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Enfim, notícia boa! Como a reforma tributária vai colocar dinheiro no seu bolso?

Após 40 anos em discussão no Brasil, a reforma tributária foi aprovada em dezembro de 2023, pela Câmara dos Deputados. O primeiro de três textos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019 chegou ao Congresso em abril deste ano, e segue em fase de regulamentação.

Com o objetivo de simplificar o complexo sistema de cobrança de impostos no país, a reforma tributaria introduz mudanças significativas que vão impactar positivamente a economia e a vida dos cidadãos.

Veja alguns motivos que mostram como a reforma tributária é boa para as pessoas, para os negócios e para o Brasil.

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A reforma tributária seguirá como uma das principais pautas em 2024 (Imagem: Jeane de Oliveira/guiadobeneficio.com.br)

Entenda a reforma tributária

A reforma tributária mudará os tributos sobre o consumo ao alterar artigos da Constituição relacionados a esses impostos. O objetivo principal é simplificar a cobrança de impostos no país.

Transformação dos Tributos

A reforma transforma cinco tributos atuais (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) em três novos impostos: IBS, CBS e IS. Aqui estão os principais pontos da reforma.

Simplificação da cobrança de impostos

Tributos como ICMS, PIS, Cofins e ISS serão unificados em um novo sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, dividido em CBS e IBS. Esses novos tributos terão uma legislação única e federal.

A Cofins e o PIS serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), administrada pelo governo federal. A previsão é que esta mudança entre em vigor em 2026, com implementação completa em 2027.

O ICMS (estadual) e o ISS (municipal) serão substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A transição para o IBS será gradual e proporcional, ocorrendo de 2026 a 2032, permitindo que todos se adaptem ao novo sistema.

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O IPI continuará existindo apenas para taxar produtos fabricados fora da zona franca de Manaus.

Reforma tributária: como você vai se beneficiar

A reforma busca simplificar o regime tributário, tornando a cobrança de impostos mais eficiente e menos burocrática. Isso facilitará a vida dos contribuintes e melhorará o ambiente de negócios no Brasil.

A alíquota sobre o consumo será menor do que a atual

As regras previstas na reforma vão reduzir a sonegação e a inadimplência, inclusive, os alimentos vão ser menos tributados. A tributação vai cair de:

  • 8% para ZERO, sobre os alimentos da Cesta Básica;
  • 15,8% para 10,6%, sobre os alimentos da Cesta Estendida;
  • 17,5% para 13,3%, considerando todos os alimentos.

Com o cashback, os mais pobres vão pagar menos impostos

As famílias com renda per capita mensal até meio salário-mínimo terão direito à devolução de parte dos tributos pagos sobre o seu consumo. Educação, saúde, esporte e cultura terão impostos reduzidos.

  • Os serviços de educação, saúde e esportes, assim como produções culturais nacionais, terão alíquotas do IBS e da CBS de 10,6%;
  • Mais de 1.000 medicamentos e de 200 dispositivos médicos ou de acessibilidade para pessoas com deficiência terão alíquota ZERO ou reduzida, de 10,6%.

Será o fim do “imposto em cascata”

As empresas receberão de volta seus saldos credores, podendo recuperar todos os créditos relativos aos insumos utilizados nas suas atividades.

Os saldos credores de IBS e CBS referentes a bens capital e a exportações serão devolvidos às empresas em, no máximo, 75 dias.

Além disso, o custo burocrático para apuração e pagamento dos tributos vai cair. A única obrigação acessória da maioria das empresas será realizar suas vendas com nota fiscal eletrônica.

A Guerra Fiscal vai acabar

Estados e Municípios terão autonomia para fixar alíquota do IBS e a União, a da CBS. Com a tributação no destino e uma legislação nacionalmente uniforme, o Brasil vai migrar de um federalismo predatório para um federalismo cooperativo.

Cristina Ribeiro

Redatora web e Tecnóloga em Processos Gerenciais, agora dedicada à escrita sobre direitos dos trabalhadores e benefícios sociais. Meu objetivo é democratizar o acesso à informação, garantindo que todos conheçam seus direitos.

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