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Visita do Bolsa Família é obrigatória para pessoas que moram sozinhas

As famílias unipessoais que recebem o Bolsa Família podem receber visitas de agentes do CadÚnico quando menos esperarem.

O Bolsa Família representa um dos principais instrumentos de transferência de renda no Brasil, voltado para reduzir desigualdades e oferecer segurança social a milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.

Criado para assegurar condições mínimas de dignidade, o programa não apenas garante acesso a recursos financeiros, mas também conecta os beneficiários a políticas públicas nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Através do Cadastro Único, conhecido como CadÚnico, o governo reúne informações que permitem identificar quem realmente precisa do auxílio. Dessa forma, torna-se possível aplicar critérios de justiça social, fortalecendo o combate à pobreza e assegurando que os recursos cheguem a todos.

Quem mora sozinho precisa ficar atento às regras do Bolsa Família.
Quem mora sozinho precisa ficar atento às regras do Bolsa Família. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / guiadobeneficio.com.br

Visita do CadÚnico será obrigatória para unipessoais do Bolsa Família?

A partir de março de 2025, as regras do Bolsa Família sofreram mudanças importantes que afetam diretamente as famílias unipessoais, ou seja, aquelas compostas por apenas uma pessoa. O novo decreto, de número 12.417, determina que esse público só terá o cadastro validado após uma visita domiciliar.

Essa obrigatoriedade tem como objetivo evitar distorções no número de cadastros individuais, que vinham crescendo de forma desproporcional nos últimos anos. Com a verificação direta no local de moradia, o governo pretende confirmar a veracidade das informações prestadas.

Isso vai garantir que os recursos do programa se concentrem nas famílias em maior situação de vulnerabilidade. Além disso, cada município precisa respeitar limites mínimos e máximos de registros unipessoais para evitar desequilíbrios no sistema.

Portanto, quem mora sozinho deve se preparar para essa nova etapa do processo de cadastramento. Sem a entrevista presencial, o cadastro não será validado, o que pode impedir a concessão ou a continuidade do benefício.

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Como funcionam as visitas?

As visitas domiciliares previstas para as famílias unipessoais são sempre realizadas mediante agendamento prévio. Isso significa que o beneficiário não será surpreendido de forma inesperada, como muitos acreditam que acontece.

Normalmente, o processo começa quando a pessoa procura o Centro de Referência de Assistência Social, o CRAS, para fazer a inscrição ou atualização do CadÚnico. Nesse momento, o sistema registra a necessidade da visita e um entrevistador oficial entra em contato para combinar data e horário.

Durante a visita, o entrevistador coleta informações detalhadas sobre a realidade socioeconômica do beneficiário. São solicitados documentos pessoais e respondidas perguntas que ajudam a confirmar a veracidade das informações declaradas.

O profissional observa também as condições da residência, sempre de forma respeitosa e sem violar a privacidade, garantindo que os dados registrados no sistema correspondam à situação real do cidadão informada no ato do cadastro.

Outro ponto importante é que todo o processo obedece a regras rígidas de sigilo. As informações coletadas ficam restritas ao sistema do CadÚnico, e os entrevistadores não podem utilizá-las fora desse contexto.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Social reforça que a comunicação oficial com beneficiários acontece somente por meio de extratos bancários e do aplicativo Bolsa Família. Ou seja, não há envio de links por SMS ou ligações telefônicas solicitando dados.

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Se não receber a visita, posso perder o Bolsa Família?

Sim, a ausência da visita domiciliar pode resultar na não validação do cadastro das famílias unipessoais. Como a nova regra estabelece que apenas após a entrevista presencial os dados passam a ser analisados, quem não receber o agente em sua residência ficará com a situação pendente no sistema.

É fundamental que o beneficiário mantenha seus dados de contato atualizados no CadÚnico, pois o agendamento da visita depende dessas informações. Telefones e endereços incorretos podem dificultar a comunicação com o entrevistador, atrasando a validação e gerando prejuízos no recebimento.

Entretanto, caso o entrevistador não consiga comparecer dentro do prazo previsto, o beneficiário não será penalizado. Nesse caso, a responsabilidade recai sobre o município, que deve organizar a logística de atendimento.

O que realmente pode comprometer o benefício é a recusa em receber o agente ou a ausência de informações verdadeiras no ato da entrevista. Dessa forma, o governo reforça a necessidade de cooperação para que o Bolsa Família continue sendo instrumento eficaz de proteção social.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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