MEI e CLT: É possível empreender e trabalhar de carteira assinada?
No cenário atual, a busca por segurança financeira e estabilidade leva muitos brasileiros a combinar o trabalho de carteira assinada com o empreendedorismo. Essa prática, que envolve o regime de MEI e CLT, se mostra cada vez mais comum e viável.
Conciliar essas duas formas de trabalho pode parecer desafiador, mas é uma estratégia que oferece benefícios significativos. A estabilidade do emprego formal, somada à flexibilidade e às vantagens fiscais do MEI, cria um ambiente propício para o crescimento pessoal e profissional.
Explorar essa dualidade pode ser a chave para muitos profissionais que buscam diversificar suas fontes de renda e alcançar maior independência financeira. Entender como equilibrar as responsabilidades de ambos os regimes é fundamental para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas por essa combinação.
É possível ser CLT e MEI?
Sim, é possível ser registrado pela CLT e também atuar como Microempreendedor Individual (MEI). A legislação brasileira permite que um trabalhador formal tenha um CNPJ como MEI, desde que respeite as obrigações de ambos os regimes.
O MEI é uma modalidade simplificada de empresa destinada a pequenos empreendedores, que podem faturar até R$81.000 por ano e possuem benefícios tributários, como o pagamento simplificado de impostos por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
O trabalhador deve garantir que suas atividades como MEI não entrem em conflito com seu emprego CLT, seja em termos de horários, seja em termos de interesses comerciais.
Além disso, o empreendedor deve se atentar aos direitos e deveres específicos de cada regime, como as contribuições previdenciárias e os benefícios trabalhistas, assegurando que ambas as obrigações sejam cumpridas integralmente.
Este equilíbrio é crucial para evitar problemas legais e financeiros, permitindo que o profissional aproveite os benefícios de ambos os mundos.
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Quais são as principais vantagens de ser um MEI e ter um emprego formal ao mesmo tempo?
Combinar o trabalho formal com o empreendedorismo como MEI oferece diversas vantagens. Primeiramente, o emprego formal proporciona estabilidade financeira, benefícios como décimo terceiro salário, férias remuneradas, FGTS e outros direitos assegurados pela CLT.
Isso garante uma base sólida de renda e segurança para o trabalhador, permitindo uma tranquilidade financeira fundamental para muitos brasileiros.
Por outro lado, atuar como MEI permite ao indivíduo explorar novas oportunidades de negócios, aumentar sua renda mensal e desenvolver habilidades empreendedoras. O MEI beneficia-se de uma carga tributária reduzida e simplificada, com contribuições mensais acessíveis por meio do DAS.
Além disso, o MEI tem acesso a benefícios previdenciários como aposentadoria por idade, auxílio-doença e licença-maternidade, o que amplia a segurança social do trabalhador.
Esta combinação de estabilidade e flexibilidade pode ser a chave para um crescimento sustentável e bem-sucedido tanto na vida profissional quanto pessoal.
Como se tornar MEI?
Para se tornar MEI, o interessado deve cumprir alguns requisitos, como não ser sócio, administrador ou titular de outra empresa e ter um faturamento anual de até R$81.000,00. O processo de formalização é simples e pode ser realizado online através do Portal do Empreendedor.
Esta plataforma oferece um processo intuitivo e rápido, permitindo que qualquer pessoa inicie seu negócio de maneira formal e legal.
O cadastro exige informações básicas como CPF, título de eleitor ou número do recibo da última declaração do Imposto de Renda. Após a inscrição, o novo MEI recebe um CNPJ e pode emitir notas fiscais, além de ter acesso a benefícios previdenciários e ao Simples Nacional.
É importante lembrar que o MEI deve pagar mensalmente o DAS, que inclui impostos como INSS, ICMS e ISS, com valores fixos de acordo com a atividade exercida. Manter-se em dia com essas obrigações é fundamental para garantir todos os benefícios e a legalidade do negócio.
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