Golpe do CPF: saiba como funciona e aprenda a se proteger
O golpe do CPF voltou com tudo, dessa vez para conseguir tanto dados sensíveis quanto dinheiro das vítimas desavisadas
Com o avanço da tecnologia e a popularização dos serviços digitais, os golpes online se tornaram uma ameaça constante à segurança dos cidadãos. Criminosos exploram a falta de atenção e o desconhecimento das pessoas para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas.
Normalmente, eles imitam comunicações oficiais e sites de instituições públicas. Nesse cenário, a Receita Federal vem alertando a população sobre o aumento de tentativas de fraude relacionadas a documentos pessoais e informações fiscais.
Essas armadilhas digitais usam estratégias de engenharia social para criar sensação de urgência e levar as vítimas a agir impulsivamente. Assim, compreender como esses golpes funcionam é essencial para evitar prejuízos financeiros e o roubo de dados pessoais.

Neste artigo, você vai ver:
Como o golpe do CPF funciona?
O chamado golpe do CPF é uma fraude virtual em que criminosos se passam por representantes da Receita Federal para enganar contribuintes. Eles enviam e-mails que simulam comunicações oficiais, com logotipos e linguagem semelhantes às utilizadas pelo órgão.
Nessas mensagens, os golpistas afirmam falsamente que o CPF da vítima apresenta pendências, irregularidades ou bloqueios iminentes, criando uma sensação de urgência que induz a pessoa a clicar em links maliciosos.
Essas notificações falsas também mencionam possíveis restrições bancárias e perda de documentos. Além das mensagens alarmistas, os criminosos costumam incluir valores falsos de multas e prazos curtos para pagamento, geralmente inferiores a 48 horas.
Essa tática visa pressionar a vítima emocionalmente, fazendo-a acreditar que, ao efetuar o pagamento, resolverá a suposta irregularidade no CPF. Entretanto, o link fornecido redireciona para páginas fraudulentas que imitam o portal da Receita Federal.
Essas páginas, no entanto, apresentam domínios suspeitos (muitas vezes terminados em “.mom”) e não possuem a extensão oficial “.gov.br”. Assim, o usuário fornece dados pessoais, bancários e até senhas diretamente aos criminosos.
Outra característica marcante desse golpe é o uso de layouts visuais idênticos aos dos portais oficiais. Os golpistas copiam cores, ícones e até a linguagem técnica utilizada pelo governo, o que dá credibilidade à fraude. Dessa forma, o cidadão acredita estar acessando o site real da Receita.
No entanto, ao inserir suas informações, ele entrega dados sensíveis, como CPF, número de conta e senhas. Essas informações são usadas posteriormente em outras fraudes, compras indevidas e até clonagem de identidade. Portanto, compreender essas estratégias é o primeiro passo para se proteger.
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Como se proteger do golpe do CPF?
Evitar cair no golpe do CPF exige atenção constante e alguns cuidados simples no uso da internet. A Receita Federal reforça que nunca envia e-mails cobrando pagamentos ou solicitando informações pessoais. Por isso, a principal defesa é a desconfiança.
A seguir, veja as medidas essenciais para garantir sua segurança digital:
- Desconfie de mensagens suspeitas: A Receita Federal não solicita dados pessoais por e-mail, mensagem de texto ou redes sociais. Se receber uma mensagem alertando sobre pendências no CPF, ignore o conteúdo e acesse diretamente o site oficial para conferir sua situação.
- Evite clicar em links desconhecidos: Links enviados por e-mail ou aplicativos de mensagens podem direcionar a páginas falsas. Mesmo que o endereço pareça legítimo, verifique se contém “gov.br” e fuja de domínios estranhos, como “.mom” ou “.xyz”.
- Não abra anexos de remetentes desconhecidos: Anexos suspeitos podem conter vírus que roubam informações e instalam programas espiões no dispositivo. Exclua imediatamente esses e-mails e limpe a caixa de entrada para evitar riscos.
- Verifique a autenticidade no portal oficial: Sempre que tiver dúvida, entre no site da Receita Federal ou acesse o portal e-CAC. Lá, é possível consultar pendências de forma segura e direta, sem precisar clicar em nenhum link recebido por terceiros.
- Mantenha o antivírus atualizado: Programas de segurança digital detectam sites e arquivos maliciosos, impedindo a instalação de vírus. Atualizar o antivírus regularmente é uma das formas mais eficazes de evitar ataques cibernéticos.
Adotar essas medidas simples reduz significativamente o risco de cair em fraudes. Além disso, compartilhar essas informações com familiares e amigos ajuda a evitar que outras pessoas se tornem vítimas do mesmo esquema.
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O que fazer se for vítima?
Se alguém cair no golpe do CPF, agir rapidamente é fundamental para minimizar os danos. O primeiro passo é interromper qualquer contato com o criminoso e não realizar nenhum pagamento. Caso já tenha enviado dados pessoais ou bancários, deve-se alterar todas as senhas de acesso a contas digitais.
Além disso, é importante monitorar constantemente extratos bancários e comunicações oficiais, pois os golpistas podem tentar utilizar as informações obtidas em novas fraudes. Em seguida, o cidadão deve registrar um boletim de ocorrência em uma Delegacia de Crimes Cibernéticos.
Esse registro formaliza o caso e permite que as autoridades iniciem a investigação. Também é essencial comunicar o banco, caso o golpe envolva informações financeiras, e solicitar o bloqueio preventivo de cartões ou contas. Essa ação rápida impede transações indevidas e evita prejuízos maiores.
Por fim, recomenda-se denunciar o golpe à própria Receita Federal e aos órgãos de defesa do consumidor. Isso ajuda a rastrear os domínios e e-mails fraudulentos, fortalecendo a rede de segurança contra esse tipo de crime.
A vítima pode acessar o portal oficial da Receita para confirmar se há realmente pendências em seu CPF. Além disso, deve divulgar o ocorrido em suas redes sociais ou grupos familiares, para alertar outras pessoas sobre o golpe.
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