Estes erros comuns podem fazer seu pedido de pensão por morte ser negado
Milhares de brasileiros têm seu pedido de pensão por morte negado devido a uma série de erros que passam despercebidos no momento da solicitação.
A pensão por morte representa um dos benefícios mais importantes oferecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pois garante proteção financeira aos dependentes após o falecimento do segurado que contribuía recorrentemente.
Esse recurso assegura que famílias em momentos de fragilidade emocional não sofram, ao mesmo tempo, um colapso econômico, preservando a dignidade dos beneficiários. A legislação brasileira estabelece critérios claros sobre quem pode requerer o benefício.
No entanto, o processo exige atenção redobrada para que erros não comprometam a concessão. Isso ocorre porque, apesar de a solicitação ter migrado para o ambiente digital, o sistema não corrige equívocos e pode indeferir pedidos automaticamente.

Neste artigo, você vai ver:
Quais as regras para receber a pensão por morte?
A legislação previdenciária define uma ordem de prioridade para que os dependentes solicitem a pensão por morte. Conhecer essa hierarquia é fundamental, pois a concessão segue rigorosamente essas classes, sem permitir inversões ou flexibilizações.
- Primeira classe: o cônjuge, a companheira ou o companheiro, além do filho não emancipado de qualquer condição com menos de 21 anos, ou filho inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave.
- Segunda classe: os pais do segurado falecido, desde que comprovem dependência econômica.
- Terceira classe: os irmãos não emancipados de qualquer condição com menos de 21 anos, ou irmãos inválidos ou com deficiência intelectual, mental ou grave.
Essa ordem de prioridade estabelece que a existência de dependentes da primeira classe exclui automaticamente os da segunda e da terceira. Ou seja, somente se não houver cônjuge, filhos ou companheiros habilitados, os pais poderão solicitar.
Além disso, a duração da pensão varia de acordo com a idade e a situação do dependente. Em alguns casos, o benefício pode ser vitalício, como para pessoas com deficiência grave ou invalidez permanente, que dependem para sempre do pagamento.
Já em outras situações, como filhos menores, a pensão cessa ao atingir 21 anos, garantindo apenas apoio durante a fase de dependência econômica. Dessa maneira, o modelo busca equilíbrio entre proteção social e sustentabilidade do sistema.
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Principais erros que levam à negação da pensão por morte
Apesar de a plataforma MeuINSS ter simplificado o processo de solicitação, muitos pedidos de pensão por morte acabam sendo negados devido a falhas facilmente evitáveis. Os erros mais comuns incluem problemas com documentos, preenchimento incorreto e falta de comprovações.
- Certidão de óbito com dados incompletos ou divergentes: informações inconsistentes no documento principal comprometem a análise.
- Ausência de documentos de vínculo familiar: falta de certidão de casamento, declaração de união estável ou certidão de nascimento dos filhos gera indeferimento imediato.
- Provas insuficientes de dependência econômica: em especial nos casos de pais, irmãos ou companheiros, a ausência de evidências documentais inviabiliza a concessão.
- Envio de documentos ilegíveis ou em formatos inadequados: arquivos borrados, cortados ou incompatíveis com a plataforma não são aceitos.
- Dados pessoais preenchidos incorretamente: erros em nomes, números de CPF ou datas atrapalham a conferência no sistema.
- Falta de anexação em campos obrigatórios: esquecer de incluir um documento essencial resulta na negação sem aviso prévio.
Esses equívocos ocorrem porque a burocracia, embora digital, continua rígida. O sistema do INSS não alerta sobre ausências ou falhas, apenas registra a negativa. Dessa forma, o solicitante pode enfrentar longos períodos de espera, recursos demorados ou até a perda definitiva do direito.
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Como solicitar o benefício?
O pedido de pensão por morte deve ser feito exclusivamente pela internet, por meio da plataforma Meu INSS. O solicitante acessa o sistema, preenche os dados exigidos e anexa a documentação. Em alguns casos, o INSS pode convocar o dependente para uma análise presencial.
Documentos necessários
Para garantir a análise correta do pedido de pensão por morte, é fundamental reunir previamente toda a documentação exigida. Abaixo estão os principais documentos:
- Certidão de óbito do segurado falecido
- Documento de identificação oficial com foto e CPF do solicitante
- Comprovante de vínculo familiar, como certidão de casamento, declaração de união estável ou certidão de nascimento dos filhos
- Documentos que comprovem dependência econômica, especialmente para pais ou irmãos, como comprovantes de residência conjunta, contas em nome compartilhado ou declarações formais
- Comprovantes da qualidade de segurado do falecido, como carteira de trabalho, contracheques ou contribuições ao INSS
- Documentos médicos e laudos periciais, quando houver deficiência ou invalidez a ser comprovada
Organizar todos esses itens antes do envio evita atrasos e aumenta as chances de concessão imediata. Além disso, recorrer a um profissional especializado pode ser determinante para interpretar exigências, corrigir falhas e agilizar o processo.
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