O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) emitiu um novo alerta importante para os beneficiários que recebem pagamentos mensais, em meio à continuidade da greve dos servidores da instituição.
A paralisação, que já dura 42 dias, tem gerado impactos significativos no atendimento e na concessão de benefícios, afetando diretamente milhares de brasileiros que dependem desses recursos para seu sustento.
A greve dos servidores do INSS teve início no dia 10 de julho de 2024, com a participação de funcionários que atuam nas agências do instituto e aqueles que realizam a análise e concessão de benefícios.
Entenda a situação da greve dos servidores do INSS
Como aposentadorias, pensões e auxílios. A principal reivindicação dos grevistas é o cumprimento de um acordo firmado em 2022, que, segundo a categoria, não está sendo honrado pelo governo federal.
Entre os pontos de pauta estão a reestruturação de carreira, incluindo a exigência de ensino superior para o cargo de técnico do seguro social e a definição de atribuições exclusivas para os servidores da Carreira do Seguro Social.
Além disso, os servidores reivindicam um reajuste salarial que, conforme a Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), está abaixo do acordado anteriormente, que previa um aumento de 43% em dois anos.
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Impactos da greve nos beneficiários do INSS
A greve já causou a suspensão do atendimento a cerca de 100 mil pessoas nas 1.572 agências do INSS em todo o país. Além disso, aproximadamente 4 mil perícias médicas foram adiadas, aumentando ainda mais a espera para quem precisa desses serviços.
Um dos maiores impactos, no entanto, tem sido na fila de espera para o reconhecimento inicial de benefícios, que já ultrapassou 1,5 milhão de pessoas – um aumento de 11% desde o início da paralisação.
Para os beneficiários que estão aguardando a concessão de novos benefícios ou o resultado de perícias médicas, a situação é especialmente crítica. A demora no atendimento pode significar meses sem receber o benefício ao qual têm direito, o que coloca muitas famílias em uma situação de vulnerabilidade financeira.
Medidas judiciais e possíveis soluções
Em resposta à greve, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que, durante a paralisação, 85% da força de trabalho do INSS continue a atender os segurados e beneficiários, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
No entanto, mesmo com essa determinação, o impacto da greve ainda é significativo, e muitos brasileiros continuam a enfrentar longas esperas por atendimento.
O governo federal apresentou propostas de reajuste salarial e incorporação de gratificações laborais em 9 de agosto, mas essas ofertas foram rejeitadas pelos servidores, que consideraram as medidas insuficientes.
A Fenasps continua a pressionar por uma solução que atenda plenamente às demandas da categoria, enquanto o governo busca alternativas para minimizar os efeitos da greve sobre os beneficiários.
Orientações para os beneficiários
O INSS recomenda que os beneficiários que enfrentam dificuldades em obter atendimento busquem informações e realizem procedimentos através do aplicativo Meu INSS ou pela Central 135.
Embora a greve esteja afetando o atendimento presencial, esses canais ainda estão disponíveis para consultas e algumas solicitações, o que pode ajudar a mitigar os efeitos da paralisação.
Enquanto a situação não é resolvida, é crucial que os beneficiários fiquem atentos às atualizações e orientações emitidas pelo INSS, para garantir que seus direitos sejam preservados e que possam continuar a receber seus benefícios com o mínimo de interrupções possível.
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