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Golpes do Pix ainda são maioria: veja como evitar cair

Os golpes do pix estão ficando cada vez mais populares desde o lançamento oficial da ferramenta, por isso é importante ter atenção.

O avanço da tecnologia nos meios de pagamento trouxe agilidade, praticidade e conveniência, mas também abriu caminho para um aumento expressivo nos crimes digitais. Com a popularização dos serviços bancários por aplicativo, os golpistas têm se aproveitado das brechas para aplicar artimanhas.

Entre os principais alvos, destacam-se os sistemas de pagamento rápido, como o Pix, que, por movimentarem grandes volumes em tempo real, chamam atenção dos criminosos. Esses golpes afetam milhares de pessoas e movimentam cifras bilionárias anualmente.

Com isso, cresce a necessidade de informação, prevenção e agilidade na resposta por parte das instituições financeiras e dos consumidores. Conhecer como essas fraudes ocorrem e o que fazer diante de um golpe se tornou essencial para quem deseja usar os canais eletrônicos com segurança.

Se você faz transferências, veja como evitar golpes do Pix.
Se você faz transferências, veja como evitar golpes do Pix. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Golpes do Pix crescem exponencialmente

Nos últimos anos, o Pix se consolidou como o meio de pagamento preferido pelos brasileiros. Porém, esse sucesso trouxe consigo um crescimento alarmante nas tentativas de fraude. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre 2023 e 2024, os golpes com Pix aumentaram cerca de 43%.

Isso acabou resultando em um prejuízo de R$ 2,7 bilhões. Esse valor faz parte de um cenário ainda mais preocupante: no total, fraudes em canais digitais e com cartões somaram R$ 12,8 bilhões apenas em 2024.

Enquanto o uso do Pix se torna mais comum, os criminosos inovam nas abordagens, adaptando-se rapidamente a novas tecnologias e explorando vulnerabilidades tanto no sistema quanto no comportamento dos usuários.

Esse crescimento evidencia a importância de medidas de prevenção e de conscientização do público. Embora o Banco Central e os bancos tenham adotado mecanismos de proteção como limites de transferência noturna e bloqueios preventivos, os golpistas continuam atuando de forma agressiva.

As armadilhas variam entre invasões de contas, falsos pedidos de ajuda, sequestros relâmpago e até mesmo falhas técnicas exploradas de forma maliciosa. Diante desse cenário, entender como os principais golpes funcionam ajuda a reduzir o risco de cair em armadilhas e a reagir corretamente nesses casos.

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Como funcionam os golpes do Pix?

Com diferentes estratégias, os criminosos se aproveitam da rapidez das transações e da confiança dos usuários. A seguir, veja os principais tipos de golpes envolvendo o Pix e como cada um opera.

Golpe do falso perfil

Nesse golpe, os criminosos criam contas falsas no WhatsApp, geralmente clonando o número de uma pessoa conhecida da vítima. Em seguida, entram em contato alegando alguma emergência e pedem transferências via Pix.

O apelo emocional e a aparência do contato enganam a vítima, que acredita estar ajudando um familiar ou amigo. Como o dinheiro é enviado de forma instantânea, a vítima só percebe o golpe depois do prejuízo.

Golpe do falso boleto ou QR Code adulterado

Muitos usuários são enganados ao pagar um boleto ou escanear um QR Code fraudulento, que redireciona o pagamento para contas dos golpistas. Isso ocorre, por exemplo, em compras online ou doações falsas, nas quais o golpista envia um código adulterado.

Criminosos enviam e-mails, SMS ou mensagens por redes sociais contendo links falsos que direcionam a vítima a páginas falsas de bancos ou lojas. Ao inserir dados pessoais ou bancários, a vítima entrega acesso total à sua conta. Com essas informações, os golpistas realizam transferências via Pix.

Golpe de sequestro relâmpago

Em situações mais violentas, os bandidos rendem a vítima e a obrigam a realizar transferências via Pix diretamente de seus dispositivos móveis. Por ser um método rápido e irreversível, o prejuízo ocorre de forma imediata. Mesmo após o crime, muitas vítimas enfrentam dificuldades para provar coação.

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Tem como receber os valores de volta?

Sim, em algumas situações, a vítima de golpe pode conseguir o estorno do valor transferido via Pix. Para isso, o primeiro passo é entrar em contato imediatamente com a instituição financeira, solicitando a abertura do Mecanismo Especial de Devolução (MED).

Criado pelo Banco Central, esse sistema busca recuperar valores em casos de fraude ou falhas operacionais. Ao registrar a ocorrência, o banco analisa se o caso se enquadra nas regras do MED. Se sim, o sistema bloqueia o valor na conta do recebedor e inicia a análise, que pode durar até sete dias úteis.

Caso o banco conclua que a transação realmente decorre de um golpe, a devolução dos valores pode acontecer em até 96 horas após a decisão. Se a análise não identificar fraude, o dinheiro é liberado para o recebedor.

Além disso, o MED também cobre falhas como transações duplicadas por erro do sistema, sendo possível o reembolso em até 24 horas nesses casos específicos. No entanto, o sucesso do pedido ainda é limitado. Segundo dados do Idec, apenas cerca de 9% dos pedidos de reembolso foram bem-sucedidos.

Se o pedido via banco for negado, a vítima ainda pode buscar outras formas de reparação. É possível registrar boletim de ocorrência, acionar a ouvidoria da instituição e recorrer ao Procon ou à Justiça, dependendo do caso.

Por isso, manter comprovantes, capturas de tela e protocolos de atendimento ajuda a fortalecer qualquer pedido de devolução ou eventual ação judicial. Embora o ressarcimento nem sempre aconteça, adotar todos os passos corretos amplia as chances de recuperação dos valores perdidos.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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