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Conheça 5 direitos trabalhistas essenciais para todo CLT

Quem é CLT tem alguns direitos garantidos por lei, mas é importante conhecê-los para garantir o cumprimento das regras

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) representa um marco fundamental na história dos direitos trabalhistas brasileiros e garante segurança jurídica tanto para os empregadores quanto para os empregados.

Criada com o objetivo de estabelecer regras claras sobre as relações de trabalho, a CLT protege o trabalhador, assegurando benefícios e condições dignas para o exercício de suas atividades. Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, conhecer esses direitos é essencial.

Além disso, compreender o que a legislação prevê fortalece o vínculo entre empregado e empresa, promove o respeito mútuo e contribui para relações mais equilibradas e transparentes dentro do ambiente corporativo.

Se você é CLT, veja quais direitos são garantidos por lei.
Se você é CLT, veja quais direitos são garantidos por lei. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Cinco direitos trabalhistas de todo CLT

Todo trabalhador contratado sob o regime da CLT tem acesso a uma série de direitos que asseguram equilíbrio entre suas obrigações e seus benefícios. Esses direitos funcionam como pilares que sustentam a proteção trabalhista e garantem qualidade de vida e estabilidade financeira.

Portanto, entender cada um deles é indispensável para evitar irregularidades e reconhecer eventuais falhas na relação de emprego. A seguir, veja os cinco direitos que todo CLT deve conhecer e acompanhar de perto.

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Jornada de trabalho

A jornada de trabalho é um dos principais pontos protegidos pela CLT. A legislação determina que o limite diário seja de 8 horas, totalizando 44 horas semanais. Contudo, o empregador pode solicitar até 2 horas extras por dia, desde que o pagamento adicional seja feito corretamente.

Qualquer exigência que ultrapasse esse limite sem remuneração é ilegal e pode ser denunciada. Assim, o controle de ponto e o registro de horas trabalhadas se tornam ferramentas essenciais para garantir transparência e cumprimento das normas.

Descanso semanal remunerado

Todo profissional com carteira assinada tem direito a pelo menos um dia de descanso por semana, preferencialmente aos domingos. Esse intervalo é essencial para a recuperação física e mental do trabalhador, favorecendo o bem-estar e a produtividade.

Em setores que funcionam de forma ininterrupta, como hospitais ou indústrias, o descanso pode ocorrer em outros dias, desde que o benefício continue sendo respeitado e pago. O não cumprimento dessa pausa fere a legislação trabalhista e pode gerar indenização ao empregado.

Férias anuais

As férias representam um dos momentos mais aguardados pelos trabalhadores CLT. Após 12 meses de trabalho, o empregado adquire o direito a 30 dias de descanso remunerado, com acréscimo de um terço do salário.

Esse período permite que o profissional recupere suas energias e mantenha o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, a CLT permite que as férias sejam fracionadas, desde que haja acordo entre as partes.

FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

O FGTS é uma poupança obrigatória que protege o trabalhador em situações de desligamento sem justa causa. Todos os meses, o empregador deve depositar 8% do salário do funcionário em uma conta vinculada à Caixa Econômica Federal.

O saldo acumulado pode ser utilizado em momentos específicos, como demissão sem justa causa, compra da casa própria, aposentadoria ou doenças graves. Esse fundo serve como uma reserva financeira de segurança e representa um dos direitos mais importantes do regime CLT.

Salário mínimo

Nenhum trabalhador pode receber menos do que o salário mínimo nacional, atualmente fixado em R$ 1.518. Esse valor é reajustado periodicamente e serve como base para o cálculo de outros benefícios trabalhistas.

Caso o empregador pague abaixo do piso, o trabalhador pode recorrer à Justiça do Trabalho e exigir o valor correto, além de eventuais indenizações. O respeito ao salário mínimo é uma garantia de dignidade e justiça social, assegurando que todos os profissionais recebam uma remuneração justa.

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O que fazer se os direitos não forem cumpridos?

Quando os direitos previstos na CLT não são respeitados, o trabalhador deve agir de forma imediata e consciente para evitar prejuízos. O primeiro passo é reunir provas que comprovem a irregularidade, como contracheques, registros de ponto, mensagens e documentos assinados pela empresa.

Em seguida, é recomendável buscar o diálogo interno, procurando o setor de Recursos Humanos ou a chefia direta para tentar resolver o problema de forma amigável e administrativa. Muitas vezes, o descumprimento ocorre por falhas burocráticas que podem ser corrigidas internamente.

Se a situação persistir, o trabalhador pode recorrer ao sindicato da categoria, que tem o papel de orientar, mediar conflitos e oferecer suporte jurídico. O sindicato atua como um intermediário entre o empregado e o empregador, garantindo que as leis trabalhistas sejam cumpridas.

Além disso, o trabalhador pode registrar uma denúncia anônima no Ministério do Trabalho por meio do canal “Fala.BR”. Por fim, caso todas as tentativas anteriores falhem, é possível entrar com uma ação trabalhista na Justiça do Trabalho.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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