O BPC (Benefício de Prestação Continuada), regido pela LOAS, paga mensalmente um salário mínimo a pessoas com algum tipo de deficiência e para idosos acima de 65 anos que não podem prover o próprio sustento ou tê-lo provido pela família. Assim como os aposentados e pensionistas que recebem mensalmente seus benefícios, o assistido pelo BPC pode ter acesso ao empréstimo consignado, onde as parcelas são descontadas diretamente no pagamento.
Veja agora alguns prós e contras ao empréstimo consignado do BPC para tomar a decisão mais acertada.
Como funciona o empréstimo consignado para BPC?
O empréstimo consignado BPC funciona de forma similar ao consignado para os demais beneficiários do INSS. No entanto, de acordo com as novas regras, os beneficiários do BPC têm até 5 dias úteis entre a proposta e a celebração do contrato de empréstimo.
O empréstimo consignado só pode comprometer no máximo 35% do valor mensal recebido pelo assistido. Ou seja, no caso do beneficiário do BPC, que recebe um salário mínimo de R$1412,00 por mês, só é possível comprometer R$494,20 reais por mês com o empréstimo.
Além disso, o valor do empréstimo BPC também varia de acordo com a análise de crédito feita pelo banco, levando em consideração a capacidade de pagamento do solicitante.
Em geral, o valor máximo do empréstimo é de até 12 vezes o valor do benefício (ou R$ 16.944,00), com parcelas que variam de acordo com o prazo escolhido e a taxa de juros aplicada.
É possível fazer empréstimo para BPC negativado?
Sim, é possível! Uma das vantagens do empréstimo consignado é que, mesmo quem está negativado, pode contratar essa modalidade. Isso ocorre porque algumas instituições financeiras não realizam consulta ao CPF nos órgãos de proteção ao crédito, como a Serasa e o SPC.
Documentos necessários para contratar empréstimo BPC
Para contratar um empréstimo com o BPC, são necessários os seguintes documentos:
- Documento de identificação com foto e número do CPF do beneficiário do BPC;
- Comprovante de residência atualizado;
- Extrato do benefício do BPC atualizado.
Vantagens do empréstimo consignado para BPC
Comparado ao crédito pessoal, o consignado apresenta muitas vantagens, sendo uma excelente opção para quem o contrata. A taxa de juros abaixo das convencionais é o que mais atrai os beneficiários.
Além disso, é uma boa escolha para negativados, pois não há consultas aos sites de proteção de crédito.
Esteja atento a taxa de juros
Atualmente, o teto dos juros para empréstimo consignado está em 1,84% ao mês. Se decidir contratar o empréstimo consignado pelo BPC, confira a taxa de juros que seu banco oferece no site Meu INSS sem precisar de login e senha.
É simples: a parte de baixo da tela do aplicativo Meu INSS aparecerá um ícone escrito “Taxas de empréstimo consignado”, e ali terá uma aba com a relação dos bancos e os respectivos juros de empréstimo.
Cuidado com cobranças adiantadas
Lembre-se de que, para fazer simulações ou garantir a contratação, não é preciso pagar nenhum valor adiantado.
Não estenda muito o prazo para pagamento
Beneficiários do BPC podem pagar o empréstimo consignado em até 84 meses. Pense no valor mensal das parcelas, para que não fiquem maiores do que pode realmente arcar. É preciso lembrar, no entanto, que quanto maior o prazo, menor será o valor da parcela.
Diferenças do BPC e aposentadoria?
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria são formas de assistência financeira oferecidas pelo governo brasileiro, mas possuem naturezas e requisitos distintos. O BPC é um benefício assistencial não contributivo destinado a pessoas idosas (com 65 anos ou mais) ou pessoas com deficiência de qualquer idade, que vivam em condição de vulnerabilidade social.
Para ser elegível, o beneficiário não pode ter renda per capita familiar superior a um quarto do salário mínimo e não é necessário ter contribuído para a Previdência Social.
Já a aposentadoria é um benefício previdenciário que requer contribuições regulares ao INSS. Ela é destinada a trabalhadores que atingem uma certa idade ou tempo de contribuição, independentemente de sua condição socioeconômica.