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Estas são as 6 obrigações mais importantes para o MEI manter seu CNPJ

Quando abre sua empresa, o MEI concorda com alguns termos que incluem obrigações para a manutenção do CNPJ.

O Microempreendedor Individual, conhecido como MEI, representa uma alternativa acessível e simplificada para milhões de brasileiros que desejam formalizar sua atividade profissional. Ele foi criado para reduzir a informalidade e facilitar o acesso ao sistema tributário.

O regime permite que trabalhadores autônomos atuem legalmente, emitam notas fiscais e contribuam com a Previdência Social de forma descomplicada. Com regras específicas, limite de faturamento anual e obrigações bem definidas, o MEI oferece vantagens tanto para o empreendedor quanto para o governo.

No entanto, para garantir os benefícios e manter a regularidade junto aos órgãos públicos, o microempreendedor precisa cumprir certas exigências legais. Portanto, entender todas as obrigações e direitos vinculados ao MEI é fundamental para evitar problemas futuros.

Se você é MEI, veja quais obrigações devem ser cumpridas.
Se você é MEI, veja quais obrigações devem ser cumpridas. /  Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

6 obrigações que devem ser cumpridas pelo MEI

O MEI precisa seguir algumas regras para manter sua empresa regularizada e continuar usufruindo dos benefícios previstos em lei. Embora o regime seja simplificado, existem obrigações que exigem atenção e cumprimento periódico, garantindo a conformidade fiscal e previdenciária do microempreendedor.

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Pagamento mensal do DAS

O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) corresponde ao pagamento mensal fixo que inclui impostos como INSS, ISS ou ICMS, dependendo da atividade exercida. O valor varia conforme o setor, mas é obrigatório e precisa ser quitado até o dia 20 de cada mês.

O não pagamento implica multas, juros e pode gerar o cancelamento da inscrição do MEI, além da perda de benefícios previdenciários. Portanto, manter o DAS em dia é essencial para preservar a regularidade do CNPJ e evitar pendências junto à Receita Federal.

Entrega da Declaração Anual do MEI

Todos os anos, o MEI deve enviar a Declaração Anual Simplificada (DASN-SIMEI), informando o total do faturamento do ano anterior. O prazo de entrega vai até 31 de maio e não exige o envio de comprovantes, mas deve refletir a receita bruta da empresa.

Mesmo quem não teve faturamento deve apresentar a declaração, sob pena de multa e bloqueio da inscrição. Esse processo permite à Receita acompanhar a movimentação financeira do MEI e verificar se o empreendedor permanece dentro do limite de faturamento permitido.

Emissão de nota fiscal

O MEI tem obrigação de emitir nota fiscal sempre que prestar serviço ou vender produtos para pessoas jurídicas. No caso de vendas para pessoas físicas, a emissão é facultativa, exceto quando solicitada pelo cliente.

A nota fiscal comprova a legalidade da transação e facilita o controle de receitas, além de permitir o acesso a contratos maiores com empresas e órgãos públicos. Para isso, o microempreendedor deve realizar o credenciamento na prefeitura ou no órgão estadual, conforme a atividade exercida.

Atualização cadastral

O MEI precisa manter os dados cadastrais atualizados junto ao Portal do Empreendedor e à Receita Federal. Mudanças como alteração de endereço, atividade econômica, nome fantasia ou informações de contato devem ser registradas oficialmente.

A desatualização pode causar inconsistência nas informações fiscais e prejudicar a emissão de notas fiscais, dificultando a comunicação com órgãos públicos. Assim, revisar periodicamente os dados da empresa é uma prática recomendada para manter a transparência e evitar irregularidades.

Respeito ao limite de faturamento

O MEI deve observar o teto de faturamento anual, que atualmente é de R$ 81 mil. Se ultrapassar esse limite em até 20%, o empreendedor deverá migrar para o regime de microempresa no ano seguinte. Se o faturamento superar esse valor, a migração será imediata e retroativa.

Isso acaba implicando em impostos mais altos e burocracia adicional. Controlar a receita mensal é crucial para manter-se no regime MEI e evitar problemas com a Receita Federal, inclusive multas por desenquadramento indevido.

Organização dos documentos

Embora o MEI não seja obrigado a manter contabilidade formal, precisa organizar os comprovantes de receita e despesas mensais. Guardar notas fiscais, comprovantes de pagamento do DAS e relatórios de vendas ajuda no preenchimento correto da declaração anual e na defesa em caso de fiscalização.

Além disso, esse controle permite uma melhor gestão do negócio, facilitando o planejamento financeiro e a tomada de decisões. Manter a organização documental é, portanto, uma medida prudente para garantir estabilidade e segurança na operação da empresa.

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Benefícios garantidos ao MEI

Além da formalização, o MEI tem direito a uma série de vantagens que asseguram proteção social e acesso a serviços exclusivos. Esses benefícios fortalecem o empreendedor e contribuem para o crescimento sustentável do pequeno negócio.

  • Cobertura previdenciária: O MEI que paga o DAS regularmente tem acesso a benefícios como aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte para os dependentes.
  • Acesso ao crédito facilitado: Bancos e instituições financeiras oferecem linhas de crédito com condições especiais para MEIs, como taxas reduzidas e prazos ampliados, incentivando o investimento no negócio.
  • Direito à emissão de nota fiscal: Com CNPJ ativo, o MEI pode emitir notas fiscais, o que amplia sua credibilidade e permite parcerias com empresas que exigem formalização nas transações.
  • Isenção de tributos federais: O MEI está dispensado do pagamento de impostos federais como IRPJ, PIS, Cofins, IPI e CSLL, pagando apenas valores fixos no DAS, o que simplifica a gestão fiscal.
  • Facilidade de contratação: O MEI pode contratar um funcionário com carteira assinada, pagando encargos reduzidos e seguindo regras trabalhistas simplificadas, o que fortalece a operação do negócio.

Conhecer e cumprir as obrigações do MEI, assim como aproveitar os benefícios, garante o crescimento sustentável da empresa e reduz riscos legais. Portanto, manter-se informado é o primeiro passo para empreender com segurança e sucesso dentro do regime simplificado.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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