Desde o primeiro dia de novembro, milhares de estudantes podem renegociar suas dívidas abertas com o Fies, pagando menos para quitar os débitos
O Fundo de Financiamento Estudantil, conhecido como Fies, representa uma das principais políticas públicas de acesso ao ensino superior no Brasil. Ele foi criado para ampliar as oportunidades de estudo em instituições privadas.
O programa permite que estudantes de baixa renda financiem integral ou parcialmente suas mensalidades, pagando o valor apenas após a conclusão do curso. Desde sua criação, o Fies tem ajudado milhões de brasileiros a conquistar o diploma universitário e a inserção no mercado de trabalho.
No entanto, as mudanças econômicas e os desafios financeiros enfrentados por muitos beneficiários dificultaram a quitação das parcelas, gerando acúmulo de dívidas. Diante desse cenário, o governo federal implementou novas medidas para facilitar a renegociação.
Neste artigo, você vai ver:
Estudantes podem renegociar dívidas com o Fies
A partir de 1º de novembro, os estudantes com contratos do Fies firmados a partir de 2018 poderão renegociar suas dívidas diretamente com a Caixa Econômica Federal. Essa nova etapa de regularização, válida até dezembro de 2026, oferece condições acessíveis para quem enfrenta dificuldades financeiras.
O Ministério da Educação estima que cerca de 160 mil pessoas poderão se beneficiar dessa medida. Com o avanço da inadimplência nos últimos anos, o governo decidiu reformular as condições de pagamento, tornando-as mais vantajosas e flexíveis.
A proposta permite o parcelamento das dívidas em até 180 vezes, o que corresponde a 15 anos de prazo para quitação. Além disso, a renegociação concede desconto integral de juros e multas, garantindo que o saldo devedor seja recalculado com base apenas no valor principal.
Outro ponto fundamental é que o novo modelo evita a burocracia e simplifica o processo de adesão. O estudante não precisa comparecer presencialmente a uma agência bancária, pois toda a negociação ocorre de forma digital.
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Como renegociar dívidas do Fies?
O procedimento de renegociação é totalmente digital e deve ser feito pelo aplicativo Fies Caixa, disponível para smartphones, ou pelo site oficial da Caixa Econômica Federal. O estudante deve acessar a plataforma com seu CPF e senha, escolher a opção de renegociação e seguir o passo a passo indicado.
O sistema apresenta automaticamente as condições disponíveis, com o número de parcelas, o valor mínimo e os descontos aplicados. Após revisar as informações, o usuário confirma o acordo e gera o termo aditivo, que formaliza a nova obrigação de pagamento.
A Caixa atua como agente financeiro responsável por todos os contratos do Fies, desde a fase de financiamento até a renegociação de débitos. Dessa forma, o banco é o único autorizado a operacionalizar as condições definidas pelo Ministério da Educação.
Além disso, a instituição mantém um canal de atendimento específico para esclarecer dúvidas sobre valores, prazos e etapas do processo. A intenção é garantir transparência e segurança em todas as etapas da regularização.
Requisitos da renegociação
Para aderir à renegociação, o estudante deve atender a alguns critérios básicos estabelecidos pelo MEC. É necessário ter um contrato do Fies assinado a partir de 2018 e já estar na fase de amortização, ou seja, ter concluído o curso e iniciado o pagamento do financiamento.
Também é preciso apresentar atraso superior a 90 dias no pagamento das parcelas, contados a partir de 31 de julho de 2025. Esses requisitos asseguram que apenas os contratos ativos e com inadimplência comprovada possam participar da nova rodada de negociação.
Aqueles que cumprirem essas exigências poderão realizar o acordo dentro do prazo estipulado, sem necessidade de intermediários ou assessorias. Todo o processo é individual e vinculado ao CPF do estudante, garantindo que o novo contrato seja registrado diretamente no sistema do Fies.
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Prazos e condições
A nova edição da renegociação do Fies oferece condições amplamente favoráveis para quem deseja regularizar seus débitos. O saldo devedor pode ser parcelado em até 180 meses, com eliminação total dos juros e das multas acumuladas.
O valor mínimo das parcelas é de R$ 200, exceto quando o total da dívida for inferior a esse valor, o que garante maior flexibilidade no pagamento. O prazo para aderir ao programa vai até 31 de dezembro de 2026, permitindo que os estudantes organizem suas finanças antes de firmar o novo compromisso.
Essas condições visam estimular a adesão de milhares de beneficiários, reduzindo o número de inadimplentes e fortalecendo a sustentabilidade do programa. O Fies, ao recuperar parte dos créditos, poderá continuar financiando novos alunos, mantendo sua função social e educacional.
Termo aditivo
A renegociação é formalizada por meio de um termo aditivo ao contrato original, documento que define o novo valor, o prazo e as obrigações de pagamento. O estudante e seus fiadores devem concordar expressamente com as novas condições, assegurando que o acordo tenha validade jurídica.
Após a assinatura, o termo passa a substituir as cláusulas anteriores, tornando-se o novo vínculo legal entre o beneficiário e a Caixa Econômica Federal. Entretanto, é importante que o estudante mantenha os pagamentos em dia após a assinatura do termo.
Caso ocorra atraso nas novas parcelas, o nome do beneficiário e de seus fiadores voltará a ser incluído nos cadastros restritivos de crédito, e a renegociação poderá ser cancelada. Por isso, o governo recomenda que os participantes analisem sua capacidade financeira antes de formalizar o acordo.
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