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Novo programa do governo deve acelerar atendimento do SUS em todo país

É de conhecimento geral que a fila do SUS pode ser extensa, mas o governo quer melhorar o atendimento para evitar congestionamento.

O Sistema Único de Saúde, conhecido como SUS, representa uma das maiores conquistas sociais do Brasil, pois garante atendimento universal e gratuito para toda a população. Ao longo das últimas décadas, milhões de brasileiros tiveram acesso a procedimentos que seriam inviáveis sem esse sistema.

Entretanto, apesar da sua relevância, o SUS enfrenta desafios recorrentes, como filas longas e dificuldade de acesso a especialistas em diversas áreas da medicina. Esse cenário exige constantes medidas do governo para reduzir gargalos e melhorar a qualidade do serviço prestado à população.

Nesse contexto, surge uma nova iniciativa que busca fortalecer a rede de atendimento e oferecer soluções mais rápidas para os pacientes que aguardam cuidados especializados. Para atender com mais eficiência, um novo programa está em desenvolvimento.

Agora, quem buscar atendimento pelo SUS vai ter a chance de receber atendimento mais rápido.
Agora, quem buscar atendimento pelo SUS vai ter a chance de receber atendimento mais rápido. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Governo quer agilizar fila do SUS

O Congresso Nacional avançou em um passo importante ao aprovar uma medida provisória voltada para enfrentar as longas filas do SUS. A proposta recebeu apoio expressivo dos deputados, que entenderam a urgência da situação e votaram em peso a favor da medida.

O texto foi construído com amplo diálogo político e contou com a presença do ministro da Saúde, que atuou diretamente nas negociações para garantir o consenso entre os parlamentares. Esse programa busca diminuir a espera por atendimentos de alta complexidade, áreas em que a demanda é alta.

O foco inicial recai sobre especialidades médicas estratégicas, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Com isso, o governo pretende aliviar a pressão sobre hospitais públicos e ampliar a capacidade de resposta em setores críticos da saúde.

Além de mirar a fila de pacientes, a medida também se apresenta como uma das principais bandeiras do governo na área da saúde. O impacto esperado não se limita apenas ao tempo de espera, mas também à qualidade do atendimento.

Isso porque, ao integrar a estrutura de hospitais privados ao sistema, o governo pretende criar um modelo mais ágil, capaz de desafogar a rede pública e oferecer resultados mais consistentes para os usuários do SUS.

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Como o novo programa vai funcionar?

O programa recebeu o nome de Agora Tem Especialistas e sua lógica é simples, mas estratégica. Ele aproveita a estrutura já existente em hospitais privados e direciona parte dessa capacidade para atender pacientes do SUS.

Para viabilizar esse modelo, o governo criou um mecanismo de compensação que garante crédito tributário às instituições participantes, limitado a até R$ 2 bilhões por ano. Os hospitais interessados precisam seguir critérios claros para integrar o programa.

Entre as exigências, está a regularidade fiscal, a comprovação dos atendimentos realizados e a renúncia de disputas judiciais ou administrativas relacionadas a créditos tributários. Dessa forma, o governo garante que apenas instituições comprometidas e dentro da legalidade façam parte do processo.

Outro ponto relevante está na criação do Grupo Hospitalar Conceição. A instituição Nossa Senhora da Conceição S.A. foi reestruturada e passa a se chamar Grupo Hospitalar Conceição S.A., com funções ampliadas no atendimento do SUS.

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Quando o novo programa de atendimento do SUS começa?

Embora a medida provisória tenha sido aprovada recentemente, a expectativa é que os primeiros atendimentos ocorram já neste ano. O governo desenhou o programa para funcionar até 31 de dezembro de 2030, oferecendo tempo suficiente para consolidar resultados.

Entretanto, os efeitos fiscais, como a compensação de tributos para hospitais privados, só começam a valer em 2026. Esse escalonamento garante que o sistema já ofereça alívio imediato para pacientes que esperam por consultas e exames, ao mesmo tempo em que organiza a parte financeira de forma gradual.

Outro aspecto importante é que, ao prever funcionamento até 2030, o governo demonstra compromisso de longo prazo com o fortalecimento do SUS. Essa duração amplia a confiança de pacientes e instituições de saúde, mostrando que a política não se limita a uma solução temporária.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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