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Quem parou de contribuir com o INSS ainda tem direito ao auxílio-doença? Entenda

Saiba como o período de graça e outras regras permitem o acesso ao benefício mesmo sem contribuições recentes

O auxílio-doença é um benefício concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aos segurados incapacitados temporariamente para o trabalho devido a uma doença ou acidente.

Esse benefício é essencial para trabalhadores que enfrentam limitações de saúde, mas muitas dúvidas surgem quando o segurado deixa de contribuir com a Previdência Social.

Mesmo sem contribuições regulares, há situações em que o segurado pode manter o direito ao auxílio-doença. Isso ocorre graças a regras específicas, como o período de graça, que preserva temporariamente os benefícios previdenciários.

Entender esses mecanismos é fundamental para garantir a segurança financeira diante de imprevistos.

Quem parou de contribuir com o INSS ainda tem direito ao auxílio-doença Entenda
Não contribuir mais para o INSS faz perder auxílio-doença? – Crédito: Jeane de Oliveira / guiadobeneficio.com.br

Quando o auxílio-doença pode ser concedido sem contribuições recentes

Manutenção da qualidade de segurado no período de graça

O período de graça é um tempo determinado em que o segurado mantém seus direitos previdenciários mesmo após deixar de contribuir. Esse intervalo pode variar de 6 a 36 meses, dependendo da situação do trabalhador.

Por exemplo, trabalhadores com vínculo empregatício possuem 12 meses de período de graça após a última contribuição. Já segurados facultativos, como donas de casa e estudantes, têm direito a 6 meses.

Se o segurado comprovar mais de 10 anos de contribuições consecutivas, o período pode ser estendido para até 24 meses, e em algumas situações, até 36 meses.

Trabalhadores amparados por contribuições indiretas

Algumas categorias de trabalhadores mantêm direitos previdenciários, mesmo sem contribuir diretamente ao INSS. Empregados formais, domésticos e prestadores de serviços, por exemplo, têm suas contribuições realizadas pelos empregadores.

Assim, mesmo que não tenham realizado o pagamento por conta própria, continuam elegíveis ao auxílio-doença.

Segurados especiais continuam protegidos

Trabalhadores rurais, pescadores artesanais e outros classificados como segurados especiais possuem regras diferenciadas.

Esses profissionais podem solicitar o auxílio-doença mesmo sem contribuições regulares, desde que comprovem sua atividade por meio de documentos, como declarações de sindicatos ou registros de produção.

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Outros benefícios garantidos após a interrupção das contribuições

Aposentadoria por invalidez ou idade

Mesmo que o segurado tenha interrompido as contribuições, pode ter direito à aposentadoria. No caso da aposentadoria por invalidez, é necessário comprovar incapacidade permanente para o trabalho e estar dentro do período de graça.

Já a aposentadoria por idade exige idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) e o cumprimento da carência, que é de 15 anos de contribuição.

Pensão por morte para dependentes

A pensão por morte é um benefício destinado aos dependentes do segurado falecido. Mesmo que as contribuições tenham sido interrompidas, o benefício pode ser concedido desde que o falecimento tenha ocorrido dentro do período de graça.

Os dependentes devem comprovar a relação de dependência e a data do óbito para receber o benefício.

BPC: uma alternativa para quem nunca contribuiu

Para aqueles que nunca contribuíram com o INSS, há o Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele é destinado a pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos que vivem em situação de vulnerabilidade social.

O BPC não exige contribuições prévias, mas requer comprovação da condição financeira e avaliação por uma perícia do INSS.

Como solicitar o auxílio-doença após interromper as contribuições

Para solicitar o auxílio-doença, o segurado precisa comprovar a incapacidade temporária para o trabalho. Isso é feito por meio de exames médicos, laudos e outros documentos que atestem a condição de saúde.

O processo começa com o agendamento de uma perícia médica no INSS. Durante a consulta, o perito avalia a documentação e a situação clínica do solicitante. É essencial reunir exames atualizados, receitas e relatórios médicos que detalhem a incapacidade.

Se o benefício for negado, o segurado pode recorrer administrativamente ou buscar a Justiça. Nesses casos, o acompanhamento por um advogado especializado em Direito Previdenciário pode ser crucial para garantir o acesso ao benefício.

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Planejamento garante segurança nos períodos sem contribuição

Parar de contribuir para o INSS não significa perder imediatamente todos os direitos previdenciários. O período de graça, a comprovação de vínculo como segurado especial e outras regras ampliam o acesso a benefícios como o auxílio-doença, garantindo proteção em momentos de necessidade.

Conhecer as normas previdenciárias e manter a documentação organizada são passos essenciais para proteger a segurança financeira e assegurar direitos previstos em lei. Mesmo diante de contribuições interrompidas, é possível acessar a rede de proteção social oferecida pela Previdência.

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