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Cesta básica ficou mais barata em 24 estados; veja lista

O preço da cesta básica caiu consideravelmente em 24 das 27 capitais brasileiras em agosto, o que demonstra mais acessibilidade para brasileiros.

O preço da cesta básica influencia diretamente o dia a dia da população brasileira, já que reúne os alimentos essenciais para a sobrevivência de qualquer família. Quando os valores aumentam, o impacto atinge com mais força as camadas de baixa renda.

Isso porque elas destinam grande parte do orçamento à alimentação. Por outro lado, quando ocorre redução, o alívio reflete não apenas no bolso dos consumidores, mas também no poder de compra e na qualidade de vida.

Essa variação de preços depende de fatores como safra agrícola, custos de transporte, políticas de exportação e até mesmo condições climáticas. Assim, acompanhar os dados oficiais sobre o comportamento da cesta se torna indispensável para compreender os desafios econômicos.

A cesta básica ficou mais barata nos últimos meses. Confira a novidade.
A cesta básica ficou mais barata nos últimos meses. Confira a novidade. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Preço da cesta básica caiu em 24 capitais em agosto

Em agosto de 2025, a cesta básica apresentou queda de preços em 24 capitais brasileiras em comparação com julho, segundo levantamento do Dieese em parceria com a Conab. Essa foi a primeira vez que o estudo contemplou as 27 capitais do país, já que anteriormente incluía apenas 17 cidades.

A redução trouxe certo alívio às famílias, especialmente em regiões historicamente afetadas pela instabilidade dos custos alimentares. Entre as maiores quedas, destacaram-se Maceió com recuo de 4,1%, Recife com baixa de 4%, João Pessoa com diminuição de 4% e Natal com retração de 3,7%.

Apesar da tendência nacional de queda, algumas capitais apresentaram aumento. Macapá registrou alta de 0,9%, Palmas de 0,6% e Rio Branco de 0,02%. Mesmo pequenas, essas variações mostram que os preços seguem influenciados por fatores locais, como custos de logística, oferta e demanda sazonal.

Em relação ao preço absoluto, São Paulo apareceu no topo da lista, com a cesta básica custando R$ 850,84. Logo atrás vieram Florianópolis, com R$ 823,11, Porto Alegre, com R$ 811,14, e Rio de Janeiro, com R$ 801,34.

Já os menores valores foram registrados em capitais do Norte e Nordeste, como Aracaju com R$ 558,16, Maceió com R$ 596,23, Salvador com R$ 616,23 e Natal com R$ 622. Essa diferença revela desigualdades regionais e reforça a necessidade de políticas públicas adaptadas a cada realidade.

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Valores acumulados ao longo de 2025

Quando se observa o acumulado de janeiro a agosto de 2025, nota-se que a cesta básica manteve alta em 13 das 17 capitais já monitoradas antes da ampliação da pesquisa. Fortaleza apresentou elevação de 7,32%, Recife de 6,93% e Salvador de 5,54%.

Já Goiânia, Brasília, Vitória e Campo Grande mostraram queda, ainda que em percentuais discretos, o que indica que a tendência de alta predominou no ano. Ao comparar agosto de 2025 com o mesmo mês de 2024, todas as 17 capitais analisadas no período anterior apresentaram aumento.

As variações oscilaram entre 3,3% em Belém e 18% em Recife, comprovando que, mesmo com reduções pontuais em alguns meses, a alimentação segue pressionando o orçamento das famílias. Essa persistência de elevação reforça a vulnerabilidade da população diante de oscilações no mercado agrícola.

Com base nos dados de São Paulo, onde a cesta básica foi a mais cara em agosto, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.147,91, o que mostra muita disparidade.

Esse valor corresponde a 4,71 vezes o mínimo em vigor, de R$ 1.518. No ano anterior, em agosto de 2024, o cálculo apontava necessidade de R$ 6.606,13, o equivalente a 4,68 vezes o salário da época. O contraste evidencia como os custos alimentares seguem aumentando de forma desproporcional.

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Preço do arroz, feijão e tomate despenca

Entre os produtos que mais contribuíram para a queda do valor da cesta básica em agosto de 2025, destacaram-se arroz, feijão e tomate. O tomate registrou redução em 25 capitais, com destaque para Brasília, onde caiu 26,8%, e Belém, com retração de 3,1%.

Apenas Macapá e Palmas tiveram alta de 9,1% e 2,6%, respectivamente. Essa oscilação reflete a forte influência das condições climáticas sobre a safra do produto. O arroz agulhinha também ficou mais barato em 25 capitais, com destaque para Macapá, onde caiu 8,7%, e Florianópolis, com 5,7% de queda.

Apenas Porto Alegre e Rio Branco tiveram aumento de 0,9%. Já o feijão preto, comum no Sul e Sudeste, registrou queda generalizada, especialmente no Rio de Janeiro, com 6,9%, e em Vitória, com 3,6%. O feijão carioca subiu apenas em Campo Grande e Teresina, mas caiu em São Luís e Belo Horizonte.

Carne bovina e café seguem o mesmo caminho

Além desses alimentos, outros itens da cesta básica também recuaram em agosto. O café em pó apresentou queda em 24 capitais, com maior destaque para Brasília, João Pessoa e Belo Horizonte, todas com reduções próximas a 5%.

Apenas Teresina e Fortaleza registraram pequenas altas, enquanto Aracaju manteve estabilidade. Essa queda favorece diretamente o consumo, já que o café é item presente no dia a dia de praticamente todas as famílias brasileiras.

A carne bovina de primeira também teve queda em 18 capitais, com percentuais entre 3,8% em Vitória e 0,1% em Florianópolis. Em São Luís, o preço não variou, mas Rio Branco e Campo Grande apresentaram aumentos de 2,2% e 2,1%.

Apesar da redução da oferta de abate e da alta nas exportações, a queda em grande parte das capitais mostra que o mercado interno ainda encontra formas de equilibrar o valor. Essas reduções em alimentos estratégicos reforçam o impacto positivo na composição final da cesta básica.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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