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Uso do Pix pode derrubar CNPJ do MEI? Entenda como funciona na prática

O Pix se tornou uma das principais ferramentas de pagamento no Brasil, especialmente para microempreendedores individuais (MEIs), que adotaram a modalidade pela sua agilidade e facilidade de uso.

No entanto, o que muitos MEIs desconhecem é que a utilização do Pix também pode trazer riscos para o CNPJ, caso não haja um gerenciamento adequado das transações financeiras.

Se o limite anual de R$ 81 mil for ultrapassado, o empreendedor pode ser excluído do Simples Nacional e enfrentar sérias consequências fiscais.

Com a publicação do Convênio ICMS nº 166, as instituições financeiras passaram a ser obrigadas a informar todas as movimentações, inclusive as realizadas via Pix, por meio da Declaração de Informações de Meios de Pagamentos (DIMP).

Isso permite que a Receita Federal acompanhe de perto o faturamento dos MEIs e identifique eventuais irregularidades.

MEIs que usam o Pix podem ter o CNPJ barrado por alguns problemas | Imagem de Jeane de Oliveira – guiadobeneficio.com.br

Como o Pix pode afetar o enquadramento do MEI

O grande volume de transações instantâneas realizadas pelo Pix tem levado muitos microempreendedores a ultrapassar o teto anual de R$ 81 mil permitido para o MEI, muitas vezes sem perceber.

Cada valor recebido, seja em contas pessoais ou vinculadas ao CNPJ, é cruzado pela Receita Federal com as informações declaradas pelo empreendedor.

Se for detectado que o limite foi excedido, a consequência imediata é o desenquadramento do MEI, o que pode resultar na migração para outra categoria tributária, além de expor o empresário a sanções legais.

Em casos mais graves, a Receita pode entender o excesso de faturamento como evasão fiscal, configurando um crime com aplicação de multas e outras penalidades.

Assim, é fundamental que os MEIs façam uma gestão cuidadosa das transações, diferenciando o que pertence à Pessoa Física e à Pessoa Jurídica, evitando misturar as contas.

Veja isso: O que é DET e quais as consequências para o MEI? Cadastro encerra HOJE (01/08)

A importância da emissão de nota fiscal e da declaração correta

Outro ponto que merece atenção é a emissão de nota fiscal para todas as operações realizadas pelo MEI.

Como o Fisco tem acesso aos dados de pagamentos feitos por cartão de crédito, débito e Pix, é fundamental que o empreendedor mantenha a regularidade fiscal, emitindo as notas correspondentes e declarando os valores corretamente na Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-Simei).

A falta de emissão de nota fiscal não só pode levar ao desenquadramento do Simples Nacional, mas também ser caracterizada como sonegação fiscal, o que pode gerar multas e outras sanções.

Além disso, a Receita Federal aplica multas pelo descumprimento de obrigações acessórias e pelo não pagamento dos impostos devidos no prazo estabelecido.

Pix é popular entre MEIs, mas exige atenção para evitar complicações fiscais

Uma pesquisa recente mostra que 93% dos usuários aceitam pagamentos via Pix, e mais da metade dos MEIs considera essa modalidade como sua principal fonte de recebimento.

Embora o Pix seja uma ferramenta prática e amplamente utilizada, seu uso exige atenção por parte dos microempreendedores.

O controle rigoroso das transações e a separação entre contas pessoais e empresariais são fundamentais para evitar problemas com o Fisco e garantir a continuidade das atividades no Simples Nacional.

Com a Receita Federal de olho em todas as movimentações financeiras, os MEIs precisam redobrar os cuidados para não ultrapassar o limite de faturamento e evitar consequências fiscais graves.

Veja isso: MEI e CLT: É possível empreender e trabalhar de carteira assinada?

Diogo Sobral

Tenho 22 anos e sou redator no Guia do Benefício. Trago comigo a experiência de 04 anos no ramo de benefícios sociais. Espero que através de meus textos vocês consigam as respostas que tanto procuram!

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