qualquer pessoa se torne coproprietária de uma usina solar.

Cada cota custa cerca de R$ 7,6 mil e garante ao investidor uma parcela proporcional da energia gerada. Em vez de construir seu próprio sistema, o consumidor apenas participa do rendimento coletivo da usina. A operação, a manutenção e a gestão técnica ficam sob responsabilidade da empresa.

Como receber os descontos?

Após adquirir uma cota, o consumidor passa a receber créditos de energia elétrica equivalentes à sua participação na produção da usina. Esses créditos são automaticamente abatidos da conta de luz mensal, reduzindo significativamente o valor final.

Por exemplo, uma fatura de R$ 250 pode cair para cerca de R$ 70, conforme estimativas da própria Sunplena. O retorno financeiro (payback) costuma ocorrer em cerca de 3 anos e meio, enquanto a vida útil das usinas ultrapassa os 20 anos. Isso garante um longo período de economia.

Além disso, quem prefere apenas investir, sem consumir a energia, pode optar pelo modelo de rendimento fixo mensal, com retorno de 2% ao mês durante 36 meses, o que equivale a uma rentabilidade de 22,4% ao ano, superior ao CDI.

Esse sistema democratiza o acesso à energia solar e oferece uma alternativa viável para quem deseja fugir das altas tarifas, mesmo sem espaço para placas solares. Assim, cada vez mais brasileiros podem transformar a conta de luz em oportunidade de economia ou investimento.

Veja mais: Nova isenção do IRPF também vai beneficiar quem é MEI? – Guia do Benefício

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo