O INSS vai realizar um novo mutirão para atender pedidos pendentes de benefícios que aguardam na fila há tempos
As filas do INSS têm sido uma preocupação crescente para milhões de brasileiros que dependem dos benefícios previdenciários. Desde 2023, o número de pedidos acumulados cresceu de forma expressiva, refletindo o envelhecimento da população e as mudanças promovidas pelas reformas previdenciárias.
Em 2024, a fila já alcançava 1,1 milhão de solicitações, mas em 2025 o estoque saltou para 2,7 milhões de processos pendentes. Essa situação afeta diretamente aposentadorias, auxílios-doença e pensões, provocando atrasos e dificuldades financeiras para famílias em vulnerabilidade social.
Diante desse cenário, o governo precisou reavaliar estratégias, liberar recursos e reorganizar a atuação do INSS, de modo a reduzir o atraso e melhorar a experiência dos segurados. A retomada das ações agora busca otimizar análises, agilizar perícias e atender de forma mais eficiente quem depende desses serviços.
Neste artigo, você vai ver:
INSS vai realizar novo mutirão
O INSS planeja retomar um mutirão de análises de benefícios em 2025, com o objetivo de reduzir a fila de processos acumulados. A iniciativa ficou paralisada por restrições orçamentárias, mas recebeu liberação de R$ 89,1 milhões, permitindo que benefícios diversos ganhem prioridade.
A estratégia pretende atender principalmente quem depende dos recursos para sobrevivência. Além disso, o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB) foi reativado, oferecendo bônus de R$ 68 por análise extra e R$ 75 por perícia, incentivando a produtividade dos servidores.
O INSS também adotou mecanismos para otimizar o trabalho interno e aumentar a eficiência. O banco de horas realoca equipes em períodos de alta demanda, enquanto parcerias com os Correios facilitam o envio de documentos, reduzindo a necessidade de deslocamentos presenciais.
A utilização da plataforma Atestmed permite aprovar cerca de 70% dos casos sem a necessidade de perícia física, enquanto a telemedicina já realizou cinco mil atendimentos em setembro, acelerando a análise de auxílios-doença.
Esses esforços combinados permitem que mutirões em 35 cidades reduzam o tempo de espera em até 30 dias, beneficiando especialmente regiões mais afastadas. Com o aumento de 150% nos pedidos desde 2023, o INSS busca processar cerca de 500 mil solicitações até dezembro de 2025.
A priorização de idosos acima de 80 anos e de portadores de doenças graves garante maior agilidade, enquanto revisões do PGB evitam pagamentos indevidos, gerando economia significativa. O governo pretende zerar o backlog até o final do mandato.
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Grupos prioritários
O INSS concentra esforços em atender os grupos mais vulneráveis que representam cerca de 60% da fila. Idosos e pessoas com deficiência recebem atenção especial, e em áreas rurais, 25% dos recursos adicionais são destinados a perícias.
Isso acaba reduzindo a necessidade de deslocamentos longos, que podem chegar a 200 km. Essa priorização busca não apenas agilizar os benefícios, mas também oferecer suporte àqueles que enfrentam maiores dificuldades de locomoção e acesso aos serviços.
O que levar no mutirão?
Para garantir a análise rápida e eficiente, os segurados devem apresentar documentos essenciais, que incluem:
- Documento de identidade oficial com foto
- CPF
- Comprovante de residência atualizado
- Carteira de trabalho e extratos de contribuições
- Laudos médicos ou atestados, quando for auxílio-doença
- Certidão de óbito, quando for pensão por morte
- Documentos que comprovem deficiência ou incapacidade, quando for BPC
A apresentação completa desses documentos acelera a análise, evita devoluções e permite que o INSS conclua os processos com mais rapidez, garantindo que os benefícios cheguem aos segurados sem atrasos.
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Melhorias no atendimento do INSS
O INSS também avançou na digitalização do atendimento para reduzir filas e deslocamentos desnecessários. O aplicativo Meu INSS registra cerca de 15 milhões de acessos mensais, permitindo envio de documentos e consulta do status de processos.
Durante a pausa do PGB, 80% dos pedidos foram iniciados digitalmente, o que ajudou a aliviar a demanda presencial nas agências. A central 135 atendeu dois milhões de chamadas em outubro de 2025, fornecendo orientação sobre processos e agendamentos.
Além disso, o INSS criou estratégias de incentivo para os servidores, promovendo maior produtividade. O revezamento de equipes e o banco de horas otimizam os recursos humanos, enquanto o bônus por análise extra mantém o foco na redução do backlog.
A combinação de digitalização, mutirões presenciais e priorização de grupos vulneráveis garante que o atendimento se torne mais ágil e eficiente, demonstrando que o investimento em tecnologia e organização pode transformar o serviço prestado pelo INSS.
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