Nos últimos tempos, idosos e pessoas com deficiência têm se tornado alvos frequentes de golpistas, que aproveitam da vulnerabilidade desses grupos para aplicar fraudes cada vez mais elaboradas.
Estes crimes não só causam prejuízos financeiros significativos, mas também afetam a segurança e o bem-estar emocional das vítimas, criando um ambiente de constante desconfiança e medo.
A situação é particularmente alarmante entre os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que frequentemente são visados por esquemas fraudulentos prometendo facilidades na liberação de benefícios.
Essas fraudes, muitas vezes, envolvem a cobrança de valores indevidos e a utilização de táticas de intimidação, exigindo uma atenção redobrada e a adoção de medidas de proteção eficazes para evitar que mais pessoas caiam nesses golpes.
Como os golpistas estão contatando os beneficiários do INSS e quais métodos eles estão utilizando para solicitar informações pessoais?
Os golpistas têm adotado estratégias sofisticadas para enganar os beneficiários do INSS, principalmente idosos e pessoas com deficiência.
Eles costumam se passar por atendentes da Central 135, o canal oficial de comunicação do INSS, para ganhar a confiança das vítimas. Utilizando números de telefone ou perfis de WhatsApp falsos, os criminosos entram em contato com os beneficiários, solicitando dados pessoais como RG, CPF, e informações sobre benefícios.
Em alguns casos, eles enviam mensagens bem elaboradas com logotipos falsificados do INSS, solicitando que as vítimas cliquem em links para atualização de cadastro, o que permite o acesso a informações sensíveis dos dispositivos móveis das vítimas.
Além disso, os golpistas exploram o medo e a desinformação dos beneficiários ao fazer ameaças veladas de cancelamento de benefícios caso as informações solicitadas não sejam fornecidas. Em outro esquema, os criminosos afirmam que é necessário pagar uma taxa para liberar ou revisar benefícios, induzindo as vítimas a transferir dinheiro para contas fraudulentas.
A prática de solicitar dados pessoais por telefone é uma técnica comum, onde os golpistas afirmam que a informação é necessária para agendar visitas de “revisores de benefícios” ou para enviar novos cartões, quando na verdade, esses dados são usados para fraudes financeiras.
Quais são as principais recomendações do INSS para que os beneficiários possam se proteger contra esses golpes?
O INSS recomenda que os beneficiários nunca forneçam informações pessoais por telefone ou WhatsApp. Se receberem qualquer ligação ou mensagem solicitando dados como RG, CPF, ou informações bancárias, os beneficiários devem imediatamente encerrar o contato e não fornecer nenhuma informação.
O órgão enfatiza que não solicita informações sensíveis através de chamadas telefônicas ou mensagens, e qualquer comunicação oficial será feita através dos canais seguros, como a plataforma Meu INSS, ou por meio de correspondências enviadas para o endereço do beneficiário.
Além disso, o INSS orienta que os beneficiários sempre verifiquem a autenticidade de qualquer contato suspeito ligando diretamente para a Central 135. Caso alguém se passe por funcionário do INSS e solicite informações pessoais, é crucial que os beneficiários reportem o incidente ao INSS e registrem um boletim de ocorrência na polícia para que as autoridades possam investigar.
Para maior segurança, é recomendado que os beneficiários configurem alertas de segurança em suas contas bancárias e utilizem sistemas de verificação em duas etapas para proteger suas informações pessoais online.
Quais ações os beneficiários devem tomar caso suspeitem que foram vítimas de um golpe relacionado ao BPC/Loas?
Se um beneficiário suspeitar que foi vítima de um golpe, a primeira ação deve ser entrar em contato imediatamente com o INSS através do telefone 135 ou pelo portal Meu INSS para informar sobre a fraude e solicitar o bloqueio de qualquer operação suspeita relacionada ao benefício.
O INSS pode orientar sobre os próximos passos e tomar medidas para proteger o benefício do segurado. Além disso, é fundamental que o beneficiário faça um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima para formalizar a denúncia e permitir que a polícia inicie uma investigação sobre o caso.
Adicionalmente, os beneficiários devem procurar auxílio junto ao Procon para tentar resolver qualquer problema financeiro resultante do golpe, como empréstimos indevidos ou outros débitos.
É também aconselhável procurar a ajuda de um advogado especializado em direito previdenciário para receber orientação legal específica e, se necessário, tomar ações judiciais contra os responsáveis pela fraude. Manter-se informado sobre os tipos comuns de golpes e adotar práticas de segurança digital pode ajudar a prevenir futuros incidentes.
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