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Conheça todos os direitos do trabalhador que foi demitido

O trabalhador pode ter direitos diferentes se for demitido e se pedir demissão, por isso é importante conhecer todos eles.

A Consolidação das Leis do Trabalho, conhecida como CLT, regula as relações entre empregadores e trabalhadores no Brasil, garantindo direitos e deveres essenciais. Criada para equilibrar interesses, ela define regras sobre jornada de trabalho, férias, remuneração, proteção à saúde e segurança.

Para o trabalhador, a CLT representa segurança jurídica, pois assegura acesso a benefícios e estabelece mecanismos de proteção contra abusos. Ela também prevê formas de rescisão contratual, estipula prazos para pagamentos e garante o cumprimento de obrigações pelo empregador.

Conhecer a CLT ajuda o trabalhador a exigir seus direitos, evitar conflitos e planejar sua carreira com mais segurança e tranquilidade. A legislação atual busca assegurar justiça, dignidade e igualdade no ambiente profissional.

O trabalhador que é demitido tem direito a uma série de benefícios. veja quais.
O trabalhador que é demitido tem direito a uma série de benefícios. Veja quais. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Quais os direitos do trabalhador que foi demitido?

Quando o empregador rescinde o contrato sem justa causa, o trabalhador recebe uma série de direitos previstos na CLT, garantindo segurança financeira e estabilidade durante a transição. Entre esses direitos, destacam-se:

  • Aviso prévio: o trabalhador recebe pagamento proporcional ao tempo de serviço, permitindo reorganizar a vida profissional;
  • Saldo de salário: inclui todos os dias trabalhados até a data da demissão, com horas extras e adicionais, garantindo remuneração justa;
  • 13º salário proporcional: assegura pagamento referente aos meses trabalhados no ano da rescisão, fortalecendo equilíbrio financeiro;
  • Férias vencidas e proporcionais: acrescidas de um terço, garantem descanso remunerado;
  • FGTS: depósitos obrigatórios feitos pelo empregador, incluindo multa de 40% sobre o FGTS, assegurando proteção contra demissões arbitrárias;
  • Saque do FGTS: permite acesso aos recursos acumulados, auxiliando na reorganização financeira;
  • Seguro-desemprego: desde que o trabalhador cumpra os requisitos legais, oferece auxílio temporário durante a busca por nova colocação;
  • Documentação da rescisão: inclui guias e comprovantes necessários para sacar FGTS e habilitar seguro-desemprego.

Esses direitos garantem que o trabalhador não seja prejudicado economicamente, permitindo reorganizar sua vida enquanto busca novas oportunidades. A soma desses benefícios contribui para reduzir impactos financeiros e sociais da demissão, reforçando a função protetiva da CLT.

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E se o trabalhador pedir demissão?

Quando o trabalhador solicita demissão, ele mantém alguns direitos, mas perde outros relacionados à demissão sem justa causa. Os principais direitos do trabalhador que pede demissão incluem:

  • Saldo de salário: pagamento de todos os dias trabalhados e adicionais correspondentes, assegurando remuneração justa;
  • Férias vencidas e proporcionais: acrescidas do terço constitucional, garantindo descanso remunerado;
  • 13º salário proporcional: pagamento referente aos meses trabalhados no ano da rescisão;
  • Saque do FGTS: apenas dos depósitos anteriores, permitindo acesso a recursos acumulados;

Por outro lado, o trabalhador que pede demissão não recebe aviso prévio indenizado nem a multa de 40% do FGTS, pois a iniciativa da saída parte dele. Outros benefícios podem depender de negociação individual ou de acordos coletivos.

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O que fazer se algum desses direitos não for concedido?

Se o empregador não cumprir os direitos previstos na CLT, o trabalhador deve agir de forma organizada e rápida para garantir seus interesses. O primeiro passo é documentar todas as irregularidades, reunindo comprovantes de pagamento, contratos, holerites e registros de ponto, criando provas detalhadas.

É importante tentar resolver o problema diretamente com a empresa, por meio do setor de Recursos Humanos ou supervisores, antes de recorrer à Justiça. Quando a negociação direta não funciona, o trabalhador pode acionar o sindicato da categoria, que orienta sobre direitos e mediação de conflitos.

Caso não haja acordo, é possível registrar uma reclamação na Justiça do Trabalho, solicitando cumprimento de obrigações, pagamento de valores devidos e indenizações cabíveis. A CLT prevê mecanismos legais que asseguram reparação de direitos não pagos, incluindo multas e correções.

Além disso, o trabalhador deve acompanhar prazos legais para reivindicar direitos, evitando perder oportunidades de ação. Manter contato com advogados ou órgãos de proteção ao trabalhador garante orientação estratégica e segura.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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