Os golpes online estão cada vez mais comuns. Todos os dias, há dezenas de relatos de pessoas que foram vítimas de algum deles.
Com a digitalização acelerada dos serviços bancários e a popularização das transações financeiras por celular, um número crescente de brasileiros se tornou alvo de golpes online. A conveniência de acessar a conta bancária em poucos toques também ampliou a exposição a fraudes digitais.
Segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 39% dos brasileiros afirmam já ter sofrido algum tipo de golpe ou tentativa de fraude bancária, o maior índice desde o início do levantamento em 2021.
Os dados mostram que a vulnerabilidade se intensifica entre homens, com 43% de vítimas, e idosos, com 44%, o que reforça a importância de conhecer os golpes mais comuns e saber exatamente como evitá-los. Manter-se bem informado tornou-se, mais do que nunca, um mecanismo essencial de proteção.
Neste artigo, você vai ver:
Golpes online mais comuns e como escapar deles
A Febraban identificou os seis golpes bancários mais frequentes enfrentados pelos brasileiros, todos com estratégias diferentes, mas com um objetivo comum: roubar dados ou dinheiro das vítimas. A seguir, veja como esses golpes funcionam e, principalmente, como se proteger de cada um deles.
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Clonagem ou troca de cartões
Criminosos costumam agir em caixas eletrônicos ou estabelecimentos comerciais, abordando a vítima com a desculpa de ajudar no uso do cartão. Em segundos, trocam o cartão verdadeiro por um falso, muitas vezes idêntico, e decoram a senha digitada.
Para escapar dessa fraude, nunca aceite ajuda de estranhos em caixas eletrônicos e prefira atendimento direto com funcionários identificados. Sempre guarde seu cartão com atenção e desconfie de qualquer movimentação não autorizada na conta.
Golpe do WhatsApp
Esse golpe ocorre quando alguém se passa por um amigo ou familiar, geralmente com a foto do contato, e envia mensagens pedindo transferências urgentes. Os criminosos criam uma situação de emergência emocional e pressionam a vítima a agir rapidamente.
A prevenção depende de confirmar sempre a identidade do solicitante por outro canal, como ligação ou áudio, já que é assim que o esquema se concretiza. Nunca realize transferências sem certeza total de quem está do outro lado da conversa.
Golpe da central falsa
Neste golpe, o criminoso liga para a vítima fingindo ser funcionário do banco e afirma que há uma tentativa de fraude em andamento. Pede dados pessoais e, muitas vezes, que a vítima transfira o dinheiro para uma “conta segura”.
A forma de evitar esse golpe é simples: desligue imediatamente e nunca forneça senhas ou códigos por telefone. Bancos nunca solicitam esse tipo de dado em chamadas. Ao suspeitar, ligue para o número oficial do banco, usando um canal confiável.
Golpe do Pix falso
Esse golpe envolve envio de QR codes, chaves Pix ou links falsos para enganar a vítima e fazê-la transferir dinheiro para criminosos. Também pode acontecer em compras falsas, onde o golpista se passa por vendedor.
Para se proteger, sempre confira os dados do destinatário antes de confirmar qualquer transferência. Verifique nome completo, CNPJ ou CPF exibidos na tela. Use apenas canais oficiais e evite realizar pagamentos apressadamente ou fora de horários comerciais.
Uso indevido de CPF via SMS
Golpistas enviam mensagens com links falsos informando supostos débitos, pendências no CPF ou notificações de protestos. Quando a vítima acessa o link, instala um vírus no celular ou fornece dados que facilitam novos golpes.
A principal forma de evitar esse tipo de fraude é nunca clicar em links enviados por SMS de remetentes desconhecidos. Verifique qualquer informação diretamente no site oficial do Serasa ou da Receita Federal e mantenha o antivírus do celular sempre atualizado.
Golpe de leilão ou loja falsa
Os criminosos criam sites que imitam lojas famosas ou plataformas de leilão, com preços muito abaixo do mercado, para atrair consumidores. Após o pagamento, o produto nunca é entregue e o site desaparece sem deixar rastros.
Para evitar esse tipo de golpe, sempre verifique se o site possui CNPJ válido, histórico de reputação e canais de atendimento. Pesquise o nome da loja no Reclame Aqui e desconfie de preços excessivamente baixos. Nunca finalize compras fora de plataformas reconhecidas.
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O que fazer se cair em um dos golpes?
Ao perceber que foi vítima de um golpe, o primeiro passo é manter a calma e agir com rapidez. Registre imediatamente um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou, se preferir, use a delegacia virtual do seu estado.
Reúna todas as provas possíveis, como mensagens, prints, comprovantes de pagamento, nomes de perfis falsos ou links utilizados pelos criminosos. Com essas informações, as autoridades podem iniciar a investigação e tentar rastrear os responsáveis.
Depois de registrar a ocorrência, entre em contato com o banco para comunicar a fraude e bloquear sua conta, cartões e senhas temporárias. Muitas instituições financeiras já possuem protocolos específicos para atender vítimas de golpe.
Em alguns casos é possível recuperar os valores, especialmente se o crime for relatado logo após sua ocorrência. Além disso, altere todas as senhas dos aplicativos, e-mails e serviços online que possam ter sido comprometidos.
Se o golpe envolveu compras falsas ou transferências via Pix, consulte um advogado especializado em direito digital ou consumidor para buscar formas de responsabilização e possível ressarcimento. Mantenha a atenção redobrada após a fraude, pois muitos criminosos reutilizam dados da vítima.
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