Calendário do INSS de janeiro de 2026 terá duas rodadas de pagamentos com novos valores
Os segurados da previdência social começam o ano com o bolso reforçado após o reajuste do salário mínimo e do teto do instituto, que altera o cronograma mensal.
A virada de ano sempre traz expectativas para os milhões de brasileiros que dependem dos pagamentos do INSS. Em janeiro de 2026, os segurados terão um motivo a mais para acompanhar o extrato: os depósitos já virão com os novos valores atualizados conforme o reajuste anual do salário mínimo e do teto da previdência.
Diferente de outros meses, o cronograma de janeiro é organizado de forma a garantir que todos recebam com base nas novas alíquotas. O governo federal confirmou que haverá duas rodadas principais de pagamentos, divididas entre quem recebe o piso nacional e quem tem rendimentos acima do mínimo.
Para quem ganha o valor básico, o reajuste acompanha o novo salário mínimo, que subiu para R$ 1.621. Já para aqueles que recebem valores maiores, o aumento segue a variação da inflação (INPC), o que eleva o teto do INSS para um patamar próximo a R$ 8.157, dependendo do fechamento oficial dos índices.
Essa atualização é automática e não exige que o segurado faça qualquer tipo de recadastramento ou solicitação. Basta conferir a data no calendário oficial, que utiliza o último número do cartão do benefício como referência para os depósitos.
Estar atento a essas datas é fundamental para o planejamento doméstico, especialmente em um mês carregado de despesas extras como impostos e material escolar. O primeiro pagamento com valor reajustado é o fôlego necessário para começar 2026 com mais tranquilidade financeira.
Como funciona a divisão das duas rodadas
A estratégia do INSS de dividir os pagamentos busca evitar sobrecargas no sistema bancário e organizar o fluxo de caixa do governo. A primeira rodada é dedicada exclusivamente aos segurados que recebem até um salário mínimo.
Esse grupo costuma ser o maior e começa a receber primeiro, geralmente nos últimos dias de janeiro e avançando pelos primeiros dias de fevereiro. Como o valor foi atualizado para R$ 1.621, cada beneficiário desse grupo terá um aumento direto no seu poder de compra em relação ao ano anterior.
A segunda rodada foca nos beneficiários que ganham acima do mínimo, incluindo aqueles que recebem o teto máximo da autarquia. Para esses segurados, o pagamento acontece de forma mais concentrada, geralmente nos primeiros cinco dias úteis do mês de fevereiro, mas referente à folha de janeiro.
O impacto do novo teto de R$ 8.157
O valor máximo pago pelo INSS, conhecido como teto, é uma das referências mais importantes para o mercado de trabalho e para a previdência. Com o reajuste estimado para 2026, o teto deve atingir a marca histórica de R$ 8.157.
Esse aumento não beneficia apenas quem já está aposentado com o valor máximo. Ele também altera o cálculo das contribuições mensais de quem ainda está na ativa, tanto para trabalhadores CLT quanto para autônomos que contribuem sobre valores maiores.
Receber um valor próximo a esse teto exige que o segurado tenha contribuído com alíquotas altas durante a maior parte da sua vida laboral. Para 2026, o reajuste busca recompor as perdas inflacionárias, garantindo que o padrão de vida desses beneficiários não seja corroído pelo aumento dos preços de serviços e produtos.
Datas de pagamento baseadas no número do benefício
Para saber exatamente quando o dinheiro cairá na conta, o segurado precisa olhar para o número final do seu cartão de benefício, ignorando o dígito que aparece após o traço. Se o cartão termina em 1, você está no topo da lista de pagamentos.
- Final 1 a 5: Recebem nos primeiros dias do cronograma.
- Final 6 a 0: Recebem na segunda metade do período de pagamentos.
O calendário completo fica disponível para consulta tanto no site oficial quanto no aplicativo Meu INSS. É recomendável verificar o extrato de pagamento alguns dias antes para confirmar se não houve retenções ou empréstimos consignados indevidos, algo que infelizmente ainda acontece com frequência.
Se houver qualquer divergência no valor recebido, o segurado deve entrar em contato com a central 135 ou buscar atendimento presencial em uma agência da Previdência Social. Com o aumento dos valores em 2026, a conferência detalhada do extrato se torna ainda mais importante.
Planejamento financeiro para os aposentados
O aumento de janeiro é um direito conquistado, mas exige cautela. O mercado financeiro costuma ficar agressivo nesse período, oferecendo novas margens para empréstimos consignados assim que o valor do benefício sobe.
Especialistas em finanças recomendam que o segurado utilize o reajuste para equilibrar as contas ou formar uma pequena reserva para emergências médicas. Evitar novos comprometimentos de renda no início do ano garante que o aumento real do salário não seja engolido por parcelas de juros de longo prazo.
Muitas famílias brasileiras têm no benefício do INSS sua única fonte de renda estável. Por isso, a atualização para R$ 1.621 e o novo teto de R$ 8.157 representam não apenas uma mudança numérica, mas uma ferramenta de proteção social em um cenário de recuperação econômica.
O ano de 2026 começa com essa boa notícia para os segurados. Com as datas em mãos e os valores confirmados, o próximo passo é utilizar o recurso com inteligência para garantir um ano novo produtivo e sem sobressaltos financeiros.





