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Golpes do Pix por aproximação já estão acontecendo: saiba como prevenir

O Pix por aproximação foi liberado oficialmente há pouco tempo, mas os golpes envolvendo a ferramenta já estão ocorrendo.

A chegada do Pix por aproximação marca uma nova etapa na evolução dos pagamentos digitais no Brasil. Essa tecnologia amplia ainda mais a praticidade do Pix tradicional, permitindo que transferências sejam realizadas apenas com a aproximação de dispositivos móveis a leitores compatíveis.

Com isso, o tempo de transação diminui e a experiência de compra se torna mais fluida, beneficiando tanto consumidores quanto comerciantes. No entanto, assim como ocorreu com as versões anteriores do Pix, o crescimento da nova modalidade também chama a atenção de golpistas.

O aumento expressivo de fraudes digitais envolvendo esse recurso acende um alerta para a necessidade de cautela. Entender os principais riscos e aprender a se proteger se torna fundamental para quem deseja utilizar o Pix por aproximação com tranquilidade e segurança.

Se você usa o Pix por aproximação, cuidado com os novos golpes.
Se você usa o Pix por aproximação, cuidado com os novos golpes. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Golpes através do Pix por aproximação já estão ocorrendo

Com a popularização do Pix por aproximação, criminosos têm desenvolvido novos métodos para explorar falhas ou desatenções dos usuários. Um dos golpes mais comuns envolve maquininhas falsas, que simulam terminais legítimos de pagamento, mas desviam os valores para contas de terceiros.

Esses equipamentos, aparentemente inofensivos, capturam dados da vítima e executam transferências indevidas, normalmente para contas laranjas ou de difícil rastreamento. Por isso, o uso do Pix por aproximação em locais não confiáveis representa um risco considerável.

Além disso, os golpistas recorrem à técnica de engenharia social para enganar vítimas, convencendo-as a realizar pagamentos sob pressão ou com argumentos fraudulentos. Perfis falsos em redes sociais e lojas virtuais fraudulentas também aproveitam a praticidade da nova tecnologia para aplicar golpes.

Em muitos casos, os criminosos oferecem produtos com preços muito abaixo do mercado, exigem pagamento imediato por Pix e desaparecem após a transação. Outro artifício frequente é o uso de QR Codes adulterados, que direcionam o valor para contas fraudulentas, sem que a vítima perceba.

Outra modalidade de fraude cada vez mais recorrente é a falsificação de comprovantes de pagamento. Golpistas utilizam editores de imagem para criar comprovantes aparentemente autênticos e enganam pequenos comerciantes, que liberam mercadorias sem que o valor realmente tenha sido creditado.

Também há registros de uso indevido do Mecanismo Especial de Devolução (MED), por meio do qual os golpistas tentam recuperar valores pagos, mesmo após receberem os produtos, alegando fraude. Esse comportamento exige atenção constante de lojistas e consumidores para evitar prejuízos significativos.

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Como se proteger dos golpes do Pix por aproximação?

Para minimizar os riscos e utilizar o Pix por aproximação de forma segura, os especialistas recomendam uma série de práticas preventivas. A primeira medida essencial consiste em habilitar a autenticação em dois fatores nos aplicativos bancários, criando uma camada adicional de segurança contra esses acessos.

Além disso, sempre que possível, deve-se conferir com atenção os dados do destinatário antes de concluir qualquer transação, especialmente em ambientes desconhecidos ou em compras realizadas pela internet.

Outro ponto importante está na escolha do tipo de QR Code utilizado. O QR Code dinâmico, gerado para cada transação, oferece mais segurança do que o estático, pois dificulta a manipulação por terceiros. Além disso, transações realizadas em locais com sinal de internet estável reduzem a chance de falhas.

Os especialistas em segurança digital destacam ainda a importância de nunca compartilhar senhas, códigos de verificação ou informações bancárias, mesmo que o pedido pareça vir de fontes confiáveis. Criminosos frequentemente se passam por representantes de instituições financeiras para obter dados.

Além disso, manter aplicativos atualizados e instalar apenas softwares oficiais, baixados de lojas reconhecidas, ajuda a evitar contaminações por malwares que podem comprometer o dispositivo e seus dados. A combinação dessas medidas reduz drasticamente o risco de cair em golpes.

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O que fazer se for vítima de golpe?

Em caso de golpe, a primeira atitude deve ser acionar imediatamente o banco responsável pela conta utilizada na transação. O contato deve ser feito pelos canais oficiais da instituição, como o aplicativo, o telefone ou o site.

Quanto mais rápido for o aviso, maiores as chances de interromper o processo de envio ou de acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada pelo Banco Central justamente para lidar com fraudes. O MED permite o bloqueio preventivo do valor transferido e pode devolver o dinheiro.

Além disso, é fundamental registrar um boletim de ocorrência na delegacia, preferencialmente com o maior número possível de provas. Comprovantes de pagamento, prints de conversas, registros de e-mails e informações sobre as contas envolvidas fortalecem a denúncia e facilitam a atuação das autoridades.

Paralelamente, o Banco Central e as instituições financeiras têm intensificado investimentos em inteligência artificial, análise de comportamento e sistemas de alerta em tempo real. Essas ferramentas ajudam a identificar transações fora do padrão e a prevenir movimentações suspeitas.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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