Golpe da devolução dos descontos indevidos do INSS: aprenda a identificar e fuja dele!
Os descontos indevidos do INSS estão em alta após a polêmica, então os golpistas começaram a se aproveitar disso para arrancar mais dinheiro de pessoas vulneráveis.
Golpes digitais continuam se multiplicando à medida que a sociedade se digitaliza. Criminosos utilizam engenharia social para enganar usuários, muitas vezes simulando comunicações oficiais, criando sites falsos e oferecendo promessas atrativas como prêmios, empréstimos facilitados, etc.
Pessoas idosas e vulneráveis, especialmente aquelas que dependem de benefícios governamentais, se tornam alvos frequentes devido à familiaridade limitada com tecnologias e à necessidade urgente de recursos. Aplicativos de mensagens, e-mails fraudulentos e ligações telefônicas são os mais comuns.
Com esse cenário, surge um novo golpe voltado especificamente a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Após a descoberta de descontos indevidos aplicados a milhares de beneficiários, criminosos passaram a prometer devoluções “aceleradas” dos valores retidos.
Usando informações verdadeiras como isca, os golpistas oferecem uma suposta antecipação da restituição para atrair vítimas. A falsa promessa representa mais um capítulo na exploração de quem já foi lesado por irregularidades anteriores, dificultando ainda mais a recuperação dos valores desviados.

Neste artigo, você confere:
Entendendo os descontos indevidos do INSS
Os descontos indevidos do INSS vieram à tona após uma série de denúncias sobre cobranças não autorizadas. O caso ganhou notoriedade quando auditorias e operações policiais revelaram que ao menos 11 entidades associativas haviam feito descontos irregulares nas folhas de pagamento.
Esses valores, que deveriam ter sido autorizados individualmente por cada beneficiário, somam, segundo estimativas iniciais, até R$ 6,3 bilhões desviados entre 2019 e 2024, o que reforça a dimensão do problema e a complexidade para corrigi-lo.
O esquema consistia em cadastrar aposentados como associados de forma automática e realizar a cobrança de mensalidades sem consentimento formal. Em muitos casos, os beneficiários sequer sabiam da existência da entidade.
As investigações da Polícia Federal resultaram em mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo São Paulo, Paraná e Ceará, além do Distrito Federal. O impacto da operação resultou na prisão de seis pessoas e no afastamento de autoridades, como o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
As investigações também atingiram servidores públicos suspeitos de envolvimento ou de omissão diante das irregularidades. Cinco funcionários se tornaram alvos diretos de medidas judiciais. As ações demonstram que os órgãos competentes buscam responsabilizar os envolvidos.
No entanto, o caminho para a restituição plena dos valores e a reconstrução da confiança do público na Previdência Social ainda exigirá medidas mais amplas, incluindo novos protocolos de autorização e auditorias periódicas mais rigorosas.
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O que está sendo feito para remediar?
O Ministério da Previdência Social já anunciou medidas para interromper os descontos associativos e promover a devolução de valores a quem sofreu prejuízo. A suspensão dos descontos começou em abril deste ano e abrange tanto os valores ainda não repassados quanto os que estavam para ser cobrados.
O governo reforçou que a devolução dos valores descontados em abril será feita automaticamente entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Além disso, foi criada uma força-tarefa composta por membros da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) para investigar descontos.
Esse grupo será responsável por analisar caso a caso, verificando a legitimidade das autorizações e separando os descontos legais dos fraudulentos. A complexidade da análise exige tempo e cuidado, o que impede a definição de uma data exata para a devolução dos valores anteriores.
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Golpe promete devolução dos descontos indevidos do INSS
Diante da expectativa pela restituição dos valores, criminosos passaram a aplicar golpes prometendo “devoluções aceleradas” dos descontos indevidos do INSS. Os golpistas entram em contato com aposentados e pensionistas por meio de mensagens de texto, e-mails ou aplicativos como WhatsApp.
Eles acabam fingindo representar órgãos oficiais do governo. Com aparência legítima, os comunicados incluem logotipos e linguagem técnica para induzir as vítimas ao erro. A fraude consiste em solicitar que o beneficiário clique em um link para “autorizar a antecipação da devolução”.
Esses links, no entanto, direcionam para páginas falsas, que capturam informações pessoais e bancárias das vítimas. Em outros casos, os golpistas exigem o pagamento de taxas para liberar o suposto ressarcimento, o que configura estelionato.
O objetivo principal é roubar dados ou dinheiro dos segurados, aproveitando-se de um momento de vulnerabilidade e de uma demanda legítima. O Ministério da Previdência reiterou que nenhum servidor entra em contato direto com o segurado para oferecer antecipações.
Todas as devoluções seguem o calendário oficial e ocorrem automaticamente, sem necessidade de solicitação. Caso receba mensagens suspeitas, o beneficiário deve ignorar, não clicar em links, e reportar imediatamente à Central 135 ou ao canal oficial de denúncias do governo.
O que fazer se cair no golpe?
Ao perceber que caiu em um golpe, o aposentado ou pensionista deve agir rapidamente. A primeira providência é entrar em contato com o banco onde mantém conta para relatar a fraude e bloquear possíveis movimentações.
Em seguida, deve registrar um boletim de ocorrência e procurar orientação jurídica ou suporte do Procon para tentar reverter os danos causados. A denúncia também deve ser feita aos órgãos de controle, como a CGU, e à Central 135 do INSS.
Se o golpe envolveu envio de dados pessoais, o cidadão precisa reforçar a segurança de suas informações. Trocar senhas de contas digitais, revisar autorizações em aplicativos financeiros e monitorar movimentações bancárias tornam-se medidas essenciais para evitar fraudes adicionais.
Como evitar cair em novos golpes?
- Nunca clique em links enviados por e-mail ou aplicativos, mesmo que pareçam oficiais.
- Não forneça dados pessoais ou bancários a terceiros por telefone ou mensagem.
- Consulte sempre os canais oficiais do INSS ou do Governo Federal.
- Atualize seus aplicativos e use autenticação em dois fatores sempre que possível.
- Desconfie de promessas de dinheiro fácil, devoluções rápidas ou cobranças inesperadas.
Essas medidas, simples e práticas, ajudam a proteger aposentados e pensionistas dos riscos cada vez mais frequentes no ambiente digital.
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