Fim do Minha Casa Minha Vida? Caixa sinaliza falta de recursos para 2025
A Caixa Econômica Federal está demonstrando preocupação com a possibilidade de falta de recursos para a concessão de financiamentos imobiliários no próximo ano. O banco é responsável pela administração do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que atende a parcela da população de baixa renda.
Em uma coletiva de imprensa, o presidente do banco, Carlos Vieira, afirmou que os recursos estão no limite da capacidade de financiamento para habitação, destacando a necessidade de alternativas por parte do Governo Federal para evitar uma crise no setor.
Situação atual da Carteira de Crédito da Caixa
A Caixa detém quase 70% do mercado de crédito imobiliário do país, liberando em média 2.800 novos financiamentos por dia, segundo a vice-presidente de habitação da Caixa, Inês Magalhães.
Porém, nos últimos anos, a alta da Selic e os resgates recordes na caderneta de poupança, de onde vem a maior parte dos recursos para habitação, fizeram com que a Caixa preenchesse o espaço deixado pelos bancos privados.
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Apesar das preocupações com a capacidade de financiamento, a Caixa afirma que as linhas de crédito do banco estão ativas e as contratações seguem dentro da normalidade, obedecendo a todos os critérios.
Minha Casa Minha Vida: novos critérios e beneficiários
Recentemente, foi anunciado que famílias atingidas por enchentes no sul do país terão prioridade na distribuição dos recursos, com uma seleção baseada em critérios de renda.
No dia 7 de maio, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que dá prioridade na aquisição de novas moradias às pessoas atingidas por desastres naturais no âmbito do Minha Casa Minha Vida.
Além disso, o ministério das cidades, regido por Jader Filho, traçou um plano para adquirir 30 mil residências que estejam vazias nestas cidades, destinadas a famílias com renda mensal de até R$ 4.400, equivalente às faixas 1 e 2 do Minha Casa Minha Vida.
O ministério prevê também que outras 10 mil casas dentro do programa habitacional ficarão prontas no estado no prazo de 12 meses.
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A Medida Provisória que regulamenta o Minha Casa Minha Vida já estabelece grupos prioritários, incluindo:
- Famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar;
- Pessoas com deficiência;
- Idosos;
- Famílias com crianças ou adolescentes;
- Pessoas em situações de risco e vulnerabilidade;
- Vítimas de emergências ou calamidades;
- Deslocamentos involuntários devido a obras públicas;
- Pessoas em situação de rua.
Afinal, como funciona o Minha Casa Minha Vida?
O programa habitacional Minha Casa Minha Vida, relançado pelo Governo Federal em 2023, oferece a compra de casas ou apartamentos, novos ou usados, para famílias com renda entre R$ 2,64 mil e R$ 8 mil.
O programa é dividido em três faixas de renda:
Faixa 1
- Destinada a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640;
- Para imóveis de até R$ 170 mil subsidiados ou até R$ 264 mil financiados.
Faixa 2
- Para famílias com renda mensal de até R$ 4,4 mil;
- Para imóveis financiados de até R$ 264 mil.
Faixa 3
- Para famílias com renda mensal de até R$ 8 mil;
- Para imóveis financiados de até R$ 350 mil.
As famílias afetadas por desastres naturais podem manifestar seu desejo de participar do programa desde já, sendo um público-alvo específico do Minha Casa Minha Vida.