Uma notícia inesperada deixou muitos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) preocupados neste mês. Bloqueios em massa no pagamento do auxílio impactaram diretamente idosos, pessoas com deficiência e chefes de família, que agora enfrentam o desafio de regularizar suas situações para não perder o benefício.
O BPC é uma ajuda essencial para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, e sua interrupção pega de surpresa principalmente aqueles que não fizeram a devida atualização no Cadastro Único (CadÚnico).
Esses bloqueios ocorrem em um momento crítico para as famílias que dependem do BPC para arcar com despesas básicas, como alimentação, medicamentos e contas do dia a dia.
Sem aviso prévio, muitas pessoas se viram sem o dinheiro que esperavam, afetando não só os beneficiários diretos, mas também todos os que vivem sob o mesmo teto e dependem dessa renda.
Por que chefes de família foram pegos de surpresa?
A falta de atualização no CadÚnico é o principal motivo por trás dos bloqueios em massa. Esse cadastro é uma ferramenta essencial para o governo acompanhar as condições socioeconômicas das famílias beneficiárias e garantir a correta destinação dos recursos assistenciais.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, cerca de 1,25 milhão de beneficiários estão sendo revisados, incluindo chefes de família que dependem do BPC como única fonte de renda. Entre eles, 517 mil pessoas ainda não atenderam ao chamado para regularizar a situação.
O impacto desses bloqueios vai além dos beneficiários diretos, afetando famílias inteiras que contam com o auxílio para cobrir despesas como alimentação, saúde e medicamentos.
Como regularizar o BPC e evitar novos bloqueios?
Os beneficiários devem seguir alguns passos simples para garantir a continuidade do benefício:
- Atualize ou faça o CadÚnico no CRAS
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é o local exclusivo para inscrição ou atualização do CadÚnico. Esse procedimento é obrigatório e deve ser feito presencialmente.Nos municípios com até 50 mil habitantes, o prazo para regularização é de 45 dias. Em cidades maiores, o prazo é de 90 dias. Caso o prazo não seja cumprido, o benefício será suspenso novamente. - Consulta e registro de comparecimento no INSS
É possível consultar pendências no CadÚnico pelo site ou aplicativo Meu INSS e registrar o comparecimento em uma agência do INSS. Isso pode suspender temporariamente o bloqueio, com prazo de desbloqueio em até 72 horas. - Use a Central de Atendimento 135
Beneficiários também podem informar o andamento da atualização do CadÚnico ligando para o número 135. Essa ligação é essencial para evitar a suspensão definitiva do pagamento.
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Golpes durante os bloqueios: como se proteger?
Com o aumento do número de bloqueios, também cresceram os golpes envolvendo o BPC. Beneficiários devem estar atentos, pois o INSS nunca solicita dados pessoais por mensagens ou ligações de terceiros.
Todo o processo de atualização e apresentação de documentos deve ser feito exclusivamente no CRAS, evitando repassar informações a pessoas ou sites não oficiais.
Além disso, o INSS está enviando mensagens diretas pelo aplicativo Meu INSS e por correio para notificar os beneficiários, reforçando a comunicação oficial.
O pente-fino e a necessidade de ação rápida
Desde agosto, o INSS intensificou o pente-fino no BPC, identificando beneficiários sem cadastro ou com dados desatualizados. A iniciativa já notificou milhares de pessoas e continua com esforços para que ninguém perca o benefício por falta de informação.
Chefes de família, idosos e pessoas com deficiência devem agir rapidamente para evitar a suspensão dos pagamentos. A regularização no CadÚnico é essencial, e o apoio do CRAS é fundamental para garantir o direito ao benefício que é tão importante para o sustento familiar.
Se você ou alguém que conhece foi afetado pelos bloqueios, procure imediatamente o CRAS e siga as orientações do INSS para evitar prejuízos.
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