Quite suas dívidas com algumas dicas simples e comece 2026 no azul
Quem está com o nome no vermelho pode aproveitar algumas dicas financeiras que ajudam a sair das dívidas
Atualmente, o Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação ao endividamento. Segundo a Serasa, cerca de 78 milhões de brasileiros estão inadimplentes, número que representa quase metade da população economicamente ativa do país.
Esse índice revela um quadro de fragilidade financeira agravado por juros elevados e pela facilidade de acesso ao crédito. Na Bahia, por exemplo, 4,9 milhões de consumidores convivem com dívidas em atraso, tornando o estado líder em inadimplência no Nordeste.
A principal causa está no uso excessivo do cartão de crédito, seguido de empréstimos pessoais e cheque especial, modalidades com juros que podem ultrapassar 450% ao ano. Nesse contexto, o mês de novembro surge como uma oportunidade estratégica para reverter essa situação.

Neste artigo, você vai ver:
Dicas para quitar dívidas antes de 2026
Encerrar o ano endividado é um peso emocional e financeiro para milhões de pessoas, mas com planejamento e disciplina é possível mudar esse quadro. O pagamento do 13º salário oferece um impulso significativo para renegociar débitos e reorganizar o orçamento.
Com foco, estratégia e conhecimento, o consumidor pode transformar o fim do ano em um ponto de virada financeira. A seguir, veja as principais dicas para quitar dívidas antes de 2026, em uma ordem prática e funcional para quem busca resultados reais.
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Monte um orçamento realista e defina prioridades
Antes de qualquer ação, é essencial conhecer detalhadamente a própria situação financeira. Mapear as dívidas com valores, juros e prazos ajuda a visualizar o tamanho do problema e identificar por onde começar.
Uma boa estratégia é adotar a regra 50-40-10, destinando metade da renda a gastos essenciais, 40% ao pagamento das dívidas e 10% à reserva de emergência. Essa organização evita atrasos e impede o acúmulo de novos débitos.
Além disso, colocar os pagamentos prioritários em débito automático garante o cumprimento dos acordos e reduz o risco de reincidência. O controle orçamentário é o primeiro passo para sair do vermelho e construir uma rotina financeira mais equilibrada.
Negocie com estratégia e aproveite o poder de barganha
A negociação inteligente é o caminho mais eficaz para limpar o nome e reduzir juros abusivos. Novembro é considerado o mês mais vantajoso para renegociar, já que os credores sabem da injeção do 13º salário e costumam oferecer descontos agressivos.
Comece propondo 30% a 40% do valor total à vista e, se o desconto não for satisfatório, peça o parcelamento em poucas vezes. Grave conversas e guarde todos os comprovantes de acordos caso seja necessário apresentá-los.
Plataformas como Serasa Limpa Nome, Feirão Serasa e o programa Desenrola Brasil oferecem condições especiais e abatimentos que podem chegar a 97%. Negociar com consciência e aproveitar o momento certo evita armadilhas e acelera o processo de quitação das dívidas.
Priorize as dívidas com juros mais altos
Eliminar primeiro as dívidas com juros elevados é essencial para evitar que o endividamento se transforme em uma “bola de neve”. O cartão de crédito rotativo, com taxa anual de 451,5%, é o grande vilão das finanças pessoais, seguido pelo cheque especial, que alcança 134,7% ao ano.
A ordem de prioridade deve ser clara: cartão de crédito rotativo e parcelado, cheque especial, crediário, financiamentos e, por último, o empréstimo consignado, que possui juros mais baixos. Focar nas dívidas mais caras reduz a pressão financeira e libera recursos para negociar as demais pendências.
Evite novas dívidas e corte o consumo desnecessário
A primeira regra para sair do endividamento é interromper o ciclo que o causou. Enquanto não estabilizar as finanças, evite parcelamentos com juros embutidos, compras por impulso e empréstimos para pagar outras dívidas.
O crédito rotativo e o cheque especial devem ser considerados apenas em casos de extrema necessidade. Controlar o consumo é um exercício de disciplina e autoconhecimento. Planejar as compras, comparar preços e priorizar o essencial são atitudes que fortalecem o equilíbrio financeiro.
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Use o 13º salário de forma inteligente
O 13º salário é um dos principais aliados de quem deseja começar o novo ano sem dívidas. Em 2025, mais de 92 milhões de brasileiros receberão o benefício, com valor médio de R$ 3.096,78, segundo o Dieese. Esse dinheiro pode ser desperdiçado em consumo impulsivo ou em um alívio financeiro.
O ideal é destinar 70% do valor para quitar dívidas prioritárias, 20% para a reserva de emergência e 10% para despesas de início de ano, como IPTU, IPVA e material escolar. Essa divisão garante equilíbrio entre quitação, segurança e planejamento.
Busque renda extra e crie uma reserva de emergência
Aumentar a renda é uma das formas mais rápidas de sair do endividamento. Vender itens que não são essenciais, como roupas, eletrônicos e móveis, é uma alternativa imediata. Plataformas de serviços, como Workana, 99Freelas e GetNinjas, possibilitam ganhos extras com trabalhos sob demanda.
O importante é direcionar todo o valor adicional para o pagamento das dívidas mais caras. Paralelamente, construir uma reserva de emergência impede que imprevistos levem ao uso de crédito caro. Mesmo endividado, comece com um pequeno valor guardado em uma conta que renda 100% do CDI.
Invista em educação financeira e visualize o futuro sem dívidas
O conhecimento é o instrumento mais poderoso para romper o ciclo da inadimplência. Dados da Serasa mostram que apenas 10% dos jovens da Geração Z aprenderam sobre finanças pessoais em casa. Por isso, é fundamental buscar informação em fontes confiáveis.
Isso inclui fontes como o canal de educação financeira do Banco Central, os cursos da CVM, o aplicativo Serasa e podcasts especializados. Aprender a gerir o próprio dinheiro reduz a ansiedade e fortalece o controle emocional sobre o consumo.
Visualizar o futuro sem dívidas motiva e reforça o compromisso com a mudança. A taxa Selic, em 15% ao ano, torna o crédito ainda mais caro, o que torna o momento ideal para agir. Cada decisão consciente hoje pavimenta o caminho para uma vida financeira estável em 2026.
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