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Valor do Pé-de-Meia fica bloqueado até cumprimento das regras; entenda

O Pé-de-Meia é um benefício social que cria um investimento a longo prazo para alunos do Ensino Médio de escolas públicas

O Pé-de-Meia representa uma das mais relevantes iniciativas do governo federal voltadas à permanência dos jovens de baixa renda no ensino médio público. Ele atua com foco em incentivar a continuidade escolar e reduzir a evasão.

O programa busca garantir que cada estudante tenha condições financeiras mínimas para concluir os estudos e planejar o futuro com mais estabilidade. Além de reforçar o compromisso com a educação, o Pé-de-Meia estimula o hábito de poupar, promovendo responsabilidade financeira desde a adolescência.

Essa proposta, portanto, une incentivo econômico e impacto social, fortalecendo o vínculo entre o aluno e a escola. Com a recente publicação das novas regras pelo Ministério da Educação, o programa ganha ainda mais clareza sobre a aplicação dos recursos e a forma como cada beneficiário poderá utilizá-los.

Quem recebe o Pé-de-Meia precisa se atentar à forma de usar os valores.
Quem recebe o Pé-de-Meia precisa se atentar à forma de usar os valores. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

MEC determina regras de uso do Pé-de-Meia

O Ministério da Educação publicou no Diário Oficial da União uma portaria que define as regras para a aplicação do incentivo de conclusão do Pé-de-Meia, estabelecendo diretrizes para o uso correto dos recursos destinados aos estudantes.

Essa medida regulamenta a forma de investimento do benefício, garantindo segurança financeira e transparência no processo. O incentivo, no valor de R$ 1.000 por ano concluído, só pode ser retirado após a conclusão do ensino médio.

Os beneficiários poderão escolher entre duas opções de aplicação para o valor da conclusão: poupança tradicional ou investimento em títulos públicos federais do Tesouro Direto. O sistema define a poupança como modalidade padrão, mas o estudante pode alterá-la a qualquer momento.

Os valores permanecerão bloqueados até que o MEC confirme o cumprimento de todos os requisitos exigidos. Caso o aluno encerre a conta antes da conclusão do ensino médio, o dinheiro continuará aplicado até que a situação seja regularizada.

Se o estudante deixar o programa por descumprimento das regras, os recursos, incluindo os rendimentos obtidos, retornarão ao Fundo de Custeio da Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar, o Fipem.

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Quais os valores pagos pelo Pé-de-Meia?

O Pé-de-Meia concede diferentes tipos de incentivos financeiros que variam conforme a etapa de ensino e a assiduidade do estudante. A estrutura de pagamentos foi planejada para estimular o comprometimento com a escola, recompensando o esforço e a permanência.

O aluno matriculado no ensino médio regular recebe mensalmente R$ 200 referentes à frequência escolar, valor que pode ser sacado a qualquer momento. Esse benefício oferece suporte contínuo e ajuda a cobrir pequenas despesas do dia a dia, garantindo que o jovem mantenha o foco nos estudos.

Além do incentivo mensal, o programa prevê o pagamento anual de R$ 1.000 para cada ano letivo concluído, totalizando até R$ 3.000 ao final do ensino médio. Esse montante, no entanto, permanece retido até a formatura, reforçando o propósito de promover a conclusão completa do curso.

Já os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) recebem R$ 200 pela matrícula e mais R$ 225 por mês, caso mantenham a frequência exigida. Essa diferença busca compensar a realidade distinta dos alunos que conciliam trabalho e estudo, fortalecendo sua permanência na escola.

O valor total do Pé-de-Meia pode chegar a R$ 9.200 por estudante, somando todas as parcelas e o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Esse cálculo mostra que o programa não se limita a um auxílio pontual, mas a uma política de incentivo duradoura.

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Como o programa funciona?

Criado em 2024, o Pé-de-Meia é um programa do governo federal que funciona como uma poupança destinada a estudantes de baixa renda matriculados no ensino médio da rede pública. O objetivo principal é incentivar a permanência e a conclusão dos estudos.

O funcionamento é simples: o aluno que cumpre os requisitos de matrícula, frequência e aprovação anual recebe os incentivos de forma automática, sem necessidade de inscrição. O MEC realiza a identificação e o pagamento diretamente aos beneficiários.

Para participar, o estudante precisa estar matriculado em uma escola pública de ensino médio regular, manter presença mínima de 80% e concluir o ano letivo com aprovação. Além disso, deve participar dos exames obrigatórios, como o Enem.

O cumprimento dessas exigências assegura o recebimento contínuo dos benefícios e a liberação dos valores ao término do curso. Com isso, o governo garante que o incentivo seja realmente voltado aos alunos comprometidos com a educação e o progresso pessoal.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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