Nesta última semana o mundo inteiro parou para conferir os atletas nas olimpíadas. Entretanto, por mais que lá eles sejam atletas renomados; muitos possuem uma vida comum como de qualquer outra pessoa.
Como é o caso da judoca Beatriz Souza, que foi a primeira brasileira a conseguir ouro nesta edição do evento. Algo que chamou a atenção foi o valor cujo ela recebe mensalmente; equivalente a 4x mais que a maioria dos brasileiros.
E um spoiler: com a vitória na França, ela receberá uma premiação de R$ 350 mil, conforme anunciado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
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A presença dos atletas militares
A judoca Beatriz Souza, que brilhou ao conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris, é 3º sargento do Exército e recebe, em média, R$ 4.000 por mês.
A delegação brasileira que participou das Olimpíadas de Paris contou com 98 atletas militares, sendo 31 deles do Exército, como é o caso de Beatriz, de 26 anos. Nas últimas três edições das Olimpíadas, os atletas militares foram responsáveis por conquistar 26 medalhas de um total de 57.
Nos Jogos de Tóquio, realizados em 2021 por conta da pandemia de covid-19, os militares brasileiros ganharam 8 medalhas de 21, evidenciando sua importância no esporte nacional.
Conquista histórica de Beatriz
Na sexta-feira, 2 de agosto de 2024, Beatriz Souza fez história ao conquistar a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Na final, ela derrotou a israelense Raz Hershko na categoria +78kg do judô feminino, garantindo seu lugar no pódio e trazendo orgulho ao país.
Nas semifinais, Beatriz enfrentou a francesa Romane Dicko, a número 1 do mundo no judô. A vitória contra a favorita mostrou a força e a determinação da brasileira, que não se intimidou com a adversária de alto nível e avançou para a final com confiança e habilidade.
O impacto do Bolsa Atleta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava em São Gonçalo do Amarante (CE) para sancionar leis sobre energia e infraestrutura quando soube da conquista de Beatriz. Lula fez uma pausa na cerimônia para destacar a importância do programa Bolsa Atleta, que apoia a maioria dos atletas brasileiros que competem em Paris.
“É importante lembrar que 80% dos atletas que estão em Paris recebem Bolsa Atleta, que nós criamos em 2004. Porque quando o atleta fica famoso ele ganha patrocínio, mas enquanto ele não é famoso, às vezes ele não tem um tênis para usar.
Não é bonito ver aquilo na televisão? Por que a gente não garante que as nossas crianças nascidas nos lugares mais pobres tenham o direito de chegar ali?”, declarou Lula.
O Bolsa Atleta, criado em 2004, tem sido essencial para o desenvolvimento de talentos esportivos no Brasil. O programa oferece apoio financeiro a atletas de diferentes modalidades, permitindo que se dediquem integralmente aos treinos e competições.
Esse suporte é crucial, especialmente para aqueles que ainda não alcançaram o reconhecimento e o patrocínio necessários para sustentar suas carreiras esportivas.
O papel dos militares no esporte brasileiro
Os militares têm desempenhado um papel fundamental nas conquistas esportivas do Brasil. A disciplina, o treinamento rigoroso e o suporte institucional que recebem permitem que se destaquem em competições internacionais.
Nas últimas edições das Olimpíadas, a presença de atletas militares no pódio tem sido constante, refletindo o investimento e a dedicação desses profissionais.
A vitória de Beatriz Souza nas Olimpíadas de Paris é um exemplo claro de como o apoio institucional, como o Bolsa Atleta e o envolvimento das Forças Armadas, pode transformar a trajetória de atletas brasileiros, proporcionando as condições necessárias para que alcancem o sucesso e representem o país com orgulho em competições internacionais.
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