MEI que mora no RS tem até final de agosto para pedir auxílio financeiro; saiba mais
O MEI que mora no Rio Grande do Sul pode ter acesso a um benefício emergencial, mas é importante não perder o prazo de solicitação.
O regime MEI se consolidou no Brasil como uma das principais portas de entrada para o empreendedorismo formal. Criado para simplificar a legalização de pequenos negócios, ele oferece a possibilidade de emissão de nota fiscal, acesso à Previdência Social e benefícios diversos.
Com regras simples de tributação e contribuições reduzidas, o modelo se tornou essencial para milhões de brasileiros que buscam independência financeira e segurança jurídica. Entretanto, os microempreendedores individuais enfrentam desafios quando eventos externos afetam suas atividades.
Nesse contexto, medidas governamentais específicas desempenham papel crucial ao fornecer suporte financeiro e técnico. Uma dessas iniciativas ganhou destaque no Rio Grande do Sul e hoje é considerada uma ação estratégica.

Neste artigo, você vai ver:
MEI que mora no RS pode solicitar benefício emergencial
O governo do Rio Grande do Sul criou um programa emergencial direcionado aos microempreendedores individuais que sofreram prejuízos com as enchentes de 2024. O MEI que atua em áreas reconhecidas oficialmente como zonas de calamidade pode solicitar apoio financeiro e participar de capacitações.
Os critérios para adesão são objetivos e verificáveis. O microempreendedor precisa ter o CNPJ ativo, estar com o CPF regular e comprovar faturamento nos anos de 2023 ou 2024. Além disso, a localização do negócio deve estar registrada em município com decreto de calamidade e dentro da área afetada.
Outro ponto importante é que o programa não permite acumulação com outras iniciativas estaduais criadas para apoiar vítimas das enchentes. Até agosto de 2025, o estado ainda recebe inscrições, permitindo que milhares de MEIs se cadastrem para receber a ajuda emergencial.
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Como funcionam os eixos do programa?
O programa foi estruturado em etapas que combinam repasse financeiro imediato com capacitação profissional, criando uma linha de apoio completa. Essa organização em fases tem como objetivo não apenas fornecer dinheiro em curto prazo, mas também preparar o MEI para sustentar seu negócio.
MEI RS Calamidades 1
Na primeira fase, chamada de Retomada, o governo realiza o depósito inicial de R$ 1.500 diretamente na conta do microempreendedor no Caixa Tem. Esse recurso chega em até dez dias úteis após a divulgação dos resultados e funciona como alívio imediato para despesas urgentes.
Após esse primeiro repasse, o MEI selecionado participa da etapa Preparação. Nela, são oferecidas nove horas de consultoria, desenvolvidas em parceria com a PUCRS. Os conteúdos abordam gestão de custos, formação de preços, marketing, vendas e elaboração de plano de negócios.
MEI RS Calamidades 2
A segunda versão do programa, lançada em 2025, segue o mesmo modelo, mas ampliou o alcance para mais 12 mil empreendedores. A fase Decolagem garante o pagamento de mais R$ 1.500, condicionado à participação integral na consultoria oferecida.
O valor é creditado pelo Banrisul em conta empresarial gratuita, incentivando a formalização financeira e o uso de serviços bancários adequados. Com essa estrutura, o governo equilibra assistência imediata com investimento no futuro dos microempreendedores.
Ao vincular a segunda parcela à capacitação, cria um incentivo concreto para que o MEI adquira conhecimento em gestão e fortaleça sua atuação. Dessa forma, o programa combina apoio financeiro emergencial com aprendizado estratégico.
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Como o MEI pode solicitar o benefício?
Para acessar o programa, o microempreendedor precisa se inscrever até 31 de agosto de 2025 por meio do portal oficial do governo do Rio Grande do Sul. O processo de inscrição é totalmente digital, o que evita filas e deslocamentos desnecessários em um momento já delicado para os trabalhadores.
Durante a inscrição, o MEI deve confirmar seu CNPJ ativo, regularidade do CPF e comprovação de faturamento. Também precisa verificar se sua localização consta nos registros de áreas atingidas pelas enchentes.
Após a inscrição e análise, o microempreendedor contemplado recebe a notificação oficial e o valor inicial é creditado em sua conta. A partir daí, o beneficiário participa da consultoria e, ao concluir todas as etapas, tem direito à segunda parcela.
Dessa maneira, o programa oferece não apenas recursos financeiros, mas também acompanhamento técnico. Assim, os MEIs atingidos por calamidades têm condições de retomar suas atividades e reconstruir seus negócios de forma mais estruturada.
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