Auxílio gás em alerta: benefício será cortado? Entenda
A recente proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, enviada ao Congresso pelo Governo Federal, gerou uma série de discussões, principalmente em torno da drástica redução de recursos destinados ao Auxílio Gás.
O orçamento do programa, que atualmente é de R$ 3,5 bilhões, pode cair para apenas R$ 600 milhões no próximo ano. Esse corte orçamentário vem acompanhado de uma proposta de expansão do programa.
A fim de atender até 20 milhões de famílias, criando um cenário de incerteza e preocupação.
Essa mudança ocorre em um contexto de inflação elevada e aumento no custo de vida, especialmente no que se refere ao gás de cozinha, item essencial para milhões de lares brasileiros.
O corte de recursos, combinado com a tentativa de expandir o número de beneficiários de 5,5 milhões para 6 milhões, coloca em xeque a eficácia do programa em atender as famílias mais vulneráveis.
Impacto da redução orçamentária nas famílias de baixa renda
O corte significativo no orçamento destinado ao Auxílio Gás pode ter um impacto devastador nas famílias que dependem desse benefício. O aumento constante dos preços do gás de cozinha, junto a outras pressões econômicas, agrava ainda mais a situação de muitas famílias de baixa renda.
Com menos recursos disponíveis, o programa pode não ser capaz de atender a todos os beneficiários ou oferecer o suporte necessário para que as famílias consigam adquirir o botijão de gás.
A proposta de redução do orçamento levanta preocupações sobre a capacidade do governo em manter a promessa de expandir o programa. Mesmo que o número de beneficiários aumente, a falta de recursos pode comprometer o valor do benefício e, consequentemente, a sua eficácia.
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Novo modelo de financiamento: solução ou desafio?
Diante da redução orçamentária, o governo propôs um novo modelo de financiamento para o Auxílio Gás. Nesse novo formato, empresas privadas poderiam repassar diretamente recursos à Caixa Econômica Federal para subsidiar o preço do gás de cozinha, sem a necessidade de usar o orçamento público diretamente. Apesar de parecer uma solução criativa, o modelo proposto não é obrigatório, o que gera incertezas sobre a viabilidade de sua implementação.
O sucesso dessa nova abordagem depende de muitos fatores, incluindo a adesão das empresas e a clareza sobre os benefícios fiscais que essas companhias poderiam obter em troca dos repasses.
Não está claro, por exemplo, se os recursos repassados substituiriam os destinados ao Fundo Social, que tradicionalmente financia programas como o Auxílio Gás. A falta de clareza sobre os detalhes fiscais também levanta dúvidas sobre os impactos econômicos dessa medida.
O papel do Fundo Social e os desafios fiscais
O Fundo Social, criado em 2010 com recursos oriundos de royalties do petróleo, é uma fonte importante de financiamento para programas sociais, como o Auxílio Gás.
Apesar da proposta de corte no orçamento do programa, o Fundo Social deve receber um aumento em 2025, o que gera questionamentos sobre como esses recursos adicionais serão utilizados.
Especialistas têm opiniões divergentes sobre o impacto desse novo modelo de financiamento. A economista Juliana Inhasz alertou que a proposta pode aumentar a dívida pública, ao criar uma falsa impressão de economia ao deixar de utilizar recursos diretos do governo. Por outro lado, Pedro Faria argumenta que o atual rigor fiscal pode ser flexibilizado para apoiar programas sociais essenciais, como o Auxílio Gás, sem prejudicar a economia de forma significativa.
Futuro do Auxílio Gás: o que esperar?
Se a proposta do governo for aprovada, o Auxílio Gás poderá se expandir para atender até 20 milhões de famílias, uma medida essencial em tempos de alta nos preços dos combustíveis e crescente vulnerabilidade social. No entanto, essa expansão dependerá diretamente da eficiência do novo modelo de financiamento e da colaboração das empresas.
O desafio agora é garantir que a arrecadação tributária não seja prejudicada pelos repasses das empresas ao programa, além de assegurar que essas companhias realmente participem da iniciativa.
A sustentabilidade dessa expansão é incerta, e o governo precisará superar obstáculos administrativos e econômicos para garantir que o Auxílio Gás continue cumprindo seu papel de apoiar as famílias mais necessitadas.
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