Algumas pessoas podem ter direito à herança de um parente falecido, mas sequer sabem disso. Felizmente, há como consultar.
A herança representa o conjunto de bens, direitos e obrigações transmitidos de uma pessoa falecida aos seus herdeiros, garantindo a continuidade do patrimônio familiar e a preservação de recursos acumulados ao longo da vida.
Ela pode incluir imóveis, veículos, investimentos, saldos bancários e até benefícios menos conhecidos, mas igualmente valiosos. Embora o processo de recebimento envolva aspectos jurídicos e burocráticos, compreender como ele funciona é fundamental para que nenhum recurso seja perdido.
Muitas vezes, herdeiros deixam de reivindicar valores por desconhecimento ou falta de organização, o que resulta em perdas significativas. Entender todos os detalhes sobre a herança é, portanto, essencial para proteger o patrimônio e assegurar que os direitos dos sucessores sejam respeitados integralmente.
Neste artigo, você vai ver:
Entendendo o que são ativos invisíveis
Os ativos invisíveis fazem parte da herança, mas nem sempre estão imediatamente visíveis para os herdeiros, pois são recursos financeiros que permanecem esquecidos ou não resgatados. Eles podem incluir:
- saldos em contas bancárias inativas;
- previdência privada;
- seguros de vida;
- créditos trabalhistas.
Esses valores, quando não identificados, acabam não sendo incorporados ao patrimônio familiar, deixando de trazer o alívio financeiro que poderiam proporcionar em momentos delicados.
Segundo levantamentos de plataformas especializadas em planejamento sucessório, como a Planeje Bem, a falta de informações organizadas pode fazer com que herdeiros brasileiros deixem de recuperar até R$ 50 mil em benefícios.
A ausência de conhecimento sobre esses ativos geralmente ocorre porque, no momento do falecimento, familiares priorizam questões emocionais e práticas do dia a dia, deixando para depois a busca por bens e valores. Essa demora, contudo, pode resultar na prescrição de prazos para resgate.
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Tem como consultar se tenho direito a alguma herança?
Para descobrir se existe uma herança a ser recebida, especialmente relacionada a ativos invisíveis, o primeiro passo é realizar uma consulta junto ao Banco Central usando o CPF da pessoa falecida. Esse procedimento revela contas bancárias inativas ou valores esquecidos em instituições financeiras.
Além do Banco Central, outro caminho importante é verificar possíveis apólices de seguro de vida. Isso pode ser feito entrando em contato diretamente com seguradoras ou analisando a documentação pessoal do falecido.
Muitas vezes, contratos de seguro ficam guardados em arquivos domésticos ou junto a advogados, e a simples localização desses documentos já garante o início do processo de solicitação do benefício para herdeiros.
Outros ativos comuns incluem valores no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e cotas do PIS/Pasep, especialmente para trabalhadores formais que exerceram atividades entre 1971 e 1988. Para esses casos, consultas junto à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil podem ajudar.
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Como resgatar a herança?
Resgatar a herança, principalmente quando envolve ativos invisíveis, exige organização e atenção a detalhes. O primeiro passo é reunir e manter atualizados todos os documentos importantes, como contratos, apólices, comprovantes de depósitos e extratos.
É essencial também compartilhar uma lista desses bens e benefícios com pessoas de confiança. Dessa forma, em caso de falecimento, os familiares já saberão por onde começar e quais instituições acionar. Muitos ativos, como contas digitais, milhas aéreas acumuladas e carteiras virtuais, não exigem inventário.
Além de bancos e seguradoras, outros canais podem ser explorados para o resgate da herança, como departamentos de recursos humanos de empresas onde o falecido trabalhou, sindicatos e órgãos públicos.
Entre os benefícios frequentemente esquecidos, estão indenizações trabalhistas, créditos previdenciários e saldos em programas de fidelidade. Ao manter uma busca ativa e organizada, é possível garantir que todo valor devido seja incorporado ao patrimônio dos herdeiros, evitando perdas irreversíveis.
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