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Nova regra do INSS vai facilitar feitura da prova de vida: veja o que muda

A prova de vida ainda é um procedimento obrigatório para todos os segurados que recebem benefícios do INSS, por isso o procedimento ficará mais simples.

A prova de vida representa uma etapa fundamental para assegurar o pagamento contínuo de aposentadorias e pensões no Brasil. Criada para confirmar que o beneficiário ainda se encontra vivo, essa exigência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem o objetivo de prevenir fraudes.

Com base nesse processo, o governo consegue manter a regularidade dos pagamentos e identificar irregularidades no sistema. Ao longo dos anos, muitos beneficiários, especialmente os idosos, enfrentaram dificuldades para cumprir essa obrigação devido à exigência de comparecimento físico.

No entanto, diante dos avanços tecnológicos e da necessidade de modernização dos serviços públicos, a forma como se realiza a prova de vida passou por mudanças significativas. Agora, há formas muito mais simples de fazer a comprovação sem que haja necessidade de se deslocar.

Em 2025, o INSS implementou um novo modelo que promete maior comodidade e segurança, ao mesmo tempo em que protege os direitos dos cidadãos. Com isso, compreender essas transformações tornou-se essencial para quem tem essa obrigação a cumprir.

Aqueles que precisam fazer a prova de vida podem ter o processo facilitado.
Aqueles que precisam fazer a prova de vida podem ter o processo facilitado. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Novidades para realização da prova de vida

A partir de janeiro de 2025, o INSS passou a realizar a prova de vida de forma automática, utilizando o cruzamento de informações já disponíveis em bancos de dados do governo. Essa nova abordagem eliminou a obrigatoriedade de o beneficiário sair de casa apenas para comprovar que está vivo.

A inovação se baseia na integração de sistemas e no monitoramento de atividades cotidianas, com foco em garantir que a prova de vida ocorra de forma simples e eficiente. O governo agora adota uma postura ativa no processo, sem exigir ação imediata por parte do beneficiário, o que reduz a burocracia.

Entre os registros aceitos como comprovação estão consultas médicas realizadas pelo SUS, participação em campanhas de vacinação, registro de voto em eleições, atualização cadastral em órgãos públicos e emissão de documentos oficiais, como identidade e passaporte.

Essas atividades, por já estarem inseridas em bases oficiais, servem como indicativos claros de que o cidadão está vivo. Dessa forma, a responsabilidade da comprovação não recai mais exclusivamente sobre o beneficiário, o que evita deslocamentos desnecessários e filas em repartições públicas.

Caso o sistema não identifique nenhuma dessas atividades dentro de dez meses após o aniversário do beneficiário, o INSS envia uma notificação informando a necessidade de realizar a prova de vida. O novo modelo prioriza a comunicação transparente, com envio de alertas claros e acessíveis.

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Benefício para pessoas com mobilidade reduzida

A modernização da prova de vida gerou um impacto especialmente positivo para idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Antes, muitos beneficiários enfrentavam obstáculos físicos e financeiros para se deslocar até os locais exigidos para cumprir a exigência.

Longas distâncias, dificuldades de locomoção e filas extensas tornavam esse procedimento um verdadeiro desafio, sobretudo para quem reside em áreas rurais ou possui problemas de saúde. Com o novo sistema, essas barreiras foram praticamente eliminadas.

A automatização do processo permite que a pessoa mantenha seus benefícios sem precisar sair de casa, desde que esteja realizando atividades cotidianas normalmente registradas em sistemas públicos. Além disso, o cruzamento de dados reduz significativamente o risco de bloqueios indevidos.

Com a diminuição da burocracia, o INSS também conseguiu melhorar sua eficiência administrativa. A instituição passou a investir em ferramentas digitais que otimizam o tempo de resposta e a análise de informações, tornando tudo bem mais ágil.

Isso possibilitou maior agilidade na liberação de benefícios e na resolução de pendências, o que impacta diretamente a vida dos aposentados e pensionistas. A nova prova de vida, portanto, não só facilita o cotidiano dos usuários como também fortalece a credibilidade do sistema previdenciário brasileiro.

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Saiba o que ainda serve como prova de vida este ano e fique atento.
Saiba o que ainda serve como prova de vida este ano e fique atento. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

O que acontece com quem não comprova vida?

Embora o processo esteja mais simples, ainda é fundamental garantir que o cidadão permaneça ativo em algum registro público. Caso o INSS não detecte nenhuma atividade no prazo de dez meses após a data de aniversário do beneficiário, a instituição emitirá uma notificação oficial solicitando a regularização.

Essa comunicação será enviada pelos canais cadastrados, como o aplicativo Meu INSS ou por ligação através da Central 135, garantindo que o aviso chegue diretamente ao segurado. A partir do recebimento da notificação, o cidadão terá a oportunidade de realizar a comprovação de forma manual.

Somente após esgotadas todas as possibilidades de confirmação automática e sem resposta do beneficiário, é que o órgão poderá considerar o bloqueio do pagamento. Mesmo assim, o procedimento será precedido de novas tentativas de contato, assegurando o direito à defesa sem prejuízos.

Portanto, quem não comprova a vida por meio automático ou por solicitação direta precisa agir rapidamente para evitar a suspensão do benefício. O processo de reativação exige que o cidadão procure o INSS, apresente a documentação necessária e comprove sua existência.

Como fazer a prova de vida atualmente?

  • Participar de consulta médica no SUS, garantindo que o atendimento seja registrado corretamente no sistema.
  • Tomar vacinas em campanhas oficiais de saúde pública, pois essas ações entram nos bancos de dados do governo.
  • Votar em eleições, atividade que automaticamente gera registro de presença nas urnas eletrônicas.
  • Atualizar dados em órgãos públicos, como no Cadastro Único, comprovando que a pessoa mantém vínculo com serviços governamentais.
  • Emitir documentos como passaporte, identidade ou carteira de trabalho, ações que são imediatamente registradas em sistemas oficiais.
  • Utilizar o aplicativo Meu INSS, onde é possível verificar o status da prova de vida e acessar orientações específicas.
  • Ligar para a Central 135, caso precise de ajuda ou queira confirmar as informações diretamente com um atendente do INSS.

Essas opções tornam o processo mais prático, seguro e acessível, garantindo que todos os cidadãos consigam manter seus benefícios com dignidade e agilidade.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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