O PIX trouxe muita praticidade para as transações financeiras no Brasil, permitindo que pagamentos e transferências sejam feitos de forma rápida e fácil. Porém, essa mesma facilidade tem sido usada por golpistas para aplicar fraudes em pessoas desatentas.
Nos últimos meses, os bancos têm notado um aumento preocupante no número de golpes envolvendo o PIX, o que os levou a emitir alertas e a reforçar a importância de tomar cuidado ao usar esse meio de pagamento.
Adotar práticas seguras ao usar o PIX, como cuidar bem dos seus dados pessoais, pode fazer toda a diferença para evitar prejuízos. Seguir as orientações dos bancos e estar alerta às possíveis armadilhas são passos importantes para garantir a segurança nas transações.
Como os golpistas têm aplicado fraudes utilizando o PIX?
Os golpistas têm utilizado uma técnica conhecida como “golpe do PIX errado”, que se aproveita da confiança e da boa-fé das vítimas. O fraudador começa obtendo o número de celular da vítima, muitas vezes cadastrado como chave PIX.
Com essa chave, o criminoso faz uma transferência simbólica para a conta da vítima. Em seguida, ele entra em contato, geralmente por telefone ou mensagem, afirmando que fez o PIX por engano e pedindo a devolução do valor.
O truque está na devolução: em vez de fornecer a chave original, o golpista passa uma chave PIX de uma terceira conta. Quando a vítima realiza o estorno para essa nova chave, o fraudador aciona o MED do Banco Central, alegando que a transação original foi um erro.
Com isso, ele consegue não apenas o valor devolvido pela vítima, mas também o valor original da transferência, deixando a vítima duplamente lesada.
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Quais são as principais medidas de segurança recomendadas pelos bancos?
Os bancos e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) têm reforçado diversas medidas de segurança para evitar que os clientes sejam vítimas de golpes envolvendo o PIX. Uma das principais recomendações é nunca fazer o estorno de um valor transferido por engano para uma chave PIX diferente da original.
Caso alguém solicite a devolução de um valor, a orientação é utilizar a funcionalidade própria do PIX para essa finalidade, que garante que o dinheiro seja devolvido à conta correta.
Além disso, se houver qualquer dúvida sobre a veracidade do pedido de devolução, o cliente deve entrar em contato diretamente com o banco antes de tomar qualquer ação. Outra medida preventiva é manter atenção redobrada ao receber contatos inesperados, principalmente com esses pedidos.
Os bancos também recomendam que os clientes evitem expor dados pessoais, como números de celular, em plataformas públicas, e utilizem senhas fortes e autenticação em duas etapas para proteger suas contas.
O que fazer se eu cair em um golpe do PIX?
Se você cair em um golpe envolvendo o PIX, é fundamental agir rapidamente para tentar minimizar os danos. A primeira ação é entrar em contato imediato com o banco responsável, informando todos os detalhes do golpe, como o valor, a chave PIX envolvida e a sequência dos acontecimentos.
O banco pode tentar reverter a transação ou bloquear o valor antes que ele seja retirado da conta destino. Embora essas ações nem sempre sejam garantidas, a rapidez na comunicação pode aumentar as chances de sucesso.
Além de informar o banco, é crucial registrar um boletim de ocorrência, o que pode ser feito de forma online através do sistema Sinesp Delegacia Virtual – DEVIR. O registro formal ajuda nas investigações e pode ser essencial para casos futuros de recuperação de valores ou ações judiciais.
Manter um registro de todas as interações relacionadas ao golpe também é importante, pois pode servir como prova em investigações ou para ações de ressarcimento.
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