Entenda as novas regras que impactam trabalhadores e aposentados no próximo ano
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou mudanças significativas nas regras para aposentadoria a partir de 2025.
Essas alterações seguem a transição gradual estipulada pela reforma da Previdência, aprovada em 2019, e afetam tanto a idade mínima quanto a pontuação necessária para concessão do benefício.
As mudanças buscam equilibrar o sistema previdenciário, garantindo sua sustentabilidade a longo prazo. Contudo, trabalhadores que iniciaram suas contribuições antes da reforma precisam ficar atentos às exigências atualizadas para evitar surpresas ao solicitar o benefício.
Além disso, professores e segurados especiais, como idosos e pessoas em condições de vulnerabilidade, também enfrentarão alterações específicas, que exigem planejamento detalhado.
Aposentadoria sofrerá mudanças em 2025
As regras para aposentadoria continuam em transição, com ajustes graduais até que as metas finais sejam atingidas. Para 2025, as principais mudanças incluem:
Idade mínima progressiva
A partir de 1º de janeiro de 2025, a idade mínima para solicitar aposentadoria será ajustada. Mulheres precisarão ter 59 anos, enquanto homens devem atingir 64 anos. Essa progressão anual adiciona seis meses à idade mínima até alcançar 62 anos para mulheres em 2031 e 65 anos para homens em 2027.
Pontuação para aposentadoria por tempo de contribuição
A regra de pontos, que combina idade e tempo de contribuição, também terá novos requisitos. Em 2025, as mulheres deverão alcançar 92 pontos, e os homens, 102 pontos. Esse índice aumentará um ponto por ano, atingindo 100 pontos para mulheres e 105 para homens em 2033.
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Regras específicas para professores
Os professores, devido à natureza de sua função, possuem regras diferenciadas. Em 2025, mulheres precisarão atingir 87 pontos e homens 97 pontos, mantendo o tempo mínimo de contribuição em 25 e 30 anos, respectivamente.
Para a aposentadoria com idade mínima, as exigências serão de 54 anos para mulheres e 59 anos para homens, com progressão de seis meses ao ano até os limites finais.
Como será calculado o benefício?
O cálculo da aposentadoria leva em conta a média salarial de todas as contribuições feitas desde julho de 1994. A fórmula estabelece 60% dessa média como base, com um acréscimo de 2% para cada ano que exceder 15 anos de contribuição para mulheres e 20 anos para homens.
O teto previdenciário em 2025 permanece como referência para o valor máximo de benefício, sendo ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O piso, equivalente ao salário mínimo, será de R$ 1.502 no próximo ano.
Ferramentas para planejamento
Os segurados podem usar o aplicativo Meu INSS para simular o tempo restante até a aposentadoria. A ferramenta considera todas as regras em vigor, permitindo que o trabalhador visualize o impacto das mudanças de idade e pontuação em sua situação.
Para usar o simulador:
- Acesse o site ou baixe o aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS).
- Faça login com CPF e senha.
- Clique em “Simular Aposentadoria” e confira as informações exibidas, como idade, tempo de contribuição e projeções de benefício.
Lembre-se de que a simulação não garante o direito à aposentadoria. Erros ou informações desatualizadas no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) podem comprometer os cálculos.
Importância do CNIS atualizado
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é o principal documento do segurado, registrando toda a vida laboral, incluindo entradas e saídas de empregos, contribuições e afastamentos. Conferir se essas informações estão corretas é essencial para evitar problemas ao solicitar o benefício.
Caso haja inconsistências, o segurado deve reunir documentos comprobatórios, como carteiras de trabalho, contratos e guias de recolhimento. A atualização pode ser feita diretamente no INSS, mediante agendamento prévio.
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Planejamento é essencial
Com as mudanças previstas para 2025, planejar a aposentadoria tornou-se ainda mais crucial. Especialistas recomendam que os segurados revisem suas contribuições regularmente e busquem orientação profissional, caso necessário.
A transição gradual das regras da Previdência reflete um esforço para tornar o sistema mais justo e sustentável, mas também exige atenção redobrada dos trabalhadores. Estar informado é a melhor forma de garantir que seus direitos sejam plenamente assegurados.