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Golpes do MEI afetam milhares todos os anos: veja como se proteger!

Os golpes do MEI estão cada vez mais comuns, pegando milhares de microempreendedores desprevenidos. Neste momento, o foco é na declaração anual.

A cada ano, o número de microempreendedores individuais vítimas de fraudes cresce de forma alarmante no Brasil. Todo mundo conhece pelo menos uma pessoa que, se não caiu, ficou extremamente vulnerável e quase se deu mal com algum tipo de golpe.

Embora não exista um dado oficial e preciso que registre quantos MEIs caem em golpes anualmente, levantamentos apontam um aumento expressivo de casos, com variações que chegam a 400% em determinados períodos, um número alarmante.

Esse cenário acende um alerta urgente sobre a vulnerabilidade dessa categoria, que busca a formalização para crescer, mas muitas vezes se torna alvo fácil de criminosos. Os golpes começam desde a abertura da empresa até o cumprimento de deveres do MEI.

A falta de informação, aliada à complexidade dos trâmites burocráticos, amplia os riscos de cair em armadilhas criadas por golpistas que exploram documentos falsos, sites fraudulentos e comunicações enganosas. Diante dessa realidade, é fundamental entender como esses crimes acontecem.

Os golpes do MEI estão acontecendo com cada vez mais frequência. Entenda como ocorrem.
Os golpes do MEI estão acontecendo com cada vez mais frequência. Entenda como ocorrem. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Quais os golpes do MEI mais comuns?

Diversos tipos de fraudes têm surgido com o intuito de explorar a boa-fé dos microempreendedores, especialmente os iniciantes. O mais importante é agir com rapidez e manter atenção redobrada para evitar reincidências. A informação continua sendo a principal arma contra os golpes do MEI.

Vale destacar que os MEIs ficam ainda mais vulneráveis aos golpes em momentos de cumprimento de obrigações, como é o caso da entrega do DAS ou do DASN-SIMEI. Os golpistas conseguem, facilmente, acessar informações dos microempreendedores, que são públicas, e atacam através disso.

De qualquer forma, é importante ficar atento aos esquemas, que muitas vezes parecem fidedignos, mas são apenas enganações bem armadas. A seguir, conheça os seis golpes do MEI mais recorrentes, entenda como funcionam e veja as principais dicas para evitá-los.

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Boletos de cobranças indevidas

  • Como funciona: Nesse golpe, os criminosos enviam boletos falsos por e-mail ou carta física, muitas vezes com o logotipo da Caixa Econômica Federal ou de órgãos governamentais. Eles solicitam o pagamento de taxas de registro de domínio ou contribuições associativas que não existem. O valor cobrado geralmente é baixo, o que leva o empreendedor a pagar sem questionar.
  • Como evitar: Para se proteger, o MEI deve lembrar que todos os tributos obrigatórios são acessados exclusivamente pelo portal oficial do governo. Nunca deve efetuar pagamentos sem conferir a origem do boleto.

Sites falsos de abertura do MEI

  • Como funciona: Alguns golpistas criam páginas muito parecidas com o portal Gov.br, prometendo abrir o CNPJ em troca de taxas abusivas. Outros chegam a cobrar sem sequer registrar a empresa. Esses sites usam logotipos oficiais e linguagem institucional para enganar o usuário.
  • Como evitar: O único canal oficial para abrir MEI é o Portal do Empreendedor, que oferece o serviço gratuitamente. Portanto, desconfie de qualquer oferta externa que envolva pagamento ou promessas de facilitação.

E-mails com solicitação de retificação

  • Como funciona: Fraudadores enviam mensagens falsas informando que há erros na declaração anual do MEI ou pendências fiscais, induzindo o empreendedor a clicar em links maliciosos. Esses links instalam vírus ou capturam dados pessoais e bancários.
  • Como evitar: A Receita Federal nunca solicita retificações por e-mail. Todas as comunicações legítimas ocorrem por meio do portal e-CAC. Por isso, é fundamental verificar o remetente da mensagem e nunca clicar em anexos suspeitos.
Cuidado com os golpes do MEI ou você pode perder dinheiro.
Cuidado com os golpes do MEI ou você pode perder dinheiro. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Falso auxílio empreendedor

  • Como funciona: Aproveitando a crise econômica, muitos golpistas se passaram por representantes do Sebrae ou do Governo Federal para oferecer auxílios falsos a MEIs. Eles criaram perfis falsos nas redes sociais e sites fraudulentos com supostos cadastros para liberação de crédito.
  • Como evitar: O MEI deve lembrar que o Auxílio Emergencial foi gerido exclusivamente pela Caixa Econômica, por meio de seus canais oficiais. Em nenhuma situação os órgãos oficiais solicitam pagamento para liberar benefícios.

Golpe do DAS-MEI

  • Como funciona: Nesse tipo de golpe, o empreendedor recebe uma guia de pagamento falsa do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), com aparência realista e ameaça de multa por inadimplência.
  • Como evitar: Muitas vezes, o único método de pagamento aceito é via Pix, o que já caracteriza irregularidade. O MEI deve emitir seu DAS exclusivamente pelo site oficial e desconfiar de valores fora do padrão. Também é importante lembrar que a guia não chega pelos Correios.

Empréstimo falso

  • Como funciona: Os criminosos entram em contato com o MEI por WhatsApp, e-mail ou redes sociais, oferecendo empréstimos com condições extremamente vantajosas. Após conquistar a confiança da vítima, solicitam documentos e cobram um valor antecipado para liberar o crédito, que nunca é disponibilizado.
  • Como evitar: Para evitar esse golpe, o MEI deve procurar crédito apenas em instituições financeiras reconhecidas pelo Banco Central. Nenhuma instituição séria cobra taxas antecipadas para liberar valores.

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O que fazer se for vítima dos golpes do MEI?

Caso o MEI perceba que caiu em um golpe, o primeiro passo é reunir todas as provas disponíveis, como e-mails, boletos pagos, prints de conversas e comprovantes bancários. Com esses documentos, deve registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela delegacia virtual do seu estado.

Em seguida, o microempreendedor precisa comunicar a instituição bancária envolvida no pagamento do golpe, informando a fraude e solicitando medidas de bloqueio, estorno ou rastreamento dos valores. lembre-se de apresentar provas que atestem isso, como o B.O.

Também é recomendável entrar em contato com o Sebrae ou um contador de confiança para avaliar se houve comprometimento das obrigações fiscais ou contábeis da empresa. Em muitos casos, é possível identificar a origem do golpe com rapidez e evitar prejuízos maiores.

Por fim, o MEI deve acessar o Portal do Empreendedor e o portal e-CAC da Receita Federal para conferir se há pendências em seu CNPJ. Ações preventivas, como alterar senhas, ativar autenticação em dois fatores e manter antivírus atualizados, também se tornam fundamentais após a exposição a fraudes.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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