Benefícios

Pix ficou internacional? Comércios em todo o mundo passam a aceitar transferências; entenda

O crescimento do Pix ganhou destaque internacional, o que fez com que muitos comércios a nível mundial aceitassem a modalidade.

O Pix surgiu como uma solução moderna e eficiente desenvolvida pelo Banco Central do Brasil para facilitar transferências e pagamentos eletrônicos entre pessoas, empresas e instituições financeiras. O funcionamento é instantâneo e disponibilidade 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Desde seu lançamento, ele transformou a forma como consumidores se relacionam com o dinheiro, substituindo métodos tradicionais como TED, DOC e até o próprio uso de cartões em muitas situações. Além disso, o Pix oferece vantagens tanto para quem paga quanto para quem recebe.

Hoje, sua eficiência ultrapassa fronteiras e inspira soluções semelhantes em outras partes do mundo. Inclusive, graças à atuação de fintechs e à demanda crescente de turistas brasileiros no exterior, o Pix começa a ser aceito também em lojas de outros países, consolidando seu potencial global.

O Pix está se tornando internacional. Confira quais bancos já aceitam a modalidade ao redor do mundo.
O Pix está se tornando internacional. Confira quais bancos já aceitam a modalidade ao redor do mundo. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Comércios internacionais passam a aceitar Pix

A aceitação do Pix por comércios fora do Brasil cresce a cada mês, especialmente em regiões que recebem grande fluxo de turistas brasileiros. Cidades como Paris, Lisboa, Miami e Ciudad del Este já contam com lojas e estabelecimentos que adotaram a tecnologia, mesmo sem apoio direto de governos.

Essa internacionalização ocorre por meio de fintechs especializadas que atuam como pontes entre consumidores brasileiros e lojistas estrangeiros. Nessas operações, o pagamento é feito em reais via Pix, e o comerciante recebe na moeda local, com uma pequena taxa de serviço embutida no processo.

Em Paris, por exemplo, farmácias e perfumarias frequentadas por brasileiros, como a CityPharma, Fragrance de l’Opéra e Grey, já utilizam o sistema. O cliente escaneia um QR Code, paga pelo aplicativo do banco brasileiro e, em poucos segundos, o valor convertido em euros é depositado para o lojista.

A fintech PagBrasil viabiliza esse processo, mantendo a segurança e a eficiência da transação. Já em Lisboa, o Braza Bank opera de forma semelhante, convertendo os valores com base na média do câmbio entre dólar e euro. A conversão automática evita a necessidade de cartão de crédito internacional.

Outras cidades seguem a mesma tendência. Em Miami e Ciudad del Este, o sistema Pix começa a aparecer, especialmente em comércios voltados a turistas. A presença de fintechs como VoucherPay, Eupago e Wipay torna possível essa expansão silenciosa, mas eficaz.

Na Argentina, a expectativa é ainda maior. Lojas com maquininhas da PosNet e aplicativos da Fiserv aceitarão pagamentos via Pix com leitura de QR Code, com conversão em tempo real para reais e inclusão da taxa de IOF diretamente na operação.

Saiba mais: Esta é a forma mais rápida e segura de consultar seu benefício do INSS: confira! – Guia do Benefício

Crescimento da modalidade é invejável

O avanço do Pix no exterior demonstra o impacto da inovação financeira brasileira no cenário global. Mesmo sem regulamentação internacional ou acordos oficiais entre governos, o sistema encontrou espaço em outros mercados graças à sua simplicidade e eficiência.

A aceitação espontânea por parte de comércios e a atuação estratégica de fintechs fazem do Pix uma das modalidades de pagamento mais promissoras além das fronteiras do país. Com transações instantâneas, ele entrega praticidade sem precedentes tanto para viajantes quanto para lojistas.

A adoção do Pix em destinos turísticos tem uma razão clara: o número crescente de brasileiros que viajam ao exterior. Isso cria demanda direta por métodos de pagamento familiares, seguros e de baixo custo.

Para o comerciante estrangeiro, aceitar Pix significa atender melhor esse público e, ao mesmo tempo, garantir liquidez imediata. Para o cliente, é a chance de comprar sem depender de cartões internacionais, que envolvem tarifas elevadas, flutuação cambial e burocracia.

Mesmo com a ausência de uma estrutura regulatória formal para transações internacionais, o mercado já trata o Pix como um padrão de pagamento em constante expansão. A previsão é que, com a implantação do projeto Nexus, a integração entre sistemas instantâneos globais se torne realidade.

Assim, o Pix poderá operar de forma oficial com plataformas de outros países, ampliando ainda mais seu alcance. Até lá, a atuação das fintechs seguirá como motor dessa internacionalização gradual, movida pela inovação e pela necessidade real dos consumidores globais.

Veja mais: Você pode receber um pagamento de até R$ 1,5 mil do INSS: saiba as regras para sacar – Guia do Benefício

Quais bancos internacionais já aceitam Pix?

Ainda que o Pix continue sendo uma ferramenta 100% brasileira, algumas instituições financeiras no exterior já se movimentam para incorporar sistemas similares ou até viabilizar sua aceitação direta em parcerias com fintechs.

Nos países onde o uso do Pix começa a se consolidar, como Portugal, França, Argentina e Estados Unidos, fintechs intermediárias oferecem as soluções técnicas para que comerciantes locais aceitem pagamentos via QR Code com conversão automática de moeda.

No entanto, esses pagamentos não ocorrem diretamente por bancos estrangeiros, e sim por meio dessas plataformas digitais que conectam as partes envolvidas. Enquanto isso, vários países desenvolvem seus próprios sistemas de pagamentos instantâneos inspirados no Pix:

  • No Reino Unido, o Faster Payments System realiza transferências em tempo real com cobertura nacional.
  • Na União Europeia, o SEPA Instant Credit Transfer (SCT Inst) opera de forma semelhante entre bancos de diferentes países do bloco.
  • Já os Estados Unidos lançaram em 2023 o FedNow, que permite pagamentos em segundos.
  • A Índia conta com o robusto UPI (Unified Payments Interface).
  • A Austrália utiliza o New Payments Platform (NPP) como alternativa nacional para transações rápidas.

Esses sistemas ainda não se comunicam entre si, o que limita sua atuação em transações internacionais. Por isso, a proposta do Nexus, que visa conectar essas redes globais, surge como solução para integrar definitivamente o Pix ao sistema financeiro mundial.

Enquanto esse cenário não se concretiza, o Pix segue crescendo por vias alternativas, expandindo sua presença de forma estratégica, prática e cada vez mais valorizada. A tendência é clara: o Pix deixou de ser apenas um sistema nacional e se tornou um modelo de inovação global.

Veja outros: É MEI e está devendo ao governo? Veja como quitar seus débitos com desconto! – Guia do Benefício

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo