Preço do gás vai ficar mais barato em novembro após decisão da Petrobrás
A Petrobrás informou que o valor do botijão de gás vai ficar mais acessível para distribuidoras, o que deve diminuir também para o consumidor final
A Petrobras ocupa um papel central na matriz energética brasileira, sendo responsável por grande parte da produção e distribuição de combustíveis e derivados do petróleo no país. Entre esses produtos, o gás natural e o gás de cozinha, conhecido como GLP, têm papel essencial na rotina das famílias.
Ele acaba influenciando diretamente o custo de vida e o desenvolvimento econômico. Como empresa estratégica, a Petrobras ajusta seus preços conforme variações do mercado internacional e da taxa de câmbio, o que impacta tanto as distribuidoras quanto os consumidores finais.
Diante das recentes oscilações do petróleo tipo Brent e do dólar, a companhia anunciou uma nova redução no valor do gás, medida que busca equilibrar o cenário energético nacional e garantir maior previsibilidade aos setores que dependem desse insumo.

Neste artigo, você vai ver:
Preço do gás de cozinha mais barato para distribuidoras
A Petrobras anunciou que, a partir de 1º de novembro, os preços do gás fornecido às distribuidoras terão redução de 1,7%, válida por um período inicial de três meses. Essa decisão reflete a estratégia da estatal de alinhar seus contratos às variações internacionais do petróleo e às flutuações cambiais.
Estes são fatores que determinam o custo do gás natural no mercado global. No trimestre que se inicia, o valor do petróleo tipo Brent registrou aumento de 2,18%, enquanto o dólar apresentou queda de 3,83% frente ao real, movimento que favoreceu o recuo no preço do gás no Brasil.
A medida afeta principalmente o gás canalizado e o GNV, utilizado em veículos, enquanto o gás liquefeito de petróleo, o GLP (popularmente conhecido como gás de botijão), permanece com preço inalterado, pois segue outro critério de precificação.
Mesmo com a exclusão do GLP, a redução representa um alívio importante para distribuidoras e consumidores industriais, que dependem fortemente do gás natural em suas operações diárias. A iniciativa também ocorre logo após a estatal ter reduzido o preço da gasolina em 4,9%.
De acordo com a companhia, o preço final do gás natural ainda depende de outros componentes, como os custos de transporte, as margens das distribuidoras e o portfólio de suprimento adotado por cada empresa.
Dessa forma, embora a redução anunciada tenha impacto direto nas distribuidoras, o repasse ao consumidor pode variar de acordo com as condições regionais e contratuais. A Petrobras reforça que continuará avaliando o cenário internacional e a cotação do petróleo para definir futuras atualizações.
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Como isso afeta o consumidor final?
A redução no preço do gás para distribuidoras tende a gerar reflexos positivos ao consumidor final, ainda que de forma gradual e regionalizada. As concessionárias de gás canalizado, responsáveis pela entrega do produto a residências e empresas, poderão repassar parte da diminuição de custos.
Essa tendência também se estende ao GNV, combustível utilizado por motoristas de aplicativos, táxis e frotas empresariais, que devem sentir o impacto direto na bomba. Essa queda ajuda a aliviar despesas operacionais e contribui para o equilíbrio financeiro de quem depende do transporte diário.
No entanto, o preço do gás de cozinha não entra nesse ciclo de redução, pois segue uma política de precificação distinta, baseada em outros fatores de mercado. Mesmo assim, a queda no custo do gás natural pode incentivar políticas complementares de incentivo ao consumo consciente.
Outro ponto importante é que a redução nas tarifas industriais tende a gerar efeitos indiretos na economia como um todo. Setores produtivos que utilizam o gás em larga escala, como o alimentício, o químico e o metalúrgico, poderão reduzir custos operacionais.
Além disso, poderão repassar parte dessas economias ao consumidor final, contribuindo para o controle da inflação. Assim, a política de preços da Petrobras não apenas regula o mercado de energia, mas também influencia o poder de compra das famílias e o equilíbrio econômico nacional.
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Gás Para Todos começa em novembro
Em paralelo à redução dos preços, o Governo Federal lança o programa Gás Para Todos, que substituirá o antigo Auxílio Gás a partir de novembro de 2025. A iniciativa tem como objetivo garantir o acesso gratuito ao gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade econômica.
Ao contrário do modelo anterior, que realizava depósitos em dinheiro, o novo programa fornecerá diretamente a recarga do botijão de 13 quilos em revendas credenciadas, o que garante transparência e evita o desvio de recursos.
Por meio dessa mudança, o governo pretende atender mais de 15 milhões de famílias em todo o país, reduzindo a dependência da lenha e melhorando a qualidade de vida de milhões de brasileiros. O programa também promove uma distribuição mais justa dos recursos.
Quem pode participar e como funciona?
O Gás Para Todos é voltado para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, dando prioridade aos beneficiários do Bolsa Família. O acesso ao benefício pode ocorrer de quatro formas:
- por meio de aplicativo próprio do programa;
 - com o cartão do Bolsa Família;
 - com um cartão específico do Gás do Povo;
 - mediante a retirada de um vale em lotéricas, caso o acesso digital não seja possível.
 
A quantidade de botijões anuais varia conforme o número de integrantes da família: até três unidades por ano para famílias com até duas pessoas, quatro unidades para famílias de três membros e até seis botijões anuais para aquelas com quatro ou mais pessoas.
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