Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram, nesta última segunda-feira (17), um movimento nacional intitulado Operação “Reestruturação com Excelência”.
A mobilização envolve “apagões” programados para todas as terças e quintas, com o objetivo de chamar a atenção do governo e da população para as reivindicações da categoria.
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Extinção do Cargo de Técnico do INSS: Impactos Devastadores à Vista
De acordo com Pedro Luis Totti, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social (SINSSP-BR), a principal motivação da greve é alertar sobre a possível extinção do cargo de Técnico do Seguro Social.
“O governo pretende extinguir o cargo responsável pela análise e concessão de benefícios, que representa 80% da força de trabalho do INSS. Isso pode causar danos irreversíveis à população, que já enfrenta dificuldades devido à falta de mão de obra qualificada para a concessão de benefícios”, afirmou o sindicato em nota oficial.
A extinção desse cargo, segundo a entidade, agravaria ainda mais o sucateamento do INSS, comprometendo a eficiência no atendimento às demandas dos cidadãos, especialmente as mais urgentes e sensíveis.
Reivindicações e respostas do governo
Os servidores reivindicam a reposição das perdas salariais acumuladas, a valorização e a reestruturação dos cargos existentes, além de mudanças nos requisitos de entrada para os técnicos, que passariam a exigir nível superior. A categoria também busca o enquadramento como carreira típica de Estado e a implementação de modalidades de teletrabalho integral e parcial.
Até o momento, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) não apresentou uma proposta considerada digna pela categoria. As negociações têm sido infrutíferas, não atendendo às principais demandas dos trabalhadores, o que levou à intensificação das mobilizações.
Comunicação com as autoridades
Na última quinta-feira (13), o sindicato enviou um ofício ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, informando sobre a insatisfação com a proposta apresentada pelo governo e comunicando o início da Operação “Reestruturação com Excelência” e do estado de greve. O documento destacou a urgência de atender às reivindicações dos servidores para evitar maiores prejuízos no atendimento à população.
Consequências e expectativas
A mobilização dos servidores do INSS é um reflexo da insatisfação crescente com as condições de trabalho e a falta de reconhecimento adequado por parte do governo.
A operação busca não apenas melhorias para os trabalhadores, mas também garantir que a população continue recebendo serviços de qualidade e eficiência. A continuidade do movimento dependerá da resposta do governo às demandas apresentadas e da disposição para negociar de forma justa e efetiva.
Os apagões programados para as terças e quintas visam pressionar as autoridades a encontrar soluções que beneficiem tanto os servidores quanto os usuários dos serviços do INSS.
A expectativa é que, com a visibilidade do movimento, o governo se sensibilize e adote medidas concretas para atender às reivindicações da categoria, garantindo assim a manutenção de um serviço público de qualidade.
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