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Saiba tudo sobre o novo programa de financiamento habitacional do governo

O governo está criando um novo programa de financiamento habitacional para tornar o sonho da casa própria possível

Conquistar a casa própria sempre representou um dos maiores sonhos das famílias brasileiras. Ter um imóvel garante segurança, estabilidade e independência, além de simbolizar uma importante conquista financeira.

No entanto, o caminho até a compra de uma casa nem sempre é simples, especialmente em um cenário de juros altos e crédito restrito. O acesso a financiamentos acessíveis torna-se, portanto, essencial para que mais pessoas consigam transformar esse objetivo em realidade.

Com políticas adequadas e incentivos do governo, o setor imobiliário se fortalece, a economia se movimenta e novas oportunidades de moradia se abrem para diferentes faixas de renda. Diante disso, o financiamento habitacional ganha ainda mais importância no planejamento familiar.

Se você quer conquistar sua casa própria, participe do programa de financiamento habitacional do governo.
Se você quer conquistar sua casa própria, participe do programa de financiamento habitacional do governo. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Governo anuncia novo programa de financiamento habitacional

O governo federal lançou um novo modelo de financiamento habitacional que promete ampliar o acesso ao crédito para a classe média. Famílias com renda mensal entre R$ 12 mil e R$ 20 mil podem financiar imóveis até R$ 2,25 milhões por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

O valor máximo financiado passa de 70% para 80% do preço do imóvel, o que reduz a necessidade de entrada e facilita a compra. Além disso, os juros anuais ficam em torno de 12%, percentual menor que a atual taxa Selic, fixada em 15% ao ano.

A mudança também impacta diretamente a forma como os recursos da poupança são utilizados. Atualmente, 65% dos depósitos captados pela caderneta de poupança precisam obrigatoriamente ser destinados ao crédito habitacional.

Enquanto isso, 15% ficam disponíveis para uso livre dos bancos e 20% permanecem retidos no Banco Central como depósitos compulsórios. Com o novo modelo, o governo permitirá a liberação gradual de parte desses valores retidos, aumentando a oferta de crédito e ampliando o potencial de financiamento.

Essa liberação deve gerar R$ 111 bilhões já no primeiro ano, um acréscimo de R$ 52,4 bilhões em relação ao sistema anterior, dos quais R$ 36,9 bilhões estarão imediatamente disponíveis para o setor imobiliário, que se beneficia também.

Segundo o Ministério das Cidades, o programa poderá beneficiar cerca de 80 mil famílias e impulsionar toda a cadeia da construção civil. O ministro Jader Filho destacou que a medida atende a uma parcela da população que antes não tinha acesso a crédito habitacional.

Famílias com renda superior às faixas do programa Minha Casa Minha Vida, mas que não conseguem arcar com os altos juros de mercado, passam agora a contar com uma alternativa viável. Com isso, o governo busca estimular o consumo, gerar empregos e fortalecer o setor imobiliário.

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Regras do financiamento habitacional do governo

As novas regras do programa de financiamento habitacional foram elaboradas para garantir segurança e previsibilidade às famílias interessadas. O modelo prioriza a classe média, que até então enfrentava limitações no acesso a crédito imobiliário acessível.

O valor máximo do imóvel financiado é de R$ 2,25 milhões, com até 80% do montante coberto pelo financiamento. Assim, o comprador precisa oferecer uma entrada mínima de 20%. Os juros fixados em 12% ao ano tornam o pagamento mais leve e competitivo.

O prazo e o valor das parcelas variam conforme o perfil de cada contrato, permitindo ajustes de acordo com a capacidade de pagamento da família. Para participar, é obrigatório comprovar renda mensal entre R$ 12 mil e R$ 20 mil e apresentar documentação financeira que comprove estabilidade.

O governo destaca que a iniciativa não é voltada apenas à compra de imóveis novos, mas também inclui usados, o que deve ampliar as oportunidades de aquisição. Além disso, a ampliação da margem de financiamento deve impulsionar o mercado de imóveis de médio e alto padrão.

A seguir, estão as principais regras do novo modelo:

InformaçãoRegras
Faixa de rendaR$ 12 mil a R$ 20 mil mensais
Valor do imóvelAté R$ 2,25 milhões
FinanciamentoAté 80% do valor do imóvel
Juros12% ao ano
Entrada mínima20% do valor do imóvel
ParcelasVariam conforme prazo e perfil de renda
ParticipaçãoFamílias de classe média com comprovação de renda
Fonte: Gov.br

Segundo especialistas, o novo modelo tende a movimentar fortemente o mercado imobiliário. José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), afirmou que o programa deve aumentar a liquidez e estimular a compra de imóveis usados.

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Como participar do programa?

Para participar do novo programa de financiamento habitacional, as famílias interessadas devem procurar instituições financeiras autorizadas a operar o crédito pelo SBPE, como a Caixa Econômica Federal.

O processo envolve a análise de crédito, a comprovação de renda e a apresentação de documentos pessoais e financeiros. O candidato precisa comprovar capacidade de pagamento, demonstrando que a renda familiar é suficiente para arcar com as parcelas mensais sem comprometer o orçamento doméstico.

Após a aprovação, o valor financiado é liberado, e o imóvel pode ser adquirido dentro das condições definidas pelo contrato. O governo também estabeleceu que parte dos recursos será direcionada para fortalecer o setor da construção civil.

Segundo o ministro Jader Filho, o programa deve estimular a retomada de projetos paralisados e incentivar novos lançamentos, sobretudo em cidades com terrenos disponíveis e processos de licenciamento mais ágeis.

Apesar de o novo modelo ser um grande avanço, as famílias ainda podem buscar alternativas complementares fora do programa. Bancos privados oferecem condições específicas, especialmente para clientes com bom histórico de crédito, e a portabilidade de financiamentos pode ser vantajosa.

Além disso, consórcios imobiliários e o próprio programa Minha Casa Minha Vida continuam sendo boas opções, conforme o perfil de renda e necessidade de cada comprador. No fim, o mais importante é planejar com responsabilidade, avaliar as condições financeiras e escolher a opção adequada.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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