O novo golpe da prova de vida pode fazer com que as vítimas tenham problemas com seus benefícios e ainda percam dinheiro
A prova de vida é um dos procedimentos mais importantes para aposentados e pensionistas que recebem benefícios do INSS, pois garante que o pagamento continue ativo e evita fraudes no sistema previdenciário.
No entanto, com o avanço da tecnologia e a digitalização de processos, criminosos têm explorado a falta de informação e a confiança das pessoas para aplicar golpes cada vez mais elaborados. O que antes era uma simples confirmação anual se tornou um dos principais alvos de estelionatários.
Eles se aproveitam da vulnerabilidade do público idoso. Assim, compreender como funciona o golpe da prova de vida, saber se proteger e agir rapidamente diante de qualquer suspeita são atitudes essenciais para manter a segurança dos dados e dos benefícios.
Neste artigo, você vai ver:
Como o golpe da prova de vida funciona?
O golpe da prova de vida utiliza táticas de engenharia social altamente sofisticadas, e o mais perigoso é que os criminosos simulam chamadas do número oficial 135, o mesmo utilizado pela Central de Atendimento do INSS.
Essa falsificação faz com que muitas pessoas acreditem que estão falando com um atendente verdadeiro e, por isso, acabam fornecendo informações pessoais e bancárias sem desconfiar. Os golpistas se apresentam de forma convincente, com linguagem técnica e tom profissional.
Durante a ligação, os criminosos afirmam que o beneficiário precisa confirmar seus dados para “agilizar” ou “regularizar” a prova de vida, sob o pretexto de evitar bloqueios no benefício. Eles solicitam documentos, número de CPF e senha bancária.
Em muitos casos, pedem uma foto da vítima segurando um documento, alegando que isso seria necessário para o reconhecimento facial. No entanto, o INSS nunca liga para pedir esse tipo de informação e jamais solicita fotos, senhas ou códigos de acesso.
Os criminosos ainda exploram a implementação do novo modelo de prova de vida digital, que utiliza biometria facial, para tornar o golpe mais convincente. Eles usam softwares de falsificação de chamadas, que fazem o número “135” aparecer no identificador do telefone.
Uma vez com as credenciais, os golpistas conseguem invadir sistemas oficiais, alterar dados cadastrais e até realizar movimentações financeiras indevidas. Por isso, o cidadão deve entender claramente que o INSS nunca inicia o contato para prova de vida.
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Como se proteger do golpe da prova de vida?
Evitar o golpe da prova de vida é possível quando o cidadão adota práticas simples, mas fundamentais para proteger suas informações. O INSS reforça que toda comunicação legítima ocorre apenas pelos canais oficiais, e que o órgão não faz ligações pedindo dados sensíveis.
- Desconfie de qualquer ligação pedindo dados pessoais: O INSS nunca solicita CPF completo, número de conta, senha bancária ou fotos por telefone. Caso receba uma ligação suspeita, desligue imediatamente e entre em contato com a Central 135 por um telefone fixo para confirmar a veracidade do contato.
- Não envie fotos nem informações por aplicativos ou e-mail: Nenhum funcionário do INSS tem autorização para pedir selfies, documentos digitalizados ou dados de reconhecimento facial fora do aplicativo Gov.br. Enviar fotos por outros meios é abrir as portas para o uso indevido de sua imagem em fraudes.
- Verifique sempre os canais oficiais antes de agir: A prova de vida digital só pode ser feita pelo app “Meu Gov.br”, disponível nas lojas oficiais de aplicativos. Antes de baixar qualquer programa, confirme se o desenvolvedor é realmente o Governo Federal. Nunca clique em links recebidos por mensagem.
- Faça o procedimento presencial apenas no seu banco ou agência do INSS: Se preferir realizar a prova de vida presencialmente, vá diretamente à agência bancária onde recebe o benefício ou ao posto do INSS, com agendamento feito pelo 135. Evite intermediários e pessoas oferecendo “ajuda” fora desses locais.
- Mantenha-se informado e oriente familiares e amigos: Os golpistas exploram principalmente idosos e pessoas que não dominam o uso de tecnologia. Compartilhar informações sobre o golpe com familiares, cuidadores e vizinhos é uma forma eficaz de prevenir novas vítimas.
Esses cuidados simples, quando praticados com constância, reduzem significativamente o risco de cair em fraudes e garantem que o procedimento da prova de vida seja feito de forma segura e tranquila.
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O que fazer se for vítima?
Se uma pessoa perceber que caiu no golpe da prova de vida, agir rapidamente é fundamental para evitar maiores prejuízos. O primeiro passo é entrar em contato imediato com o banco onde recebe o benefício e solicitar o bloqueio preventivo de cartões, contas e senhas.
Essa medida impede que os criminosos movimentem o dinheiro ou realizem empréstimos fraudulentos. Também é importante alterar todas as senhas de acesso a aplicativos e serviços financeiros, garantindo mais segurança.
Em seguida, o beneficiário deve registrar um boletim de ocorrência. O ideal é procurar a Delegacia de Crimes Cibernéticos ou fazer o registro online, descrevendo todos os detalhes da ligação e informando os dados fornecidos.
Por fim, é essencial avisar o INSS oficialmente sobre o ocorrido. O cidadão pode ligar para a Central 135, utilizando um telefone fixo, ou registrar a denúncia pelo portal “Meu INSS”. O órgão marcará o cadastro do beneficiário como vítima de tentativa de golpe, reforçando as medidas de segurança.
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