Saiba se você tem direito ao lote adicional do abono salarial
O abono salarial já repassou valores ao longo de 2025, mas recentemente o governo divulgou um lote adicional para os trabalhadores.
O abono salarial representa uma das mais relevantes iniciativas de valorização do trabalhador no Brasil, funcionando como uma forma de complementar a renda daqueles que exerceram atividade formal ao longo do ano-base estabelecido.
Esse benefício, administrado por meio dos programas PIS (Programa de Integração Social) e Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), garante um alívio financeiro importante e, muitas vezes, essencial para milhões de brasileiros.
Além de cumprir um papel social significativo, o abono também estimula a economia ao injetar bilhões de reais diretamente na renda dos trabalhadores. Diante da complexidade dos critérios e da importância do benefício, é fundamental entender quem tem direito e como realizar a consulta

Neste artigo, você vai ver:
Lote extra do abono salarial liberado
O governo federal disponibilizou, a partir deste domingo (5), um novo lote extra do abono salarial, o que amplia ainda mais o alcance da medida. Essa liberação visa contemplar os trabalhadores que, por razões diversas, não haviam sido incluídos no calendário regular de pagamento.
A criação desse lote adicional segue uma resolução que estabeleceu um prazo excepcional para o envio de dados pelos empregadores. Como resultado, 1,6 milhão de trabalhadores terão acesso ao benefício, totalizando R$ 1,5 bilhão a ser pago já no dia 15 de outubro.
Esse pagamento extra não altera o calendário principal, que já teve início em fevereiro e se estendeu até agosto deste ano. Mesmo com o encerramento do cronograma oficial, os valores continuarão disponíveis para saque até o dia 29 de dezembro.
O montante liberado para todo o programa neste ano soma R$ 30 bilhões, o que reforça a relevância financeira e social do abono salarial no contexto nacional. A iniciativa demonstra o esforço das autoridades em assegurar que todos os elegíveis recebam o que lhes é devido.
O lote extra tem como foco principal atender aqueles trabalhadores cujos dados foram encaminhados pelos empregadores dentro do novo prazo estipulado, com o ano-base de referência sendo 2023. Assim, o governo assegura que o recurso seja destinado a quem realmente tem direito ao abono salarial.
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Quem vai receber o lote extra do abono salarial?
A distribuição do benefício segue critérios rigorosos e bem definidos. Para receber o abono salarial, o trabalhador precisa estar cadastrado no PIS/Pasep há, no mínimo, cinco anos. Esse tempo é contado a partir do momento em que ocorreu o primeiro vínculo formal de trabalho.
Além disso, é necessário que ele tenha exercido atividade remunerada por pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, durante o ano-base de 2023. A legislação exige também que esses dias trabalhados sejam informados corretamente pelo empregador nos sistemas oficiais.
Outro critério essencial diz respeito à média salarial recebida durante o período. Para se enquadrar nos requisitos, o trabalhador não pode ter recebido mais do que dois salários mínimos mensais, em média, ao longo do ano-base.
O objetivo do programa é justamente promover uma redistribuição de renda mais justa, alcançando aqueles que mais precisam de apoio financeiro. Todos esses dados precisam ser confirmados por meio do sistema eSocial.
O valor do abono salarial varia conforme o número de meses trabalhados no ano-base. Ele pode ir de R$ 127,00 até o teto de R$ 1.518,00, de forma proporcional ao tempo de serviço. Entre os beneficiários desse novo lote, 697.814 trabalhadores de empresas privadas receberão o pagamento via Caixa.
Já 942.387 servidores públicos vinculados ao Pasep terão o valor depositado pelo Banco do Brasil. Essa divisão entre as instituições financeiras facilita a organização dos pagamentos e garante maior eficiência no processo de liberação dos recursos.
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Como consultar o benefício?
A consulta ao abono salarial pode ser feita de forma rápida e acessível por meio de diferentes canais oficiais. O principal deles é o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que reúne todas as informações necessárias para o trabalhador verificar seu direito ao benefício.
Basta atualizar o aplicativo, acessar a aba “Benefícios”, selecionar a opção “Abono Salarial” e, em seguida, clicar em “Pagamentos”. Ali, será possível visualizar o valor a ser recebido, a data de liberação e a instituição bancária responsável pelo crédito.
Além do aplicativo, o trabalhador também pode consultar o benefício por meio do portal gov.br, da Central Alô Trabalho pelo número 158 — com atendimento gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h — e ainda presencialmente nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho.
Esses canais foram pensados para atender a diferentes perfis de usuários, garantindo que ninguém fique sem acesso à informação. A pluralidade de opções fortalece a transparência e melhora a comunicação entre o governo e os cidadãos.
Essa organização na disponibilização de dados e canais de atendimento reduz a necessidade de deslocamentos e filas, além de evitar erros comuns em processos manuais. A digitalização dos sistemas públicos tem facilitado a vida do trabalhador e tornado o acesso aos seus direitos muito mais rápido.
Como ocorre o pagamento?
O pagamento do abono salarial segue regras específicas conforme a instituição bancária responsável. Para os trabalhadores vinculados ao PIS, a Caixa Econômica Federal realiza o crédito diretamente em conta corrente, poupança ou conta digital, quando houver vínculo com o banco.
Quem não possui conta na Caixa recebe os valores por meio do aplicativo Caixa Tem, em uma conta poupança social digital aberta automaticamente para esse fim. Em casos específicos, o saque pode ser feito em casas lotéricas, terminais de autoatendimento, agências da Caixa ou correspondentes Caixa Aqui.
Já os trabalhadores vinculados ao Pasep, que geralmente são servidores públicos, recebem o benefício por meio do Banco do Brasil. A instituição prioriza o crédito em conta bancária existente em nome do beneficiário.
No entanto, quando não há conta vinculada, o banco disponibiliza outras formas de recebimento, como transferências via TED, Pix ou pagamento presencial nas agências. Essa flexibilidade garante que todos os contemplados tenham acesso ao recurso com segurança e praticidade.
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