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INSS atualizou e brasileiros com ansiedade podem receber auxílio de R$ 1.412?

Um vídeo no Facebook viralizou recentemente ao afirmar que pessoas com ansiedade têm direito a um auxílio de R$ 1.412 pago pelo INSS. Com mais de 5,1 milhões de visualizações, a informação gerou uma ampla discussão sobre os direitos previdenciários para condições de saúde mental no Brasil.

No entanto, é essencial entender os fatos por trás dessa afirmação e como realmente funciona o processo de concessão de benefícios para pessoas com ansiedade.

Em novembro de 2023, o Ministério da Saúde tomou uma decisão significativa ao incluir a ansiedade na lista de doenças relacionadas ao trabalho.

Essa medida reflete a crescente preocupação com a saúde mental no ambiente profissional, reconhecendo que condições como a ansiedade podem afetar diretamente a capacidade de um trabalhador desempenhar suas funções. Mas será que isso garante o auxílio automático pelo INSS?

Brasileiros com estes problemas psicológicos podem ter a chance de receber auxílio do INSS | Imagem de Jeane de Oliveira – guiadobeneficio.com.br

Benefícios do INSS para casos de ansiedade

De acordo com as normas do INSS, o valor de R$ 1.412 mencionado no vídeo é equivalente ao salário mínimo vigente em 2023, que serve como base para o cálculo de diversos auxílios previdenciários.

Embora a inclusão da ansiedade na lista de doenças relacionadas ao trabalho seja recente, o INSS já concede benefícios para trabalhadores que sofrem com condições incapacitantes de saúde mental, incluindo a ansiedade, desde que essa incapacidade seja comprovada por uma perícia médica.

Para ter direito ao auxílio, a pessoa diagnosticada com ansiedade precisa passar por uma avaliação detalhada, onde peritos do INSS analisam se a condição compromete de fato a capacidade de trabalho, seja de maneira temporária ou permanente.

Em 2023, aproximadamente 80,5 mil pessoas foram afastadas de suas atividades profissionais devido a diagnósticos de ansiedade, e 240 pessoas receberam a aposentadoria por incapacidade permanente em função da doença.

Esses números refletem a importância que a saúde mental ganhou dentro do sistema previdenciário brasileiro, mas o processo de concessão segue critérios rigorosos.

Não deixe de conferir: Brasileiros podem ter aposentadoria mais feliz com liberação automática do benefício pelo INSS

Comparação com outras condições de afastamento

A ansiedade é, de fato, uma condição relevante, mas ainda não é a principal causa de afastamento entre os trabalhadores. No último ano, condições físicas, como dores nas costas, fraturas e problemas nos discos intervertebrais, foram as principais razões para afastamentos, com cerca de 124 mil afastamentos devido a dores nas costas, seguidos por 111 mil casos de fraturas e 103 mil devido a transtornos de disco.

Essa realidade mostra que, embora a saúde mental esteja ganhando visibilidade e reconhecimento, as condições físicas ainda dominam os motivos de afastamento.

No entanto, a crescente inclusão de doenças mentais como critérios para benefícios aponta para um cenário em que a saúde mental será cada vez mais considerada.

A reação nas redes sociais e a necessidade de comprovação

A repercussão do vídeo trouxe reações mistas. Enquanto muitos celebram o reconhecimento da ansiedade como uma condição que pode justificar afastamento, outros questionaram a veracidade e temem que o sistema possa ser mal utilizado.

É importante destacar que, apesar do ceticismo, o INSS possui um processo específico de avaliação para conceder benefícios. A decisão final é embasada em laudos e perícias médicas, assegurando que apenas pessoas realmente incapacitadas recebam o auxílio.

O rigor nas avaliações busca proteger os recursos do sistema previdenciário, evitando fraudes e assegurando que os benefícios cheguem a quem realmente precisa. Com isso, o INSS responde ao crescente reconhecimento da importância da saúde mental, mas sem abrir mão do controle e da análise criteriosa em cada caso.

Não deixe de conferir: Faça este passo a passo para solicitar Pix de R$ 1.350,00 do INSS

Diogo Sobral

Tenho 22 anos e sou redator no Guia do Benefício. Trago comigo a experiência de 04 anos no ramo de benefícios sociais. Espero que através de meus textos vocês consigam as respostas que tanto procuram!

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