Setembro encerra com queda no valor da cesta básica em 22 estados
A cesta básica passou por uma queda de valor no final de setembro, ficando mais acessível em 22 capitais brasileiras.
A alta constante nos preços da cesta básica tem se mostrado um desafio crescente para muitas famílias brasileiras, especialmente diante da necessidade de equilibrar orçamento e alimentação. O aumento dos custos impacta diretamente a qualidade de vida, pois grande parte da renda é destinada aos alimentos.
Em diversas capitais, os valores pagos por itens básicos ultrapassam significativamente o salário mínimo vigente, gerando preocupações sobre acessibilidade e segurança alimentar. Além disso, fatores como clima, oferta limitada de produtos e flutuações no mercado internacional contribuem para a variação.
Consequentemente, acompanhar os reajustes e entender os movimentos da cesta básica torna-se fundamental para gestores, consumidores e estudiosos da economia. Dessa forma, analisar as tendências recentes revela o comportamento do mercado.

Neste artigo, você vai ver:
Cesta básica sofre queda em setembro
Em setembro, o preço do conjunto de alimentos básicos apresentou queda em 22 das 27 capitais brasileiras, demonstrando uma tendência de redução que alivia parcialmente o orçamento familiar. Entre as maiores retrações, destacam-se Fortaleza com redução de 6,31% e Palmas com 5,91%.
Elas são seguidas por Rio Branco, São Luís e Teresina, que registraram quedas superiores a 2,5%. Por outro lado, cinco capitais registraram alta nos valores, incluindo Campo Grande (1,55%) e Curitiba (0,38%), indicando que fatores regionais influenciam o movimento dos preços.
Comparando os valores de setembro com o mesmo mês de 2024, todas as 17 capitais avaliadas anteriormente tiveram aumento, com destaque para Recife, cuja variação atingiu 15,06%, evidenciando que, apesar da queda recente, os preços continuam acima do patamar do ano anterior.
Ademais, o levantamento do Dieese demonstra que, no acumulado do ano, 12 capitais registraram aumento no custo da cesta básica, enquanto cinco apresentaram retração. Assim, mesmo com variações pontuais, a tendência histórica indica uma pressão constante sobre o poder de compra das famílias.
A capital com a cesta básica mais cara foi São Paulo, onde o valor atingiu R$ 842,26, seguida por Porto Alegre e Florianópolis, ambos acima de R$ 811,00, enquanto Rio de Janeiro alcançou R$ 799,22, indicando disparidade.
Em contrapartida, capitais do Norte e Nordeste registraram os menores valores, com Aracaju em R$ 552,65, Maceió em R$ 593,17 e Salvador em R$ 601,74, refletindo diferenças regionais na composição e nos preços dos produtos.
Além disso, o Dieese estima que, para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas, considerando alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 7.075,83 em setembro de 2025.
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Produtos mais baratos da cesta básica
Entre os produtos que compõem a cesta básica, alguns registraram quedas expressivas em setembro, beneficiando o consumidor. O tomate, por exemplo, reduziu o preço em 26 capitais, com destaque para Palmas, que teve diminuição de 47,61%, enquanto a única alta foi observada em Macapá (4,41%).
Essa oscilação se deve principalmente à sazonalidade da produção e à logística de distribuição. Além disso, o arroz agulhinha teve redução em 25 capitais, com quedas relevantes em Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%), sendo que apenas Vitória apresentou aumento (1,29%).
Em Palmas, o preço manteve-se estável, demonstrando como fatores locais podem neutralizar tendências gerais. As quedas de preço refletem também a oferta adequada e a menor pressão da demanda em determinadas regiões, permitindo ajustes nos valores sem comprometer a disponibilidade dos produtos.
Ao mesmo tempo, essas variações reforçam a importância de acompanhar os produtos individualmente, pois nem todos seguem o mesmo comportamento dentro da cesta básica. O equilíbrio entre oferta e demanda, aliado à logística eficiente, contribui para a redução dos preços em muitas capitais.
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Carne bovina e café têm oscilações
A carne bovina de primeira apresentou variações expressivas em setembro, com aumento em 16 capitais e redução em 11. As maiores altas ocorreram em Vitória (4,57%), Aracaju (2,32%) e Belém (1,59%), enquanto Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%) registraram quedas significativas.
Segundo o Dieese, a estiagem contribuiu para limitar a oferta, pressionando os preços para cima, ao mesmo tempo em que a baixa demanda reduziu os valores em algumas cidades, evidenciando o impacto regional sobre o custo da carne.
O café em pó também apresentou oscilações, com diminuição em 14 capitais e aumento em 13. As quedas mais significativas ocorreram no Rio de Janeiro (-2,92%) e Natal (-2,48%), enquanto São Luís (5,10%) e Campo Grande (4,32%) registraram as maiores elevações.
O preço internacional do café subiu devido à alta do mercado norte-americano e à oferta limitada, mas o alto custo nos supermercados brasileiros reduziu a demanda, influenciando a média dos preços em algumas capitais. Assim, fatores externos e internos interagem para determinar as cotações.
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