Benefícios

Cuidado com o golpe da biometria facial: você perde dinheiro sem notar!

O golpe da biometria facial está fazendo milhares de vítimas que sequer percebem que estão na mira dos ladrões, já que a atuação é sutil.

O avanço da tecnologia digital trouxe inúmeros benefícios para a sociedade, especialmente na forma como as pessoas acessam serviços, realizam transações financeiras e se identificam em ambientes virtuais. Contudo, essa mesma evolução abriu espaço para o crescimento de crimes cibernéticos.

Entre os golpes que mais preocupam atualmente está o uso indevido de dados biométricos, principalmente o golpe da biometria facial. Essa prática tem se tornado recorrente, afetando vítimas de diferentes faixas etárias, especialmente idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.

Criminosos utilizam métodos de engenharia social para enganar indivíduos e obter acesso a informações sigilosas com o objetivo de aplicar fraudes. A sofisticação dos ataques exige atenção redobrada por parte dos usuários e também por parte das instituições financeiras, seguradoras e órgãos reguladores.

Portanto, entender como esses golpes operam e como se proteger deles tornou-se indispensável para garantir a integridade de dados e preservar a segurança pessoal no ambiente digital. Todo cuidado é pouco quando se fala de se proteger no ambiente digital.

O golpe da biometria facial está fazendo diversas vítimas em todo o país.
O golpe da biometria facial está fazendo diversas vítimas em todo o país. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Como o golpe da biometria facial funciona?

O golpe da biometria facial consiste na apropriação indevida de dados faciais de uma pessoa para aplicar fraudes financeiras, geralmente em nome da vítima. Os criminosos se aproveitam de situações aparentemente inofensivas para coletar imagens faciais, muitas vezes sem que o indivíduo perceba.

Em um caso recente ocorrido em Belo Horizonte, golpistas se apresentaram como representantes de uma ONG e ofereceram cestas básicas para convencer a vítima a tirar uma foto, sob o pretexto de cadastramento para o benefício.

A imagem capturada foi, então, usada para abrir uma conta digital e contratar um empréstimo em nome do aposentado, sem o seu conhecimento ou autorização. Essa prática criminosa se baseia em estratégias de engenharia social, que manipulam a confiança da vítima para obter acesso às suas informações.

Os golpistas atuam com roteiro bem definido, abordando alvos vulneráveis e usando argumentos convincentes para legitimar a coleta de dados biométricos. O maior problema está na facilidade com que esses dados podem ser utilizados em sistemas de autenticação que confiam na verificação facial.

Além disso, muitos sistemas digitais ainda não adotam medidas robustas contra fraudes envolvendo biometria facial, o que compromete a eficácia dessa tecnologia como solução de segurança. A confiança excessiva nas ferramentas de reconhecimento facial precisa ser revista.

O caso em Belo Horizonte alerta para a necessidade urgente de revisão nos processos de autenticação digital, especialmente aqueles usados por bancos, seguradoras e plataformas financeiras. A combinação entre manipulação humana e falhas tecnológicas forma o ambiente ideal para a atuação de golpistas.

Saiba mais: Pé-de-Meia também será investigado por fraude: cancelamentos estão chegando! – Guia do Benefício

Como reconhecer esse tipo de golpe?

Identificar o golpe da biometria facial exige atenção a detalhes e atitudes suspeitas durante abordagens presenciais ou virtuais. Um dos primeiros sinais de alerta é a oferta de benefícios gratuitos que exigem o fornecimento de dados pessoais ou imagens do rosto.

Golpistas costumam usar estratégias como doações, promoções falsas ou cadastramentos sociais para disfarçar a verdadeira intenção. Sempre que alguém solicitar fotos ou dados sob pretexto de cadastro, o ideal é confirmar a identidade da entidade e desconfiar de qualquer pressão por respostas rápidas.

