Quase R$ 9 BILHÕES foram contratados no consignado CLT: veja como solicitar!
O consignado CLT continua em crescimento, com cada vez mais adesões por parte dos trabalhadores formais devido às vantagens que apresenta.
O regime de trabalho CLT, regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho, assegura uma série de direitos e garantias aos trabalhadores com carteira assinada. Além do salário mensal, os empregados registrados têm acesso a benefícios como férias remuneradas, décimo terceiro salário, FGTS, etc.
Uma das novidades recentes no contexto desse regime é a possibilidade de contratar crédito consignado privado com garantia do FGTS. Essa nova modalidade surgiu para oferecer crédito com juros mais baixos, por meio do desconto direto na folha de pagamento.
Ao utilizar o saldo do FGTS como garantia parcial, o trabalhador reduz o risco da operação para os bancos, o que tende a facilitar a liberação do crédito. Além disso, ele ainda tem uma garantia maior de que vai conseguir quitar com a dívida adquirida.
Com essa inovação, o governo pretende ampliar o acesso ao crédito formal, aliviar o endividamento em linhas mais caras e fortalecer a segurança financeira dos trabalhadores que atuam sob a proteção das normas da CLT, como estipulado pela lei.

Neste artigo, você confere:
Taxas, juros e outros detalhes do consignado CLT
A linha de crédito consignado CLT oferece um diferencial importante: o desconto das parcelas diretamente no contracheque do trabalhador. Isso garante segurança às instituições e faz com que as taxas de juros fiquem abaixo das cobradas em modalidades como o crédito direto ao consumidor (CDC).
Na prática, o trabalhador poderá comprometer até 35% de sua renda mensal com o pagamento das parcelas, incluindo salário, benefícios e comissões. Desses 35%, uma parte poderá contar com a garantia de até 10% do saldo do FGTS, além de 100% da multa rescisória de 40% para demissão sem justa causa.
Além disso, o trabalhador poderá usar esse novo consignado para substituir dívidas mais caras. A partir de maio, os bancos permitirão a migração de empréstimos antigos, como o CDC, para essa nova linha com garantia do FGTS.
Essa funcionalidade visa permitir que o trabalhador reduza seu custo total com juros, renegocie dívidas e mantenha seu nome limpo. Segundo o Ministério do Trabalho, cerca de R$ 85 bilhões em dívidas do CDC podem migrar para o novo modelo, que já movimentou R$ 8,9 bilhões em pouco mais de um mês.
Mesmo com um volume ainda abaixo do potencial de R$ 100 bilhões estimado para os três primeiros meses, o governo e a Febraban avaliam que a adesão crescerá de forma progressiva, conforme o sistema se popularize e os processos se tornem mais ágeis.
O acesso ao consignado CLT se dá por meio da Carteira de Trabalho Digital, que integra o aplicativo CTPS Digital. Desde 25 de abril, os bancos também passaram a oferecer essa modalidade em seus canais eletrônicos. A plataforma permite que o trabalhador compare ofertas de crédito e avalie taxas de juros.
Além disso, está prevista para 6 de junho a abertura da portabilidade entre instituições financeiras, o que aumentará a concorrência e poderá reduzir ainda mais os custos. O sistema também autoriza o uso por trabalhadores que aderiram ao Saque-Aniversário do FGTS, o que amplia o alcance da nova linha.
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Bancos vão passar a oferecer o consignado CLT?
As instituições financeiras já começaram a oferecer o crédito consignado com garantia do FGTS a partir do final de abril. Segundo o Ministério do Trabalho, esse processo tem acontecido de forma gradual, com as plataformas bancárias se ajustando aos sistemas do governo.
Embora a adesão inicial tenha sido considerada modesta, tanto o governo quanto a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) avaliam que o volume de operações crescerá rapidamente nos próximos meses. Esse otimismo baseia-se na expectativa de que o produto se consolidará como uma opção vantajosa.
A Febraban destacou que o início da operação envolve ajustes técnicos complexos, especialmente por envolver milhões de empresas e trabalhadores, cada um com diferentes vínculos empregatícios e margens de crédito. Por isso, os primeiros dias foram destinados à adequação dos sistemas internos.
Mesmo assim, bancos já receberam milhares de solicitações por meio da CTPS Digital, sinalizando o potencial elevado de adesão. Com o tempo, espera-se que mais bancos se habilitem para oferecer o produto e que os trabalhadores consigam negociar melhores condições com base em seu perfil.
Outro ponto importante é o acesso dos bancos aos dados do eSocial, que permite uma análise de crédito mais precisa e personalizada. Com essas informações, os bancos conseguem avaliar o tempo de serviço, o histórico profissional e o comprometimento salarial de cada trabalhador.
Esse cruzamento de dados favorece a concessão de crédito com menor risco e taxas mais adequadas à realidade de cada perfil. Dessa forma, a integração entre os sistemas do governo e das instituições financeiras promete transformar o mercado de crédito consignado, ampliando a inclusão financeira.

Redução nos juros do empréstimo
Uma das grandes promessas do novo consignado CLT está na redução das taxas de juros em comparação com outras modalidades de crédito pessoal. Com a possibilidade de usar até 10% do saldo do FGTS como garantia, além dos 40% da multa rescisória em caso de demissão, o risco para o banco diminui.
Essa estrutura incentiva as instituições a oferecerem juros mais baixos, tornando o empréstimo mais acessível e sustentável. Ainda que os dados específicos sobre as taxas praticadas nessa nova linha não tenham sido oficialmente divulgados, a expectativa é que fiquem abaixo da média do crédito tradicional.
Em março de 2025, o Banco Central registrou uma taxa média de 3,02% ao mês no consignado para trabalhadores do setor privado, superior à média de 2,90% em fevereiro. Esse valor ainda está acima das taxas cobradas a servidores públicos e aposentados, o que mostra a necessidade de alternativas baratas.
A nova linha com garantia do FGTS pode ser a solução para equilibrar esse cenário, especialmente se conseguir atrair um volume expressivo de operações. A regulação completa da modalidade, prevista para ser analisada pelo Conselho Curador do FGTS em junho, poderá consolidar essa tendência.
Mesmo com a regulamentação pendente, a análise de risco feita pelos bancos já considera a futura formalização da garantia. O Ministério do Trabalho afirma que o risco de inadimplência nesse período inicial, até a reunião do conselho, será mínimo.
A expectativa é de que poucos trabalhadores sejam demitidos nesse curto intervalo, o que garante tranquilidade para as instituições financeiras manterem a oferta de crédito. Com isso, o mercado poderá operar normalmente, oferecendo melhores condições a quem precisa de crédito com responsabilidade.
Como contratar o consignado CLT atualmente?
A contratação do consignado CLT segue um processo simples, totalmente digital, que permite ao trabalhador comparar condições e escolher a melhor oferta. A seguir, veja o passo a passo de como aderir à nova modalidade:
- Acesse o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) no celular
- Autorize o acesso aos seus dados pelas instituições financeiras habilitadas
- Consulte a margem consignável disponível em seu salário
- Receba propostas de crédito dos bancos em até 24 horas
- Compare taxas de juros, prazos e condições oferecidas por cada banco
- Escolha a oferta mais vantajosa de acordo com o seu perfil
- Conclua a contratação diretamente pelo aplicativo ou canal eletrônico do banco
A migração de crédito mais caro, como o CDC, para o consignado CLT também pode ser solicitada a partir de 25 de abril. Já a portabilidade entre bancos estará disponível a partir de 6 de junho. Ao seguir essas etapas, o trabalhador poderá acessar uma alternativa de crédito mais barata.
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