Jovem aprendiz: saiba quem pode se tornar, quais requisitos, salário e mais!
Para se tornar Jovem Aprendiz, é necessário ver como funciona o processo de seleção e quais os trâmites a se seguir.
O programa Jovem Aprendiz representa uma das políticas mais relevantes de inclusão de adolescentes e jovens no mercado de trabalho. Criado a partir da Lei da Aprendizagem, ele garante a oportunidade de conciliar estudos e prática profissional dentro de um regime especial previsto pela CLT.
Com essa iniciativa, milhares de jovens conseguem dar os primeiros passos em suas carreiras de forma estruturada e com respaldo legal. Além disso, a proposta busca ampliar a qualificação por meio da educação profissionalizante.
Ela permite que a teoria vista em sala de aula seja aplicada diretamente nas atividades desenvolvidas nas empresas. Dessa forma, o programa fortalece a formação integral do jovem, promove independência financeira e ainda contribui para que as empresas formem futuros profissionais qualificados.

Neste artigo, você vai ver:
Afinal, quem pode se tornar Jovem Aprendiz?
A legislação determina critérios claros para que adolescentes e jovens possam participar do programa. Esses pré-requisitos servem para garantir que os participantes estejam preparados para conciliar estudo e trabalho sem prejudicar sua formação escolar.
As regras principais incluem:
- Ter idade entre 14 e 24 anos;
- Estar matriculado e frequentando a escola a partir do 9º ano do Ensino Fundamental;
- Ser aprovado em processo seletivo realizado pela empresa contratante;
- Para pessoas com deficiência, não há limite de idade nem exigência de escolaridade mínima;
- Respeitar a carga horária permitida pela lei, que varia conforme o nível de escolaridade.
O limite de horas de trabalho também é um aspecto importante. Adolescentes que ainda cursam o Ensino Fundamental podem trabalhar até 6 horas por dia, já os que estão no Ensino Médio ou concluíram os estudos podem cumprir jornada de até 8 horas.
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Quanto um Jovem Aprendiz pode ganhar?
O jovem aprendiz recebe remuneração, uma vez que seu contrato segue as regras da CLT. O valor do salário varia de acordo com o piso da categoria em que a vaga foi aberta, além de considerar fatores como região, setor e acordos coletivos de trabalho.
Em média, segundo levantamentos disponíveis em sites de empregos, o valor pode variar entre R$ 850 e R$ 1.200, mas cada contrato possui regras próprias de cálculo. Essa remuneração funciona como incentivo financeiro para que o jovem se mantenha ativo nos estudos.
Ele tem carteira assinada?
Sim, o jovem aprendiz tem carteira assinada e contrato formal de trabalho. Essa formalização garante todos os direitos previstos em lei, como salário mensal, férias, décimo terceiro e recolhimento do FGTS, assim como demais trabalhadores.
Além disso, o tempo de contrato conta para a aposentadoria, pois as empresas recolhem normalmente a contribuição ao INSS. Portanto, além de iniciar a carreira, o jovem já começa a formar seu histórico previdenciário, algo que trará benefícios no futuro.
Esse vínculo formal também oferece maior segurança jurídica, tanto para o jovem quanto para a empresa. A carteira assinada garante que os direitos não sejam negligenciados e que o contrato de aprendizagem seja cumprido em todas as suas etapas.
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Em quais lugares posso trabalhar como Jovem Aprendiz?
O jovem aprendiz pode atuar em empresas de médio e grande porte, já que essas organizações são obrigadas por lei a reservar vagas para esse público. A lei vale para empresas de todos os setores, como indústria, comércio e serviços.
Já as micro e pequenas empresas podem contratar aprendizes de forma opcional, mas também representam oportunidades valiosas para quem busca iniciar sua trajetória profissional. Além da obrigatoriedade legal, muitas empresas enxergam o programa como uma forma de investir no futuro.
Elas capacitam o jovem, acompanham sua evolução e podem efetivá-lo ao final do contrato. Assim, o jovem ganha experiência prática, enquanto a empresa forma um colaborador alinhado à sua cultura organizacional.
Tem como trabalhar em home office?
Embora a maioria das vagas de jovem aprendiz seja presencial, em alguns setores é possível encontrar oportunidades em regime de home office. Essa modalidade geralmente acontece em funções administrativas ou relacionadas a áreas digitais.
É possível sempre que a atividade possa ser realizada à distância sem comprometer o aprendizado. No entanto, como a lei prevê a combinação entre teoria e prática, é comum que parte da jornada ocorra em instituições de ensino parceiras, o que pode exigir deslocamentos presenciais.
Portanto, o home office pode até existir em situações específicas, mas não é a regra geral do programa. O modelo presencial ainda prevalece, principalmente porque permite maior acompanhamento e integração do jovem com a rotina da empresa.
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