Outro indicativo do golpe é a insistência em registrar imagens do rosto por aplicativos ou em dispositivos desconhecidos, principalmente em locais públicos. Mesmo em casos em que a abordagem pareça institucional, é fundamental questionar o motivo da foto e buscar canais oficiais de verificação.

Criminosos atuam com aparência legítima, mas não conseguem sustentar uma análise mais crítica ou exigências formais por parte da vítima, o que pode ser um bom indício de fraude. Além disso, não se deve compartilhar imagens faciais em redes sociais ou com terceiros sem necessidade.

Também é comum que as vítimas só percebam a fraude quando recebem notificações bancárias sobre transações desconhecidas ou cobranças de empréstimos que não contrataram. Portanto, acompanhar extratos financeiros com frequência e ativar alertas de movimentações pode ajudar na identificação.

Assim, quanto mais informada estiver a população, menores serão as chances de cair nesse tipo de armadilha. Reconhecer padrões de comportamento dos golpistas é uma forma de proteção eficaz contra prejuízos financeiros e danos à reputação pessoal.

Veja mais: Quando o Auxílio Gás retorna? Confira o calendário da próxima parcela! – Guia do Benefício

Se você perceber alguma movimentação estranha, cuidado para não cair no golpe da biometria facial.
Se você perceber alguma movimentação estranha, cuidado para não cair no golpe da biometria facial. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Como evitar cair no golpe da biometria facial?

  1. Desconfie de ofertas que pedem fotos do rosto
    Evite aceitar benefícios que exigem o envio de imagens faciais, especialmente se forem oferecidos por pessoas desconhecidas ou organizações sem identificação oficial. Golpistas se aproveitam da boa fé das vítimas para capturar seus dados.
  2. Verifique a autenticidade de quem solicita seus dados
    Antes de fornecer qualquer informação, confirme a identidade da pessoa ou entidade envolvida. Utilize canais oficiais de comunicação e não confie apenas na aparência ou no discurso.
  3. Evite publicar selfies com boa qualidade em redes sociais
    Imagens em alta definição podem ser utilizadas para criar moldes digitais do seu rosto. Limite a exposição online e revise as permissões de privacidade dos seus perfis.
  4. Ative autenticação em dois fatores nos serviços digitais
    Mesmo que o sistema use biometria facial, complemente a segurança com códigos enviados por SMS, aplicativos autenticadores ou senhas numéricas para evitar acessos indevidos.
  5. Mantenha-se atualizado sobre os tipos de golpes em circulação
    Informação é uma das melhores defesas contra fraudes. Leia notícias, participe de campanhas educativas e oriente familiares e amigos sobre cuidados com a biometria.

O que fazer se for vítima do golpe?

Se você identificar que foi vítima do golpe da biometria facial, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência o mais rápido possível. Com esse documento, você formaliza a denúncia e garante que as autoridades possam investigar o crime.

Em seguida, entre em contato com a instituição financeira envolvida para informar a fraude e solicitar o cancelamento de qualquer operação feita em seu nome. Muitos bancos contam com canais específicos para lidar com esse tipo de situação, oferecendo suporte direto à vítima.

Também é fundamental acionar o Procon e registrar uma reclamação junto ao Banco Central, especialmente se houver dificuldade em cancelar a transação ou recuperar valores. Além disso, monitore sua situação cadastral em serviços de proteção ao crédito, como Serasa e SPC.

Caso tenha contratado seguros contra fraudes, comunique imediatamente a seguradora e inicie o processo de solicitação de reembolso ou ressarcimento dos prejuízos causados. Por fim, procure orientação jurídica se os danos forem extensos ou se não conseguir resolver administrativamente.

Em muitos casos, a Justiça reconhece a responsabilidade da instituição por falhas no sistema de autenticação. Agir com rapidez aumenta as chances de minimizar prejuízos e reforça a importância de medidas preventivas no futuro.

Veja outros: Pente-fino do INSS vai ajudar a identificar vítimas dos descontos indevidos; entenda – Guia do Benefício

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo