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Financiamento da Caixa começa a operar com novas regras; confira

A Caixa está oferecendo uma modalidade de crédito com novas regras, dessa vez mais acessíveis para quem quer conquistar uma casa própria

O financiamento imobiliário representa uma das principais portas de entrada para quem deseja adquirir a casa própria sem precisar desembolsar todo o valor à vista. Esse tipo de crédito oferece a possibilidade de parcelar o pagamento do imóvel em prazos longos, com juros e condições ajustadas à renda.

Assim, ele se torna uma ferramenta fundamental para o crescimento do mercado imobiliário e para a realização do sonho da moradia própria. Além disso, o financiamento movimenta diversos setores da economia, como a construção civil e o comércio.

A Caixa Econômica Federal, que lidera o crédito habitacional no país, tem desempenhado um papel estratégico nesse cenário, constantemente atualizando suas regras para ampliar o acesso e tornar o processo ainda mais vantajoso para as famílias brasileiras.

Se você quer financiar um imóvel, veja as novas regras da Caixa.
Se você quer financiar um imóvel, veja as novas regras da Caixa. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Caixa atualiza regras de financiamento habitacional

A Caixa iniciou uma nova fase do crédito imobiliário, trazendo mudanças significativas no limite de financiamento e no uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A partir desta segunda-feira (20), o teto dos imóveis financiados passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

Com o novo limite, famílias com renda mensal acima de R$ 12 mil poderão financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões, com juros limitados a 12% ao ano. A Caixa também passou a oferecer financiamentos de até 80% do valor do imóvel, exigindo entrada mínima de 20%.

Antes, o percentual máximo era de 70%, o que dificultava a adesão de parte dos interessados. Essas condições tornam o crédito mais competitivo e acessível, especialmente para quem busca imóveis de padrão médio ou alto fora dos programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida.

Segundo a Caixa, o foco das novas regras é atender famílias que não se enquadram em faixas subsidiadas, mas que ainda enfrentam desafios para financiar um imóvel. Com isso, imóveis de maior valor passam a se enquadrar no Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Ele oferece juros menores e autoriza o uso do FGTS. A expectativa é viabilizar mais de 80 mil novos financiamentos até 2026, fortalecendo o setor e estimulando o desenvolvimento urbano em várias regiões do país.

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O que muda?

O aumento do teto do SFH é uma das mudanças mais relevantes, pois amplia o valor máximo do imóvel financiado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Além disso, a nova regulamentação permite que os bancos utilizem até 100% dos recursos da poupança para conceder crédito habitacional.

É importante destacar que, nessa nova regra, 80% devem obrigatoriamente ser destinados a imóveis dentro do SFH. Essa alteração cria mais liquidez no sistema e favorece o aumento da oferta de financiamentos.

As condições de juros também foram atualizadas, fixando o limite em 12% ao ano, o que garante previsibilidade ao consumidor. A Caixa oferece duas modalidades principais: a SAC (Sistema de Amortização Constante), na qual as parcelas diminuem ao longo do tempo.

Assim, o financiamento cobre até 80% do valor do imóvel, e a Tabela Price, com parcelas fixas e financiamento de até 70%, ideal para quem busca estabilidade nos pagamentos. Essas opções permitem que o comprador escolha a forma de pagamento mais adequada à sua realidade financeira.

A reformulação ainda tem impacto direto no mercado imobiliário, pois amplia o número de imóveis aptos ao financiamento com recursos do FGTS e da poupança. Segundo a Caixa, o banco já responde por 66,8% do crédito habitacional nacional, com R$ 223,6 bilhões contratados apenas em 2024.

Como usar o FGTS no financiamento?

O comprador pode utilizar o saldo do FGTS em diferentes etapas do processo, o que facilita a aquisição e reduz o peso das parcelas mensais. É possível empregar o fundo para compor a entrada, diminuindo o valor total a ser financiado, ou amortizar o saldo devedor.

Isso reduz as parcelas ou o prazo final do contrato. Outra opção é usar o FGTS para pagar parte das prestações, aliviando o orçamento familiar e garantindo mais tranquilidade financeira. Além disso, o trabalhador pode utilizar créditos futuros do FGTS para quitar parcelas subsequentes.

Isso desde que cumpra os requisitos estabelecidos pelo banco. Essa flexibilidade torna o financiamento mais acessível e ajuda a manter o equilíbrio financeiro durante todo o contrato. Para isso, é necessário autorizar o uso dos valores na conta vinculada e acompanhar o saldo pelo aplicativo do FGTS Digital.

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Condições da Caixa para uso do financiamento

A Caixa estabelece critérios rigorosos para assegurar que o financiamento seja utilizado de forma responsável e atenda às finalidades habitacionais do programa. As exigências valem tanto para o comprador quanto para o imóvel a ser financiado.

Regras para o comprador

  • É necessário ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS, somando períodos consecutivos ou não.
  • O candidato não pode possuir financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação em qualquer parte do país.
  • O beneficiário não deve ter outro imóvel residencial urbano em seu nome ou parte de imóvel misto com finalidade habitacional.
  • O uso do crédito deve ser exclusivamente para moradia própria, não sendo permitido o financiamento para investimento ou locação.

Regras para o imóvel

  • O valor de avaliação deve ser de até R$ 2,25 milhões para todos os estados brasileiros, no caso de uso do FGTS na entrada da contratação.
  • O imóvel precisa ser residencial urbano e destinado à moradia do titular.
  • Deve apresentar plenas condições de habitabilidade, sem vícios de construção, na data da avaliação final.
  • O imóvel não pode ter sido adquirido com uso do FGTS há menos de três anos.
  • No caso de construção sem aquisição de terreno, o terreno deve ser de propriedade do proponente.

Essas condições reforçam o compromisso da Caixa com a segurança e a sustentabilidade do crédito imobiliário. Ao mesmo tempo, as novas regras ampliam o alcance do financiamento e modernizam o uso do FGTS, consolidando a instituição como a principal referência em crédito habitacional no país.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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